¬ SAY SORRY ¬ [+18]

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No dia seguinte, mal acabo de tomar banho e de me vestir, desço as escadas e pego um iogurte na cozinha e me sento na mesa. Pego o celular e faço scroll no insta e vejo a repercussão do meu último post, deixando vários risos escapar com os comentários do meu irmão e pai. Rolo mais o feed e vejo a foto de Brando e o comentário de Bárbara e decido provocar ainda mais. Rolo mais o feed e a nostalgia bate quando vejo numa página de um fã clube uma foto minha e de Brando mais novos e decido que chega de rede social por enquanto. Peço um uber e saio de casa em direção ao estúdio.

No estúdio além de várias melodias, começo a ensaiar uma música que escrevi como uma homenagem ao meu pai. Uma música que já me levou imensas horas de escrita e de escolha de melodia pois eu realmente quero que ele tenha orgulho em mim. Os meus pensamentos são invadidos pelas palavras de Brando, da sua mania de dizer que eu tenho medo do meu pai. Abano a Cabeça para espantar os pensamentos pois não sei como ele não entende que eu somente quero que ele tenha orgulho em mim, e que quero demonstrar o quanto sou agradecida por tudo o que ele me ensinou. Os mesmos pensamentos são interrompidos e vejo o celular tocar e Lea me chama em vídeo chamada. Olho em volta e vejo que estou sozinha, pois já é hora de jantar quase, e atendo a chamada, e cumprimento Lea vendo ela fazer o mesmo.

- Estas bem amiga? - ela me pergunta e eu aceno que sim.

- Tirando os problemas com o teu irmão, sim. - ela me encara.

- Posso te confessar algo? - ela fala e eu aceno de novo que sim. - Brando está insuportável, ele está a falar mal com tudo e todos inclusive o nosso pai. Ele foi almoçar lá a casa, e respondeu tão mal ao pai que ele só o acalmou quando gritou com ele e que o ameaçou de tirar o novo carro. - solto um suspiro. - Ele anda nos treinos com imenso cuidado, e eu só entendi o por que quando o Marcus me contou o que lhe disseste. - baixo a cabeça.

- Desculpa Lea, eu falei aquilo na raiva mas me arrependi logo. - a vejo acenar a cabeça como se dissesse que acredita em mim e me entende.

- Marcus sabe também de coisas graves da vossa discussão mas não disse nada. - eu aceno levemente e agradeço mentalmente a Marcus.

- O teu irmão é um teimoso, que acha que somente ele pode sentir ciúmes e ele não entende que o que eu faço pelo meu pai não é por medo, mas sim porque quero que ele tenha orgulho em mim.

- Eu sei amiga, o Brando é o mais parecido com o nosso pai, orgulhoso, teimoso e por várias vezes possessivo demais.

- Sim, e nada vou resolver ou avançar até que ele peça desculpa.

Lea ri. - Boa sorte amiga. Eu já vou desligar, mas a razão que me levou a ligar foi que nós, o grupo, que por acaso o Romeu apelidou de "grupo da má vida", reservamos a zona vip do Buddha. Vamos Angel?

- Vou sim, sairei daqui indo só para casa para me arranjar.

Lea me manda um beijo e eu faço o mesmo, e a chamada é desligada e peço o uber.

Em minutos estou em casa, e sigo até à sala onde os meus pais estão e me sento no colo da minha mãe, sentindo ela acariciar o meu cabelo, tal e qual o fazia quando eu era pequena.

- Vamos marcar uma viagem com a banda e os Blind. - meu pai fala e eu sorrio.

- Que bom, só avisa antes por causa do estúdio. - meu pai acena e eu saio do colo da minha mãe e subo as escadas e entro no quarto, onde tomo um duche e coloco um vestido que mal olho o espelho, vendo o quão bonita estou, decido tirar uma foto e postar.

@likeanangel

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