cap. 10

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- não vale espionar - digo eufórica enquanto trocava os copos de posição - não olha, Tom, continua de olhos fechados - ele bufa com a demora para eu trocar os copos.

Eu vim ver Tom, quando cheguei ele estava se empanturrando do café da manhã que eu trouxe, percebi ele entediado então decidi brincar com ele.

- eu não estou espionando, S/n - ele fala em uma falsa frustração ainda esperando, estavamos sentados na cama dele brincando de adivinhar o copo, se ele achasse o doce, podia me fazer uma pergunta - pronto?.

- pronto... pode abrir - ele abre os olhos olhando bem os copos - esse - ele levanta e copo do meio e um feijãozinho embaixo dele aparece.

- ah não! você ganha todas, não quero mais brincar - resmungo, era a sétima vez que Tom ganhava repetidas vezes.

- então eu posso te fazer mais uma pergunta, hum vejamos... - ele pega os copos, os juntando um dentro do outro e os jogando para o outro lado da cama - me daria um beijo agora? - ele pergunta se jogando encima do meu corpo enquanto eu ria com a ação repentina.

- tantas coisas para perguntar, e desperdiça desse jeito - digo ainda rindo enquanto ele descansa a cabeça encima dos meus peitos, com os olhos fechados - sim, Lorde...como eu poderia recusar um beijo do admirável rei - ele agora solta um sorriso e se vira para o meu rosto para que eu o dê o beijo, e assim faço, juntando nossos lábios em um selar simples - pronto - sorrio para ele que apenas continua me olhando - Tom, eu andei pensando... - digo um pouco chateada, em algum momento, teríamos que nos separar.

- sim? - ele ainda me encarava sem uma feição descritível.

- você deve voltar ao seu tempo imediatamente, não é seguro para nenhum de nós se você não voltar - digo com um pesar na voz, por mais que eu me quebrasse por dentro por dizer isso, eu sabia o que estava acontecendo.

Eu me sentia diferente, com um sentimento diferente, como paixão, mas não amor, e precisavamos nos distanciar para que não nos apaixonasemos, seria mais doloroso e eu não conseguiria me despedir, eu ainda tenho controle do meu coração que lutava incansávelmente para ama-lo, eu podia ter negado mais cedo, mas agora eu assumo, eu estava me apaixonando por Tom Riddle.

- por quê? ainda temos tempo - a voz dela soa tristonha, mas não transparecendo o real sentimento.

- tempo é a única coisa que não temos - ele suspira se deitando no meu peito denovo - mas não se preocupe, não precisa ir embora agora...quer saber? temos um tempinho sim - digo fazendo cafuné nos cabelos ondulados dele, macios e quentinhos.

[...]

Depois de um tempo que fiquei com o Tom, eu percebi que ele estava querendo um pouco de atenção, não sei se seria certo dizer, mas ele estava... carente? eu não soube como reagir, Tom Riddle necessitando de carinho e atenção? eu com certeza fiquei perplexa com a situação, resolvi sair logo depois que ele dormiu para não o constrangir quando a carência dele passasse.

Sinto ele abraçar forte minha cintura quase como se eu fosse fugir, o que Tom secretamente temia naquele momento de fragilidade de emocional de sua parte.

Eu cantarolava uma canção da qual nem recordava que tinha em mente, a sensação de acolhimento que ambos sentiam apenas em terem a presença um do outro, era surreal para Riddle que nunca teve esse tipo de proximidade com alguém.

Bom... preferi o deixar logo depois, sabia que ele queria proteger a fama do Impiedoso Lorde, mesmo que eu nunca tivesse adotado esse apelido para ele em minha mente, ele ainda sentia a necessidade de te-lo.

Incapaz - Tom RiddleOnde histórias criam vida. Descubra agora