Viro de um lado
A outro
A cama não esquenta
A cama não esfria
A cama parece que nem existe
Pois não sinto o conforto
Que outrora persiste
Eu olho pro lado
E vejo um quadro
O quadro bonito
Como aquele dia ensolarado
No domingoEu vejo os ponteiros
Do velho relógio
Se mexendo
Cada vez mais devagar
Eu sinto que o tempo
Está prestes a parar
Eu sinto o chão derreter
Eu corro
Sem ter para onde ir
Ou me esconderEu sinto tudo ao meu redor
Girar e girar como uma roda gigante
Que gira sem parar
Eu sinto tudo desmoronar
Eu sinto o peso de tudo,
Nos meus ombros tocar
Eu sinto que não tenho
Pra onde ir
Eu sinto que não adianta
Tentar fugir
Não adianta querer partirEu sinto minha alma
Do corpo sair
Eu sinto
Como se estivesse no fundo
E agora conseguisse submergir
Eu sinto como se não mais
Pudesse me afogar
Sinto que já consigo
Sob os meus terrores
Flutuar, navegar
Sem medo de arriscar...

VOCÊ ESTÁ LENDO
TURBULENT
Poésie" Turbulent" Se trata de um compilado de poemas escritos com profundidade, amor & carinho direcionada a todos os que apreciam a arte através da escrita, e a representação dos sentimentos mais profundos através das letras.