LIANA
Tic
Tic
Resmungo uma imprecaução e me viro na cama sem querer abrir os olhos. O barulho volta a se repetir e eu xingo abrindo os olhos e tentando ver no quarto escuro de onde o barulho está vindo. Estreito os olhos quando não vejo nada e puxo o lençol me cobrindo de novo.
Tump!
- Que merda – eu falo e pego a adaga debaixo do meu travesseiro me levantando, ume pedrinha bate em minha janela e eu giro a adaga enquanto abro a janela delicadamente e olho para baixo
- Não jogue uma adaga em mim – Dreicon sussurra e eu ofego olhando para ele com várias pedrinhas em sua mão
- Como sabia que eu ia jogar?
- Conheço você Liana – ele responde e eu me inclino um pouco mais para fora
- O que está fazendo?
Dreicon fica em silencio e eu prendo a respiração, esperando. Depois de alguns segundos ele pigarreia e aponta para cima
- Posso subir? – ele pergunta por fim e eu exalo procurando uma resposta, ele percebe minha hesitação e continua – Não vou falar estando aqui embaixo.
Me afasto da janela e ele entende, vejo ele usando a arvore como apoio e cinco minutos depois ele cai para dentro do meu quarto, ofegando e com os cabelos bagunçados, como se tivesse passado a mão milhares de vezes. Observo-o e com a respiração presa em minha garganta falo baixinho
- Você parece perturbado
- Não pareço – ele diz seus olhos em mim o tempo todo – Eu estou perturbado, e a culpa é sua
- Minha? – eu pergunto arqueando uma sobrancelha
- É sua sim – Dreicon dá um passo a frente e meu coração tropeça – Porque desde o maldito momento em que coloquei os olhos em você, tudo mudou – mais um passo à frente – É culpa sua porque toda vez que eu olho para você nenhum plano me vem à mente – mais um passo – É culpa sua porque dentre todo esse tempo, é você quem perturba meu sono, invadindo e tomando – mais um passo e eu sinto o seu perfume amadeirado, engolindo em seco olho para cima encontrando seus olhos, ele franze a testa parecendo perdido – Tomou tudo de mim, e ainda diz que a culpa não é sua
- Dreicon – exalo seu nome e ele encosta a testa na minha
- Me empurre para fora, diga que não quer isso – suas palavras saem de sua boca e se transformam em nada mais que uma nevoa passageira, como se não possuíssem força o suficiente para se fixar em mim – Diga e eu vou embora, prometo a você
Suspiro e levanto a cabeça, Dreicon acaricia suavemente minha bochecha e eu me inclino para o lado apreciando. Ele me olha, seus olhos com tanto calor que eu me pego me sentindo presa nele, puxo uma respiração estremecendo e um sorriso, o sorriso mais verdadeiro que eu vi, toca os lábios de Dreicon. Sorrio de volta e ele me puxa.
Os beijos de antes tinham sido uma mistura de urgência com calma, mas esse? Esse era puro desejo. A língua de Dreicon traça, provando e eu estremeço quando suas mãos se movem por baixo do moletom que eu estou usando.
Estendo os braços para cima e ele puxa a roupa, me despindo, sua respiração falha me olhando e eu dou um sorriso enquanto começo a tirar sua camisa social branca e puxa-la para fora. Puxando-o pelo cinto, nos levo até a minha cama e o puxo para cima de mim, ele se apoia em seus antebraços e começa uma trilha de beijos indo da minha bochecha até o meu pescoço e descendo.
Estremeço quando ele roça a barra da minha calcinha e vejo ele rindo baixinho, resolvo devolver e movimento minha perna puxando-o para cima e invertendo as posições. Ele arfa surpreso e logo um sorriso volta a aparecer, desço minhas mãos por seu peito e passo as unhas de leve, criando marcas passageiras.
Paro nos botões de sua calça e tiro lentamente um por um, desço elas e passo a palma da mão de leve na protuberância, ele xinga baixinho quando eu tiro a mão. Dou risada e me inclino me apoiando em seu peito enquanto sussurro em seu ouvido
- Bem feito
- Princesa – ele diz como um aviso e eu solto um gritinho abafado quando ele suspende minhas pernas me derrubando no colchão. Faço uma careta fingindo estar aborrecida e ele coloca a cabeça em meu pescoço inspirando o meu perfume – Tão doce
Puxo seu rosto em minha direção e o beijo com veracidade, minhas mãos se movem tirando o restante de suas roupas e um arrepio me percorre quando nossos corpos se encontram, gemendo baixinho me arqueio pedindo mais contato e ele me beija se aproximando. Sua mão desce e eu mordo seu pescoço de leve quando ele acaricia aquela parte tão sensível ao toque.
Entrelaço minhas pernas em sua cintura o trazendo para a posição certa e ele se afasta, o solto e ele se abaixa pegando um pacotinho dentro da carteira. Voltando para mim ele beija minha barriga e passa os lábios molhados descendo. Me contraio e me mexo debaixo dele, Dreicon sorri e volta para cima de mim
Me beijando profundamente ele desliza devagar para dentro de mim, e uma respiração depois ele se move, entrelaço minhas pernas em sua cintura e acompanho seus movimentos coreografando-os com os meus. Nossos movimentos se tornam fluidos, Dreicon pega minhas mãos erguendo-os acima da minha cabeça. Puxo uma respiração me esticando e ele grunhe em meu ouvido enquanto eu giro o quadril mudando a posição.
Nossos corpos ficam suados e o som úmido faz com que a tensão aumente ainda mais. Me arqueio a seu encontro à beira do precipício e Dreicon me pega, me trazendo de volta, os movimentos se tornam duros e implacáveis e um minuto depois ele cai em cima de mim arfando tão pesadamente quanto eu.
Ficamos um segundo parados sem nos atrever a se mexer, até que nossas respirações enfim se controlem o bastante para que nos olhemos. Sua testa encontra a minha e ele beija a pontinha do meu nariz
- Um pouco mais – ele diz e eu franzo a testa confusa
- O que?
- Você acabou de tomar um pouco mais de mim – Dreicon explica e eu dou um sorriso puxando-o para mim.
Ele vai.
Tão rápido, tão suave, como se estivéssemos sincronizados e ligados um no outro a partir daquele momento.
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O Par Perfeito
RomanceLiana Dodge sabe muito bem qual papel deve exercer na máfia do seu pai. Como filha mais nova ela tem noção de que alguns destinos já estão traçados, e o dela já foi escrito há muito tempo atrás, mas ela gosta do que lê, diferentemente da sua irmã ma...