LIANA
Meu coração tropeça vários segundos até que eu consiga controla-lo e finalmente eu tomo aqueles cinco centímetros ficando a um suspiro de distância de Dreicon. Ele continua me observando, como se cada movimento que eu desse fosse importante a partir de agora.
Subo minhas mãos deslizando-as por seu peito, paro um minuto sentindo o seu coração bater mais rápido e ainda olhando-o subo minhas mãos entrelaçando-as em volta do seu pescoço. Ele suspira baixinho e rodeia minha cintura com seus braços, me inclino e lentamente passo a pontinha do nariz em seu pescoço, ele estremece contra mim.
- Me prometa algo – eu sussurro e ele assente – Me prometa que vai me falar a verdade sempre, independente do que for
Dreicon se afasta confuso e observando minha expressão ele assente firmemente, inclino minha cabeça sorrindo e o puxo para baixo. Seus lábios colidem com os meus e ele grunhe me puxando para mais perto.
Como se estivesse com saudades
Tanto quanto eu
Sinto o seu gosto na ponta da língua e gemendo baixinho enfio meus dedos em seus cabelos. Andando de forma oscilante nós caímos no sofá e eu ofego sentindo o peso de Dreicon sobre o meu corpo, seu calor me atravessando e me fazendo suspirar contente.
Seus beijos me fazem perder o folego e eu luto com os botões de sua camisa jogando-a do outro lado da sala. Dreicon resmunga algo e sobe minha saia apertando minhas coxas e me puxando para cima. Ele arranca minha camisa com um só movimento e suas mãos são um emaranhado de caricias suaves e ao mesmo tempo firmes e ousadas. Ele me beija de novo e de alguma forma eu sei que aquele beijo é diferente
Quase com reverência
Suspiro me entregando ao beijo e desço as mãos acariciando o seu peito e mais abaixo, tiro o seu cinto e o jogo de lado enquanto abro os botões de sua calça. Mordo o seu lábio inferior e ele grunhe algo incoerente, dou um sorriso malicioso quando nossos olhares se encontram e ele abre o zíper da minha saia deslizando-a por minhas pernas antes de joga-la no chão
Tocando com lentidão a parte interna das minhas coxas, ele desliza minha calcinha e ela é a próxima a parar no chão. Com a respiração desenfreada vejo ele pegar um pacotinho pequeno e se ajeitar antes de voltar para mim, seus olhos buscam os meus e eu toco com os dedos sua mandíbula descendo até o seu pescoço, ele estremece e abaixa a cabeça encaixando-a em meu ombro.
Me arqueio para cima o suficiente para que ele deslize para dentro de mim, nos dois gememos baixinho e ele se move retirando-se só para entrar ainda mais profundo. Jogo minha cabeça para trás e subo minhas pernas entrelaçando-as em torno de sua cintura.
- Princesa – ele grunhe e mordisca o meu pescoço fazendo com que um arrepio me percorra. Minhas unhas se cravam em suas costas e ele ofega antes de beijar toda a extensão do meu pescoço e mais abaixo.
Naquele momento não existia mais rivalidade, ou lados opostos, ou até mesmo algo proibido. O que existia naquele exato instante era ela e Dreicon. Cada toque em seu corpo lançava labaredas de fogo, como se ele de alguma forma estivesse marcando-a, tornando-a sua.
Nossos corpos se movimentam de encontro um ao outro, e Dreicon me encontra no meio enquanto eu me arqueio pedindo mais. Meu corpo tenciona e eu deslizo por cinco segundos antes de desabar no sofá, Dreicon se impulsiona uma última vez e cai logo em seguida.
Nossas respirações tão erradicas é a única coisa audível no escritório. Dreicon fica mais um segundo antes de sair e se ajeitar antes de voltar e me puxar para o seu peito. Seus dedos deslizam por sobre o meu cabelo em uma cadencia suave e eu fecho os olhos aproveitando.
- Porque demorou tanto? – ele pergunta em tom baixo e eu sorrio
- Não sabia que estava com saudades – a resposta dele é me apertar ainda mais em seus braços, mordo o lábio inferior ainda inchado por seus beijos e acaricio seu peito – Tive que resolver alguns problemas
- Estou nessa lista?
- Sim – respondo e ele grunhe, dou risada e levanto minha cabeça. Fico séria de novo e puxo uma respiração quando vejo o olhar dele escurecer
- Dodge não irá aprovar nós dois
- Tem razão – eu falo e ele estreita os olhos
- Mas... – coloco um dedo em seus lábios impedindo e o beijo enquanto coloco uma perna em cada lado e me inclino ficando em cima do seu peito
- Não cabe a ele decidir isso – eu falo baixinho e Dreicon franze a testa confuso – Se eu disser que você está falando com a mais nova chefe da máfia FireFly você irá ficar assustado?
A boca de Dreicon abre assustado e eu praguejo, ele se senta me levando junto, sem me tirar de perto e eu espero as perguntas
- Mas seu pai só deveria passar para você quando ele morresse
- Eu sei, mas... – começo e ele balança a cabeça
- Eu esperaria, se você dissesse que ficaria comigo, eu esperaria por você – prendo a respiração chocada com o que ele diz e suas mãos seguram com força minha cintura – Esperaria até conquistar a confiança do seu pai de novo.
- Era isso que estava fazendo quando resolveu ir embora? – eu pergunto com a voz falhando e vejo ele assentir. Me inclino tomando-o em um beijo profundo e só quando estamos ofegantes de novo é que eu me afasto – Anos atrás meu pai me fez uma promessa, ele disse que quando visse que eu estava preparada então a máfia seria minha. E não somente quando ele morresse, eu teria que conquistar meu lugar – explico e os olhos de Dreicon cintilam – Ele me passou uma semana atrás assim que eu acordei.
Faço uma pausa e minhas mãos pousam em cima do seu peito, traço linhas imaginárias e pisco clareando meus pensamentos
- Eu disse a ele que era uma péssima ideia – continuo e sinto Dreicon tomar uma respiração – Eu disse que iria tomar a pior decisão que poderia imaginar, e sabe o que ele disse?
- O que?
- Que nem sempre o destino acerta – respondo e levanto o olhar, Dreicon me observa e eu explico – Que ele estava enganado quando disse que você e Pietra poderiam formar um bom par, e que talvez a pior decisão estaria disfarçada.
Dreicon fica em silêncio e eu me inclino encostando minha cabeça em seu ombro enquanto sussurro
- Ele disse que estava lhe devendo algo, e disse que você saberia o que significaria quando eu dissesse que estavam quites – sinto o sorriso de Dreicon e ele me puxa para mais perto, enfiando sua cabeça em meus cabelos e inspirando profundamente
- Diga a ele que já está feito – ele responde e eu franzo a testa
- O que isso significa?
- Princesa? – ele diz e eu levanto a cabeça, ele sorri como se tivesse acabado de ganhar algo e eu pisco confusa. Seus lábios tomam os meus, mais suaves do que nunca, e ainda com nossos lábios colados ele sussurra baixinho – Case comigo Liana Dodge
Abro os olhos encarando-o e ele beija a pontinha do meu nariz, suspiro e beijo seu queixo
- Você vai me fazer me arrepender disso, não vai? – eu pergunto divertida e ele sorri malicioso
- Qual seria a graça se não brigássemos?
- Bom ponto – respondo me sentindo leve
- Não me faça implorar princesa – Dreicon ressalta movendo suas mãos mais para cima, me contorço ofegante e ele mordisca meu lábio – Diga sim
- Amo você – respondo por fim e seu sorriso aumenta, me puxando ele me beija de forma possessiva e eu me derreto em seus braços. Porque ele entendeu.
O amo você era eu dizendo mil vezes que eu aceitava
E o aperto dele em torno do meu corpo, os beijos cadenciados, a forma como sussurrava meu nome, com reverência na voz
Era ele dizendo que me amava
E isso bastava
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O Par Perfeito
RomansaLiana Dodge sabe muito bem qual papel deve exercer na máfia do seu pai. Como filha mais nova ela tem noção de que alguns destinos já estão traçados, e o dela já foi escrito há muito tempo atrás, mas ela gosta do que lê, diferentemente da sua irmã ma...