Capítulo 03
Narrado por alfonso Herrera.
Estava com trabalho até o pescoço. Já não aguentava mais ficar trancado
dentro daquela sala com aqueles papeis para ler, ainda bem que a Clara
estava me ajudando, estávamos no meio de uma investigação do caso denum peixe muito grande.
Estávamos investigando a participação do Deputado Federal Hernandes Felix
em desvio de dinheiro publico. A investigação, claro é sigilosa, falta pouco, bem pouco para conseguimos as provas concretas para prendê-lo.
Jogo os papeis em cima da mesa e me despreguiço na cadeira. Olho as horas
no relógio e me assusto, a hora passou muito rápido.
- Meu Deus, Clara, a hora passou tão rápido que eu nem percebi. Você deve
estar morrendo de fome e eu te prendi aqui o dia inteiro.
- Realmente, estou faminta, mas estava tão entretida aqui que nem liguei.
- Pode ir comer alguma coisa, eu ainda vou ficar mais um tempinho aqui.
- Não quer vim comigo? – diz dando um sorrisinho de lado..Eu sei que a Clara sente algo por mim, ela tenta disfarçar, mas eu já saquei e a vi várias vezes me olhando com desejo. Não sei se é só tesão ou algo a
mais. Mas sente.
- Não. – seu sorriso vai se desfazendo aos poucos. – Vou ficar mais um pouco
aqui.
- Quer que eu peça pra alguém trazer algo pra comer?
- Não precisa, obrigado. Tudo o que eu preciso está aqui. – digo levantando
minha inseparável garrafa térmica cheia de café.
- Okay então. — Ela sai e eu volto minha atenção para os documentos a minha frente, fico mais algumas horas ali até receber uma mensagem da Dulce.Eu estão preocupado com a Dulce maria, desde que tivemos aquela conversa hoje de manhã, ela falava comigo se cuidando, como se tivesse medo que alguém a visse, ela também apareceu com uma criança nos braços.
Se fosse em outro momento eu a mandaria direto para a casa dos pais, porque o que ela fez e errado, mais o olhar daquele menino mexeu comigo, talvez seja por ser meu sobrinho.
Mais aquele olhar inocente e encantador mexeu sério comigo, mais a criança também estava bastante abatida, a Dulce me falou que o menino estava com uma doença grave, que precisa de uma doação de rim o mais rápido possível, que só o pai era compatível.
O que leva uma mãe, deixar o filho doente, de vez procurar o pai, porque na hora de fazer ele participou, mais agora que o menino precisa dele, aí ele não pode.
“ priminho, não esqueça que os meus pais não podem saber de nada, não quero escutar mil coisas deles, não vai ser um esforço nenhum para você, amanhã vou ir para a sua casa, e a moça que vai trabalhar aí na sua casa vai comigo amanhã. Te amo muito :( “
Sorrio e respondo.
“esta bem duh, já liguei pra zeiva, e ela já está esperando vocês, é que eu estou atolado de trabalho, não tive nem tempo de sair de dentro da delegacia hoje.“
Mando a mensagem e começo a arrumar as coisas em cima da mesa, já tinha quebrado a minha linha de raciocínio, vou levar esses documentos para casa, lá eu trabalho com mais calma. Arrumo todas as folhas dentro de uma pasta e me levanto sentindo meu pescoço doer. Ouço novamente o
barulho de mensagem apitando no meu celular e pego vendo outra
mensagem da dulce.
“Tudo bem, mais o assunto é trabalho MAS É
TRABALHO MESMO NÉ?”
“Haha ciumenta nem um pouco, né? Sim é trabalho”
Respondo e logo em seguida saio da sala. Daqui a pouco o delegado do
plantão da noite iria chegar para pegar o meu lugar se é que ele já não chegou.
Ouço outro barulho e abro a mensagem.
“ sou Mesmo, já te disse que algum dia você ainda vai casar comigo, brincadeira, amanhã de manhã eu vou estar na sua casa, só que vai ser pelo meio dia, amanhã o Miguelzinho vai ter que passar por uma bateria de exames.. .”
Sorrio, ela me falou sobre essa amiga dela também, fico pensando será que não vou me arrepender, e uma menina, nessa idade não deve saber fazer nada, talvez ela acerte no bolo que eu gosto, e erre em muitas coisas.
Terei que conviver com duas pessoas, porque conviver com a Dulce Maria e um porre, e insuportável, mais não posso deixar ela na rua com uma criança, que merda vou ter uma criança chorando dentro de casa, fazendo birra, porque só de ter visto a Dulce Maria uma horinha com o tal de Miguel, já deu para ver como ela mima o menino.
Entro no meu carro e respondo.
“sonha Dulce Maria, você e como uma irmã para mim, me respeita peste, Agora eu vou dirigir, depois nos falamos”
Envio e em questão de segundos ela me responde.
“ você que sonha, eu juro que ainda vai ser meu kkkk... E tudo bem, depois nos falamos. Beijos.”
Coloco o celular no banco ao lado e vou em direção a minha casa. Minutos depois já estava estacionando o carro na garagem, assim que desço meu celular toca e vejo no visor que é a minha mãe.
- Oi mãe!
- Filho, como você está? Por que não foi no almoço na casa da sua tia?
- Muito trabalho mãe. – respondo simples.
- Você tem que descansar, só sabe trabalhar, trabalhar e trabalhar..Tá mãe. me ligou para isso? – digo tentando não ser grosseiro com ela. Mas acho que acabei sendo.
- Nossa, filho, não! Não foi pra isso, mas é que eu me preocupo. – sua voz sai
triste.
- Então foi pra quê? — Entro em casa e um cheiro delicioso de comida caseira invade minhas narinas, fazendo minha barriga roncar alto.
- Eu te liguei pra avisar que eu achei uma empregada pra você....
- não precisa mais, a Dulce Maria indicou uma amiga dela, então já arrumei a substituta da zeiva, amanhã mesmo a menina vai estar aqui. —Subo as escadas rapidamente, entro no meu quarto retirando o coldre junto
com a minha arma colocando em cima da cama. Coloco as pastas com os
relatórios em cima da cabeceira e me sento na cama tentando tirar o sapato.
- sério meu filho? A Dulce Maria apareceu? Sua tia vai ficar muito feliz em saber que ela voltou, uma menina? Você nunca quiz jovens trabalhando para você ...
- sim, mais isso não e da sua conta, quem eu contrato ou deixo de contatar – respondo grosso.
- desculpa meu filho, eu sei que você não gosta que eu me intrometa nas suas coisas, e que nunca vai me perdoar, mais eu não fui a única que errei, não esqueça que você tem as suas mãos sujas.– jura? Jura que vai trazer uma coisa de vinte anos atrás, vai jogar na minha cara que eu matei aquele desgraçado, mais saiba que não foi proposicional, mais saiba que eu fiquei muito feliz com a morte dele, e que eu não me arrependo de o ter jogado daquela sacada. — jogo na cara dela, quem ela pensa que é para me culpar de uma coisa que aconteceu a vinte anos atrás, eu tinha apenas treze anos.
- ei alfonso se acalma, não estou te culpando, apenas relembrando algo, eu não sou a única culpada. De tudo o que aconteceu.
- e sim, porque se não fosse por sua culpa, aquele desgraçado não teria não agredido, nos humilhados, não teríamos passado por nada disso, apenas seguido nossas vidas tranquilos.
- eu o amava, não queria me separar, ele não fazia por mau, ele dizia que iria mudar, e eu sempre tive esperança que ele mudasse de verdade, é eu sei que ele não fazia isso por mau, ele era seu pai meu filho, ele nos amava.– nos amava? Como você e engraçada, porque uma pessoa que te obrigada a ser sua submissa, porque isso e ridículo, você mãe uma senhora distinta, se submetendo a ser tratada igual uma vagabunda, me admiro da senhora ser humilhar tanto. — respondo rindo da cara dela.
- para alfonso, você reclamava tanto da seu pai, e está me humilhando igual a ele, até pior, porque age desse jeito comigo?
- sabe, gostaria muito de tratar a senhora com respeito, com um respeito de um filho para uma mãe, mais o jeito que age, tudo o que você faz, eu perco meu total respeito, porque você desse jeito, não e digna de respeita, agora não noite mãe.
- Não me trate assim, eu te amo, eu faria qualquer coisa para você, me perdoa por tudo o que eu disse, eu juro meu filho, eu me sinto tão sozinha sem você, me sinto sem ninguém. — ela diz chorando, não me sinto bem
ouvi–la chorar, mais ela não merece a minha compaixão, não mesmo.
- mude, tenha respeito, dignidade, por você mesmo, depois voltamos a conversar, eu já estou exausto, preciso descansar, mãe...... Tchau.– eu te amo filho....
Até o próximo capítulo, tá chegando o reencontro do nosso AyA estou tão ansiosa quanto vocês beijinhos.
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in the clutches of the delegate Ponny AyA
Romansaanahi era ainda uma menina quando viu a sua vida virar de cabeça pra baixo ao ser estuprada por um dos bandidos mais procurados do Rio de Janeiro. Três anos se passaram e ela se vê num beco sem saída, todos esses anos fugindo desse bandido, tentand...