cap. 23

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- mais alguma coisa, senhorita? - a loira me pergunta educada, ela havia levado nosso pedido a mesa, e quando voltei do banheiro, ela veio me atender novamente.

- não, obrigada - a respondi com um sorriso pequeno, pegando um sonho delicioso e levando aos lábios.

Tom saía do banheiro com os cabelos levemente deselinhados e úmidos, mas fora isso, continuava com sua aparência formal.

Ele foi até a mesa onde sua mulher estava comendo um doce extremamente açucarado.

- Tom, o sonho daqui é maravilhoso - eu disse em meio a degustação do suposto "doce maravilhoso".

- que bom que gostou - ele diz com um sorriso labial, se sentando ao meu lado e passando o braço em torno de minha cintura.

- o seu - eu pego o outro sonho e coloco perto dos lábios dele, indicando que ele mordesse, ele negou amorosamente, mas eu não me convenci - amor, você tem que pelo menos provar - digo insistindo, o tinha um doce de leite muito gostoso de recheio.

O moreno sorriu negando com a cabeça e deu uma mordida no sonho, açúcar de confeiteiro grudado em seu lábios, era a coisa mais linda para os meus olhos.

me inclinei até próximo ao rosto dele, e selei nos lábios por um segundo, apenas para sentir o sabor doce de seus lábios.

- esse lugar é perfeito, quando o decobriu? - o pergunto, tentando continuar uma conversa com o garoto.

- ah... a um tempo atrás - ele diz sem entrar em mais detalhes. A um tempo atrás? isso não seria uma reposta aceitável entre nós dois.

- tem algum motivo especial para você não querer me contar? - perguntei me virando para ele novamente, ele franziu o cenho, olhando com severidade para mim.

- não tem nada para contar, é apenas uma lanchonete - ele diz soando grosseiro, revirei os olhos e me virei para frente novamente - não ficou chateada, não é? - ele me perguntou e eu me limitei em negar com a cabeça - porra, então o que foi? - ele pergunta estressado.

- desculpe, desculpe... eu só pensei algo estranho, esquece - digo tentando mudar o rumo da conversa.

Um silêncio desconfortável se apossou de todo o momento, mas não por muito tempo.

- um café para viagem, Meredit - Tom diz acenando para a loira, fiquei olhando para minhas mãos em bisca de distração.

- por favor, Tom - o repreendo, dizendo para ele pedir "por favor" para a moça.

- eu já disse que não acredito nessas coisas de "palavras mágicas" - ele diz sério.

Reviro os olhos com a ignorância dele... Mas...

- o que você disse? - me virei para ele, confusa com a situação. Não, ele não havia me dito que não acreditava em palavras mágicas, quem me disse isso foi Voldemort.

Ele arregalou os olhos minimamente, olhando para mim sem nem ao menos me responder.

- mas o que...? - sou interrompida pela confusão dos meus pensamentos.

- você já me corrigiu, e eu já disse que não acredito - ele insistiu com normalidade, fiz uma expressão de surpresa por não lembrar.

- entendi - disse meio sem jeito.

- amor, por favor, não fique assim comigo - ele reclama brincando, dizendo isso mais como um sussurro em meu ouvido.

- você disse "por favor" - sorri vitoriosa para ele, vendo ele abrir um pequeno sorriso labial amável - tudo bem - cedi dando um beijinho em sua bochecha.

Incapaz - Tom RiddleOnde histórias criam vida. Descubra agora