𝐈𝐌𝐀𝐆𝐈𝐍𝐄𝐒, Zayn Malik

15 | A outra

── Blair, vou precisar sair. Não me espere acordada. ── aviso enquanto me olho no espelho, organizando o meu smoking, assim como o meu cabelo, ao qual eu decidi deixar bagunçado mesmo, que é o meu habitual. Minha esposa obviamente não aprovou isso, pois já é a quarta vez na mesma semana que eu saio de casa sem hora para voltar e isso obviamente começou a levantar suspeitas mas se engana quem pensa que eu me importo.

── De novo? Na mesma semana, Zayn? ── ela pergunta, largando o seu livro e rapidamente se levantando. Blair veste uma camisola azul, curta, transparente e com algumas rendas, algo que me deixaria louco por ela se fosse em outros tempos, porém hoje em dia é como se fosse uma pessoa normal, vestindo uma roupa normal perto de mim. ── Você tem certeza que essas suas saídas durante a semana é sobre trabalho? Você não está sendo sincero comigo, porra! ── sua voz se altera e eu reviro os olhos ── Tem outra, não tem?

── Você é simplesmente louca! ── eu respondo sem paciência, pegando a chave do meu carro na cômoda e saindo do quarto. Decidi que hoje não quero que meu motorista me leve até a casa de S/N, não quero levantar ainda mais suspeitas, dessa vez eu posso conseguir reverter a situação se ele ficar aqui. Não sei nem porque ainda estou com ela, vou pensar mais sobre e pedir o divórcio. Simplesmente não dá mais.

── Chefe, vai sair agora? ── Dave me para no meio do caminho e eu concordo

── Sim, sabe o que deve fazer. Despiste a Blair, não quero ela no meu pé. ── explico e ele assente, não prolongando muito o assunto. Logo estou saindo da minha casa e entrando no primeiro carro da garagem, estou um pouco apressado. Quando eu entro no veículo, faço menção de ligá-lo, mas o toque do meu telefone me impede de fazê-lo. Pego-o e percebo se tratar de S/N, atendo no terceiro toque.

── Está tudo bem, Zayn?

──.Sim, está. ── eu respondo, pondo a chamada no viva-voz e apoiando o telefone no painel do carro, ligando-o em seguida, manobrando-o até estar fora da garagem e também longe da minha casa. O caminho até a casa de S/N é bem conhecido por mim e o trajeto não é tão longo ── Estou a caminho, babe. Estou morrendo de saudades suas. ── confidencio, sussurrando, como se fosse um segredo. Um suspiro longo escapa dos lábios dela e eu sorrio, não tirando o olho da pista a minha frente.

── Ah amor... ── ela está sem graça. Mesmo que eu não a esteja vendo, é como se eu sentisse o cheiro da sua timidez ── Vem logo, estou esperando você.

── Já estou chegando.

· · ·

Assim que estacionei o meu carro, fui ágil em tocar o interfone do prédio de S/N, recebendo a autorização para entrar. O porteiro já sabe quem eu sou, pois a minha visita a esse edifício é sempre frequente, afinal, eu sou o dono. Eu comprei justamente para que S/N pudesse morar, lhe dar mais privacidade e principalmente, conforto. Ela é a única pessoa que mora aqui e isso torna tudo muito melhor quando queremos aproveitar lugares diferentes. Eu peguei o elevador para o último andar e não demorei a chegar.

── Zayn. ── é a primeira coisa que sai dos seus lábios quando abre a porta para mim, porém eu sou mais rápido em empurrá-la para dentro, ela se assusta com meu ato, sorrindo tímida para mim. A porta é trancada e eu a empurro contra esta última, pressionando nossos corpos, sentindo o cheiro do seu perfume invadir os meus sentidos ── Está com tanta saudade assim? ── pergunta, passando as mãos pelo meu pescoço, me puxando para mais perto.

Eu me afasto um pouco para tocar a sua coxa, subindo a minha mão por aquela extensão, chegando ao seu íntimo, quase engasgando ao perceber que ela não está vestindo uma calcinha. ── Está sem nada por baixo? ── indago com tesão. Ela não me responde, apenas pende a cabeça para o lado e me beija, puxando a minha camiseta com força, me trazendo para mais perto. Sua língua passeia pela minha boca com afinco, me permitindo sentir o delicioso gosto dos seus lábios, gloss de morango, misturado ao gosto de sua saliva. Com certeza ela estava mascando algum chiclete há poucos minutos atrás; simplesmente enlouqueço quando estou nos braços dessa mulher, é impossível me sentir de outro jeito, impossível tratá-la como uma simples transa quando tudo o que eu sinto contradiz a essa última opção