¬ DAD ¬ [+18]

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Quando acordo, sinto como se o bom humor tivesse tomado conta do meu corpo, e pego o meu celular entrando no Instagram. O mesmo bom humor que some quando vejo a foto de Brando no perfil de Bárbara e logo depois a foto deles dois no dele. Comento na foto dele, e o vejo responder que ele já me tinha visto mais simpática, e sinto o arrependimento bater. Bloqueio o celular e o jogo longe, e baixo a cabeça sentindo as lágrimas escaparem.

Ele sabe o quanto eu sou insegura principalmente com ela, e eu sei que ele postou aquilo só para me provocar. Me ergo da cama, limpando as lágrimas e entro no banheiro e tomo um duche, saindo minutos depois do quarto, já vestida. Desço, e encontro a casa vazia, e vou até à cozinha onde pego um iogurte e uma maçã e saio de casa em direcção ao estúdio.

Enquanto estou no caminho, noto mais de cinco chamadas de Brando e quando eu me farto de vez, pego o celular e bloqueio o seu número.

Mal chego no estúdio, começo a trabalhar com Mariano, o meu produtor musical, com uns instrumentais que o meu pai e os meus tios me mandaram, para a música que estou a compor.

- Ih já é hora de almoço. - falo sentindo o meu estômago roncar. Olho para a porta e Bella entra, e se senta do meu lado, e coloca uma caixa de comida japonesa na minha frente, e outra na dela. Eu a abro, e começo a comer.

- Fala Angel, eu consigo notar que não estás bem.

Suspiro. - Fiquei magoada pois o Brando não me falou que ia a outra festa, principalmente com Bárbara que é uma pessoa que ele sabe que me deixa insegura, e que nos deu vários problemas no passado.

Sinto a mão dela na minha face, limpando as lágrimas que já caiam.

- Angel, não tens razão nenhuma para estar assim, tu és linda e maravilhosa e ele só tem olhos para ti, há muitos anos. Vocês nunca assumiram nada, por que tu nunca quiseste, então o teu sofrimento é por tua causa.

Abro os meus olhos com o choque das suas palavras e ela ri.

- Eu posso ser tua amiga e te amar, mas não vou mentir Angel só para que te sintas melhor.

- O meu pai matava me se soubesse, e além disso, a profissão dele assusta-me. Assim como as suas fãs.

Ouço Bella suspirar fundo.

- Para de criar paranóia na tua cabeça Bestie, tira esses pensamentos e demónios da tua cabeça pois só assim tu consegues ultrapassar isto.

Nós terminamos de comer e mal isso acontece, Bella se ergue e se despede de mim, indo embora. Eu continuo a trabalhar, agora numa melodia que o meu tio Niko mandou. Mal termino, sigo até casa, deparando com a mesma vazia, e caminho até à sala, e ligo a televisão para colocar a minha série em dia.

Minutos depois, ouço a campainha tocar e me levanto do sofá abrindo a porta e encaro Brando. Viro lhe costas e caminho até à sala, e quando me sento ouço a porta se fechar. Em segundos ele está na minha frente, de costas para a televisão e me olhando.

- SAI DA MINHA FRENTE!

Grito alto mas ele não se mexe, mas ergue a sua mão até ao seu nariz, e eu reconheço o mesmo sinal que o meu pai faz quando está prestes a perder a paciência.

- Por que me ignoras-te o dia todo, e por que bloqueaste o meu numero? - ele pergunta.

- Porque quis, porque me apeteceu.

O ouço rir seco. - Para de ser infantil Angel.

Ergo o corpo do sofá e me junto a ele.

- Estás na minha casa, por isso, não me faltas ao respeito nem me ofendes.

- SE QUERES RESPEITO, DEIXA DE SER CRIANÇA E DIZ O QUE SE PASSOU!!

- Por que não me disseste que ias a outra festa? Por que não me convidaste? Foi para estares mais à vontade com a Bárbara?

Ele me olha fixamente.

- Eu não te convidei pois disseste que estavas cansada e que ias embora. E não tens que te preocupar com Bárbara, ela é só a minha mecânica.

Solto um riso carregado de sarcasmo. - No passado ela foi bem mais que tua mecânica.

Sinto a mão de Brando agarrar o meu pescoço, e um dos seus dedos nos meus lábios, e eu coloco a língua para fora de forma instantânea.

- Eu só tenho olhos para ti Angel, a tua beleza ninguém supera.

Eu o olho, e puxo o seu corpo, deixando que os seus lábios tomem os meus, de forma urgente. Mal os nossos lábios se soltam, eu agarro a sua mão, e o levo até ao meu quarto. Fecho a porta, e empurro Brando, mas ele inverte as posições, e me Empurra para a cama, e antes que eu tenha alguma reacção, sua mão agarra novamente o meu pescoço, e eu gemo. Ele força o meu corpo na cama, e retira a minha roupa, deixando a minha camiseta nos meus olhos, enquanto estimula o meu clitóris. Vários gemidos saem dos meus lábios, a cada investida dos seus dedos em mim, até que ele solta o meu pescoço.

- Quieta.

Ouço a sua voz e depois sinto ele se despir, e abrir a camisinha, segundos depois as minhas pernas são erguidas, e ele me penetra sem do nem piedade. Os gemidos dão lugar a griors, e eu agarro a sua cintura o máximo que consigo, sentindo ele ne penetrar com mais força, além de tapas.

- Gene vai Angel, geme.

É a única coisa que eu faço, alternando com alguns gritos, quando ele sai e entra dentro de mim, me penetrando mais fundo e rápido, e junta uma das suas mãos no meu clitóris o estimulando rapidamente e continuamente.

- AHHHHHH BRANDO.

Grito alto quando o orgasmo me atinge, e sinto ele se retirar de mim, e retirar a camisinha e se derramar na minha barriga. As nossas respirações estão rápidas e sem nexo, e eu puxo o lençol, e o corpo dele para o meu, beijando os seus lábios.

Os meus ouvidos captam o barulho da porta a abrir, e fechar e passos.

- Veste te Brando. - falo me erguendo da cama e me vestindo e vendo ele fazer o mesmo. - Temos que ajeitar a cama.

Ele acena e me ajuda e quando terminamos, ouço batidas na porta. O olho e ele ajeita o cabelo, e eu abro a porta.

- Pai? - falo surpreendida pois não é hábito ele já estar em casa.

- Estranhei a porta estar fechada por isso bati.

Ele se aproxima para beijar a minha testa mas o seu olhar encontra Brando e ele fecha a cara, recuando além de mudar a expressão de amigável para a de zangado.

- O que ele faz aqui? - eu olho para Brando e sinto as palavras fugirem.

- Eu vim à procura de Ângelo, mas como ele não está, nós ficamos a falar. - ele fala e eu olho novamente para o meu pai.

- E por que a porta estava fechada?

- Mero acaso pai, nós só estávamos a falar.

Vejo o meu pai olhar para Brando. - Sai, vai embora já.

Ele acena mas antes de sair, deixa um beijo na minha testa. Quando a porta se fecha, meu pai me olha novamente.

- Achas que sou burro?

- Não pai, não se passou mesmo nada.

O ouço respirar bem fundo. - ANGEL! - o grito que ele dá, me faz saltar e baixar a cabeça.

- Nada se passou pai, ele veio à procura de Ângelo e como não o encontrou, nós começamos a falar, sobre a corrida da próxima semana e ele me disse que ia ter um carro novo, e viemos para o meu quarto para ele mostrar o carro que Michele lhe vai comprar, e a porta deve ter fechado de forma automática.

Outro suspiro. - Desculpa filha. - me abraça. - Tu és o meu bebé, e eu não te quero perder.

- Isso não vai acontecer pai.

Sinto os seus lábios na minha testa e ele sai e eu suspiro, e pego o celular e desbloqueio o numero de Brando lhe mandando mensagem a dizer que está tudo bem.

Deito me na cama com um sentimento horrível por ter mentido ao meu pai, o mesmo sentimento que some quando agarro o travesseiro e sinto o cheiro dele no mesmo.

Eurovision 2 ¬ Damiano David Onde histórias criam vida. Descubra agora