capítulo 19

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Capítulo 18

Narrado por anahi

O meu coração esta quebrado. Eu senti uma dor tão grande quando eu ouvi aquilo tudo saindo de sua boca.  Continuo parada aqui na cozinha deixando que as lágrimas descessem. Não movi nenhum musculo desde o momento em que ele disse aquelas coisas pra mim e logo em seguida saiu da daqui.

Se eu pudesse. Se tivesse opção de escolha, eu sairia por aquela porta e não voltava nunca mais. Mas eu não posso. Eu não posso deixar esse emprego. Eu não posso deixar o meu filho caia nas mãos de um estrupador, por orgulho meu.

Eu não sei o que deu em mim em deixar o beijo chegar onde chegou. O pior é que eu estava gostando. Gostando muito. Gostando de sentir suas mãos fortes em minha cintura. O jeito que ele me segurava era um pouco
possessivo, um pouco grosseiro, mas nada que me assustasse. Nada que me trouxesse más lembranças. Na verdade esse homem tem o poder de me fazer esquecer tudo quando está por perto.

Ai ele começou a me tocar de um jeito mais intimo, que fez meu corpo inteiro se acender. Mas eu não podia. Eu não podia deixar aquilo tudo continuar. Eu sabia muito bem onde
aquilo tudo iria parar. E eu não sei se ainda estou preparada pra isso. E mesmo se estivesse, não seria com ele que aconteceria.

Nunca que permitiria algo assim. Então eu me afastei. Eu não sabia onde enfiar minha cara. Não sabia o que fazer. A vergonha tomou conta de mim e a primeira coisa que veio a minha cabeça, foi ir embora, sair dessa casa...

Da vida dele. Eu não suportaria olha-lo todos os dias e lembrar o que aconteceu aqui nessa cozinha. Quando ele tocou no nome do meu filho, eu tive a certeza de que teria que sair daqui. Eu não imaginava que ele seria tão baixo ao ponto de usar o Miguel para me levar
pra cama... Mas não. Não era isso. Ele deixou bem claro que não me queria.

Deixou bem claro que o beijo não significou nada. Deixou bem claro que eu não passava de uma empregadinha pra ele... Deixou bem claro que ele pagava as minhas contas.

E na medida em que ele ia dizendo essas palavras, uma vontade grande de
chorar me invadia. Mas eu não ia fazer isso. Não na frente dele... Enxugo as lágrimas que teimavam em cair. E nem eu sabia o real motivo de estar chorando tanto assim.

Não sei se foi pelo sentimento de rejeição dele,
por ele deixar bem claro que eu não passo de uma empregada, ou por ele ter jogado na minha cara que eu dependo dele. O que não é de toda mentira, pois se não fosse por ele me dar uma chance eu nem sei o que seria
de mim

Resolvo voltar para o meu quarto. Eu não quero correr o risco dele voltar para a cozinha e me ver chorando desse jeito. Tranco a porta do quarto e me jogo na cama obrigando as lágrimas a pararem de cair...

Proíbo-me de chorar por causa dele. Ele não merece... Eu não mereço.

[...]

A semana que se passou, foi a pior de todas. Nós não nos falamos uma vez sequer. Não que antes nos falássemos como se fossemos melhores amigos, também não era assim.

Mas posso dizer que pelo menos não ficava um clima chato e incomodo entre a gente.
Parecia que a cada dia que se passava e eu ali perto, mas ao mesmo tempo tão longe dele, o que eu sinto por ele ia crescendo mais e mais. E eu me odeio muito por isso.

Eu me odeio por estar nutrindo um sentimento por um cara que apenas me ver como uma empregada. Hoje já é quinta-feira e eu estou arrumando a minha pequena bolsa
Amanhã de manhã vou ir ver o meu pequeno, o doutor disse que possível dele receber alta amanhã, a tarde, não poderia ficar sem estar com o meu pequeno quando ele sair de lá.

in the clutches of the delegate Ponny AyAOnde histórias criam vida. Descubra agora