«Capítulo 26»

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Fantasmas são criaturas fortes demais, escondem-se na penumbra da noite e dos pensamentos tenebrosos. Fantasmas são acúmulos de arrependimentos, são histórias inacabadas, fantasmas são palavras não ditas, sentimentos não confessados, atitudes não tomadas,verdades não confessadas, fantasmas são consequências de decisões ou ausência delas, fantasmas podem ser muitas coisas, e o fantasma que lhe caçava estava bem ali na sua frente.

Seu cérebro demorou segundos, talvez minutos,para processar o'que estava acontecendo ali na sua frente.O ar parecia denso,seu corpo pesado,sua respiração descompensada ao encara-lá nós olhos.

Os olhos escuros que mostravam confusão,medo,e outros milhares de sentimentos que não conseguia decifrar e nem queria. Olhos a quais um dia foi loucamente apaixonado pelo seu brilho,e que hoje era apenas mais um requisito da dor que eles tinham causados.

Então Barry se viu invadido de raiva , como se o corpo demorasse para reconhecer cada etapa daquela sensação que estava lhe invadindo, sugando cada célula, serpenteando cada músculo, fazendo sua mandíbula cerrar, os seus punhos
fecharem, o coração bombear mais sangue que o normal. Ele estava estagnado, estagnado pela raiva. E ele tinha motivos, muitos motivos para isso.

-Barry...- ela tentou da outro passo mas ele colocou a mão em sua frente a fazendo parar no mesmo lugar.

-hoje, por que hoje?- Ele perguntou em um sussurro,seus olhos fechados enquanto tentava regular a respiração.

-e..eu ac..achei que seria uma surpresa legal.- Ela tentou um sorriso falho ao ver a raiva dentro dos seus olhos assim que ele os abriu.

-vá embora.-Ele tentou não gritar. Se sua voz fosse alta chamaria a atenção dos demais que estavam no quintal. Chamaria a até de Hope.- agora.

-eu quero ver ela.- Disse firme.

-você não vai.

-ela é minha filha.- Barry jogou a cabeça para trás e riu com aquela bobagem que sai da boca da mulher a sua frente.

-Não. Você nunca foi mãe dela,você não é mãe dela,e você nunca vai ser mãe dela.

Ele dizia cada palavra tentado controlar a raiva dentro de si, tentando não mostrar a sua vulnerabilidade, tentando não mostrar o medo,a dor e o desespero que estava sentido, tentando não mostrar que estava abalado como do dia que ela foi embora.

-eu cometi um erro Barry...

-vai embora,por livre espontânea vontade, não me faça usar a força.- Ele nunca levantaria um dedo para uma mulher,não era covarde a esse nível,mas faria de tudo para que sua filha não visse aquele ser, principalmente no dia que tinha começado tão triste,e que por ajuda de seus amigos estava mais calmo.

-você não pode me impedir de ver ela.

-sim,eu posso.-Não,ele não podia.

Se de algum modo Hope descobrisse sobre a chegada dela e quisesse ver a mãe, não tinha nada que pudesse fazer para impedir, estava em seu direito querer conhecer, talvez se aproximar e ter uma relação,com a pessoa que lhe deu a vida. Mas também sabia que na justiça Íris não tinha nenhuma chance. Assim esperava.

-e..

-se você senti um pouco de arrependimento pelo que você nos fez passar...- Ele deu uma pausa e respirou fundo. Todo seu corpo parecia tremer.-saia daqui, vá embora,suma como você fez uma vez.

-eu voltei, isso não importa?

-não. Agora vai embora.

-Barry...

-Iris...-uma pausa.- Agora.

Ela o encarou,com seus olhos escuros observou cada detalhe do seu rosto, cada linha de raiva que delineava suas feições,seus olhos claros agora escuro pela raiva.

Destino| |The FlashOnde histórias criam vida. Descubra agora