capítulo 10

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Capítulo 09

Narrado pelo alfonso.

Estaciono o carro na garagem, saio de dentro dele, ativo o alarme e vou em
direção a casa. Mas paro imediatamente, assim que escuto uns gritos vindos
em direção do quarto da anahi. Aproximo-me mais e consigo escutar o que
ela diz.

- NÃO! ME SOLTA. — Chego mais perto e tento abrir a porta, mas está trancada. A primeira coisa que me vem á cabeça é que tem alguém ali dentro tentando fazer algo com
ela.

Mas descarto totalmente essa hipótese, pois esse condomínio é muito seguro, os muros da minha casa são muito altos. A não ser que ela tenha o deixado entrar.

Merda anahi!

Saco a minha arma e a posiciono a minha frente. Ouço mais gritos, o que me
faz ficar com mais raiva de quem quer que seja que está lá dentro.

- NÃO HENRY! ME SOLTA. NÃO FAZ ISSO. EU NÃO QUERO! VOCÊ ESTÁ ME MACHUCANDO. PARA, POR FAVOR! — Os gritos dela são desesperados, parecia que ela pedia para o tal cara parar, mas ao mesmo temo tentava também pedir ajuda. Seu tom de voz está
sofrido... Desesperado.

Não espero mais nenhum minuto sequer. Tomo uma pequena distância da porta e com apenas um chute, ela se abre. Assim que entro, sinto o meu peito se apertar com a cena que vejo.

Ela se encontra deitada na cama. Lágrimas caem freneticamente pelos seus olhos fechados. Mesmo com o ar condicionado ligado, o seu corpo soa, ela se debate sobre cama na esperança de tirar algo de perto de dela. Abaixo a arma e coloco-a na minha cintura.

Incomodado em ver toda a agonia, medo e raiva que ela transmite, eu vou andando à passos largos até ela. Sento-me na cama ao seu lado e tento acorda-la.

- anahi. – toco levemente o seu braço.

- ME SOLTA! – ela grita fugindo do meu toque.

- anahi acorda. – chamo dessa vez um pouco mais calma. Acaricio de leve o
seu rosto, na esperança de que ela acorde. Mas nada.

- ME SOLTA! VOCÊ ESTÁ ME MACHUCANDO. EU NÃO QUERO. PARA! – há tanta dor e nojo em sua voz.

Dá para ver por sua feição o nojo que ela sente e a necessidade que tem de
tirar algo de cima dela. Isso acabou comigo.
Não suportando mais vê-la desse jeito, resolvo tentar acorda-la de uma maneira mais precisa.

- ANAHI! – grito e sacudo os seus braços.
No mesmo instante ela se levanta eufórica.O desespero e o medo em seu olhar fez com que eu me lembrasse de coisas horríveis do passado.

Meu coração se aperta. Não sei se pelas lembranças ou por vê-la desse jeito.Acho
que é uma mistura dos dois. Ela ainda muito atordoada, se senta na cama, junta os seus joelhos e os abraça.

Ela olha muito assustada para os lados e logo depois abaixa a cabeça entre as pernas. Parece querer se proteger de alguma coisa... De alguém

- Ei! Fica calma, foi só um pesadelo. – digo tentando acalma-la. Mas eu mais
do que ninguém sei o quanto um simples pesadelo pode mexer com a
mente de uma pessoa.

- Ma-mas... pa-pare-cia, tão re-real. — Eu posso me ver ali no lugar dela. Não penso em mais nada. Quando eu percebo, já estou sentada ao seu lado a envolvendo em meus braços. Assim como minha mãe sempre fazia comigo
quando eu tinha que viver todas aquelas cenas tão real na minha cabeça,
novamente.  E na esperança de acalma-la, eu a abraço forte.

- Fica calma anahi. — Ela tenta por um momento se distanciar de mim, mas eu não permito. Não permito que ela saia dos meus braços nenhum segundo sequer.

in the clutches of the delegate Ponny AyAOnde histórias criam vida. Descubra agora