100- girl cry

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Gritava o mais alto que podia,
Ela realmente não devia ter dito tudo aquilo, havia acabado de ofender quem amava mas pouco importava.
Daqui a algum tempo, ela não mais moraria naquele lar infeliz

Entrou em seu quarto e bateu a porta com toda força que ainda restava,
chorando compulsivamente,
Tentou evitar se descontrolar, porém, nunca fora resistente com suas emoções que estavam a flor da pele, e já não mais suportava sua própria vida, ainda que não estivesse passando por situação de extremo desespero que justificasse caso se suicidasse ali mesmo, trancada.

Afogando-se em suas próprias lágrimas que insistiam em lavar-lhe o rosto!
Se não conseguisse controlar o que sentia ,seria impossivel que outros não notassem seu desespero, pois o mesmo estaria estampado nas minhas bolsas de olheiras.

Chorou por horas seguidas, não sabendo como teve fôlego para suportar tamanho sofrimento que dominava seu interior.
Não era sua intenção que sua mãe se livrasse dela como se fosse um saco de lixo tóxico, sim, era exatamente como ela se sentia por dentro : um lixo.

Nunca em toda a vida até aquele momento parou para imaginar em como seria seu futuro dali para frente, sendo submetida a conviver com o estranho a quem seria obrigada a tratar como pai.

Como amar alguém que nunca a amou de verdade ? Como conviver diante de tantas diferenças perto de um homem omisso que de uma hora pra outra, depois de tantos anos resolveu tomar vergonha e pelo menos tentar tratar-lhe como filha e fingir que realmente se importava com ela

 TURBULENTOnde histórias criam vida. Descubra agora