Mãe, eu queria que você soubesse
Que sinto sua falta
Todos os dias
Há anos
Desde a minha adolescência
Não, você não me deixou.
Não, você não foi embora
Não, você não me abandonou
Pelo menos, não fisicamente
Eu costumava te ver o tempo todo
Todos os dias
E costumava dormir em teus braços
Quentinhos de amor
Eu lembro de quando fazia meus penteados favoritos...
De quando fazia meus pratos favoritos
Eu lembro de quando comprava vestidos lindos
Porque sempre queria me ver feliz...
O tempo passou, e mãe, eu cresci.
Me desculpa, mas foi inevitável.
Desde então, você mudou
Se transformou completamente
Em alguém que eu não consigo reconhecer
Mãe, você passou a me fazer tão mal...
A troco de absolutamente NADA.
Passou a se tornar uma pessoa fria, calculista, má...
Você me prendeu em emaranhados de vergonha, puro constrangimento, pressão psicológica,
Eram emaranhados de muita dor.
Sua rigidez exacerbada destruiu toda a minha admiração por você.
Seu fanatismo religioso, foi me matando em doses homeopáticas...
E acima de tudo, o seu narcisismo fez se esvair tudo de bom que eu ainda sentia por você.
Mãe, você é cruel
Mãe você é tudo o que me faz mal
Você é a depressão que eu tenho
Você é o motivo da minha insegurança e minha ansiedade
Você se tornou o motivo dos meus prantos mais doloridos
E se tornou a razão do meu medo em voltar pra casa.
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TURBULENT
Poetry" Turbulent" Se trata de um compilado de poemas escritos com profundidade, amor & carinho direcionada a todos os que apreciam a arte através da escrita, e a representação dos sentimentos mais profundos através das letras.