Capítulo 35

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Rey

- Menina fique calma, tudo se irá resolver. - disse tentando acalmar-me.

- Eles querem que eu me case com um homem que só vi uma vez. Eu nem sequer o conheço. E além  disso eu...

Não terminei apenas calei-me, eu não queria que ninguém descubrisse da minha relação com o Kylo.

- Tudo ficará bem menina. - disse acariciando o meu rosto.

Uma batida na porta fez-se ouvir, rapidamente limpei os vestígios de lágrimas da forma mais desleixada possível.

- Entre. - disse ajeitando a minha postura.

Era ele. Kylo. Nunca na vida desejei tanto um abraço. Cada vez que o via sentia necessidade de lhe contar tudo acerca do meu passado tal como ele fe, ele confiou em mim para contar as suas memórias dolorosas. O Kylo é provavelmente uma das poucas pessoas neste mundo que nunca me irá julgar.

- Gostaria de falar com a Rey por uns segundos. - disse deixando a porta entreaberta.

- Eu vou retirar-me para vos deixar mais á vontade. - disse levantando-se e ajeitando o seu vestido. - Se a menina precisar de algo chame. - disse saindo e fechando a porta.

Como te estás a sentir? - perguntou sentando-se ao meu lado.

- Mal...Eu não quero casar, pelo menos não com o Hux, há apenas um homem neste momento com quem eu me quero casar. - disse olhando para ele.

- O que é que se está a passar Rey. Há algo para além disto que te está a preocupar. O que é? - perguntou sentando-se ao meu lado.

É agora. Hora de contar todo o meu passado. - Eu vou contar-te todo o meu passado. - disse virando-me para ele e segurando as suas mãos. - Quando eu era criança eu não vivia com o meu avô, eu vivia com os meus pais numa cidadezinha pequenina chamada Jakku. Um dia apareceu um homem e levou-os, eu fiquei lá, um homem chamado Unkar Plutt foi quem "cuidou" de mim. Ele obrigava-me a roubar em troca de comida. Eu devia ter por volta dos meus quinze anos quando o meu avô apareceu vindo do nada e me trouxe de lá para viver com ele. - disse tentando que as más memórias não me afetassem.

- O que é que esse homem te obrigava a fazer? Conta-me tudo Rey. - disse o seu tom de voz ficando agressivo.

- Ele obrigava-me a roubar, a comer os restos de comida e se não comesse ele não se importava que eu morresse á fome e muitas vezes eu dormia dentro de um armário com apenas um cobertor. - disse não conseguindo evitar as lágrimas.

O moreno levantou-se andando pelo quarto. - Que filho da puta. Se eu o apanho mato-o. - disse irritado.

- Ele não merece a pena eu contei-te o meu passado porque me senti na obrigação visto que tu me contaste o teu. - disse levantando-me da cama e indo até ele.

- Ele vai pagar pelo que te fez meu amor. Todos eles vão pagar. - disse segurando o meu rosto entre as suas mãos.

Nada disse, juntei os nossos lábios num beijo calmo, depois de uns segundos separamo-nos, apenas ficando abraçados. O calor do seu corpo e braços fortes deixam-me aconchegada e protegida.

PROTECTOR || Reylo AU ✔Onde histórias criam vida. Descubra agora