Salvador- BA - 2009

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Salvador, Bahia -2009

Nos direcionamos até o famoso ponto turístico "Farol da Barra"
O sol permanecia a arder nossas cabeças,
A alta temperatura já havia nos desanimado anteriormente, mas nada nos impediria de conhecer aquele lugar

Vislumbramos a grandiosidade dos monumentos ali expostos, e o tal farol.
Permanecia inerte, imenso, com suas listras  em preto e branco que destacavam-se em meio as rochas

Com o ânimo recobrado, percebemos que alguns turistas como nós, encontravam-se em cima das grandes rochas que eram atingidas por ondas violentamente avassaladoras, afim de retirarem retratos em meio a paisagem natural tão bela e impactante.

Acreditamos que aquela seria uma ótima ideia a ser seguida, e fomos até as rochas, nos apoiamos uns nos outros para que conseguíssemos alcançar o topo, e de lá de cima, aproveitássemos a vista.

Estávamos animados, a paisagem era realmente impactante e impressionante
Passamos ali bons minutos, tirando fotos enquanto fazíamos poses em cima das rochas gigantes.

Eis que o inesperado aconteceu
Um acidente ASSUSTADOR
Que tirou do eixo a mim e aos meus amigos:
Enquanto estava eu , em pé ,a retirar as fotos, meus amigos se encontravam acima das rochas quando de surpresa, fomos atingidos de forma brutal por ondas gigantes que nos tiraram o equilíbrio, nos fazendo cair bruscamente  em meio as pedras firmes e pontiagudas

Fomos arrastados pelas fortes ondas do mar
E não conseguimos nos segurar em nada, só nos restava rezar, para que as ondas não destruissem a todos nós e nos afogasse
Nossos corpos eram levados com brutalidade e enrolavam-se entre as ondas, fazendo-nos gelar  internamente
As ondas revoltosas brincavam conosco como se fossemos marionetes
E nos levavam para onde queriam

A correnteza encontrava-se fortíssima
Era impossível tentar revidar de alguma forma
Até que novamente algo atípico ocorreu dentro daquele contexto:
Senti meu corpo ser puxado  intensamente para baixo, levando-me a cair em um buraco que havia se formado na areia abaixo do mar

Presa estava nas garras do oceano nada pacífico.
E eis que quando não restavam esperanças de salvação, quando sentia a morte a me gritar o nome
O milagre aconteceu: senti algo a me puxar fortemente em direção as pedras fincadas na parte mais rasa da água e assim pude me levantar
Meus braços sangravam por terem sido castigados entre as pedras do mar enquanto meu corpo era arrastado
Minhas pernas, igualmente feridas.
Mal conseguia manter-me em pé
E foi então que percebi
Que com o Deus do mar
Não se deve arriscar a brincar

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