sol e lua

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Se eu sou a lua,
você é o sol
se eu fosse o peixe,
tu serias o anzol
quando eu era frio,
você se tornava o calor
e se eu fosse a calma,
você seria o terror
Quando me tornava riso,
tu eras o choro

Pois enquanto eu te fazia bem,
Tu me fazias mal
E quando pensei em desistir,
Tu apenas sussurrava
Tudo bem,
Tudo é natural
Estava no alto
Quando me trouxe para baixo,
Estava de salto,
Quando me fez andar descalço,

Então decidi gritar
Enquanto tu
permanecia calado.
Subia ao céu,
enquanto você caía
e ao notar a sua ausência,
vi que não eras o que eu queria.

Andava devagar
enquanto você ocupado
vivia em pressa,
quanto a mim,
apenas te admirava ,
me perguntando
o por que
nunca te aquietas?
Enquanto eu abraçava
o que era calmo,
De surpresa tu voltavas
trazendo consigo
Tudo o que era conturbado

Com o tempo,
a ambiguidade das tuas palavras
me confundiu a ponto de trazer-me novamente
a sensação de abandono
como o de uma pedra
insignificante a ser chutada.
Então decidi:
seria ali mesmo que tudo acabara
Por não aceitar que tudo tem seu fim,
você reclamava
como se eu fosse a única culpada
de tudo estar assim

Transformava-te na energia ruim
e ainda assim,
eu te amava, fazendo de mim "o burro", aquele a que tanto falava.
Não tento entender,
não há como explicar
A paz roubou-me
dizendo me amar
Foi quando teu vício
me fez pensar
que talvez não fosse justo
teus erros julgar
ainda que você sempre estivesse
disposto a me machucar.
Não há como amar a quem é
como o mar revolto sem cessar
e isso tudo não faço questão
de entender
por que não há como explicar.

 TURBULENTOnde histórias criam vida. Descubra agora