Capítulo 05Narrado por alfonso Herrera.
Chego em casa e dou de cara com a Dulce Maria brincando com o menino, ao seu lado estava a minha mãe, com um álbum de fotos.
Ela sabe muito bem que eu odeio quando vem aqui em casa sem avisar.
- Oi meu filho. Eu estava te esperando. – diz se levantando e vem até a mim,
me dando um abraço.
- Está fazendo o que aqui, mãe? – as palavras saem mais rudes do que eu
imaginava. Vejo os seus olhos se enchendo de lagrimas e imediatamente me arrependo
das palavras ditas.
- Eu vim aqui te ver, e encontrei a Dulce Maria com esse menino encantador.. – diz ela com a voz um pouco embargada. – E
resolvi ficar para almoçar com você.– eu estou morando aqui, deixando claro que a moça que eu te falei já chegou também. — Dulce diz se levantando com o bebê, Ah, a empregada nova. Tinha me esquecido completamente que ela começaria hoje.
- Mas estou vendo que você não quer a minha presença aqui, então eu vou
embora. — Diz pegando sua bolsa que estava sobre o sofá, fazendo drama.
Me praguejo mentalmente por ser assim, por não consegui trata-la de outro
jeito, mas se hoje eu sou dessa forma, ela tem sua grande parcela de culpa. Antes que ela saia pela porta da sala, eu a chamo.
- Não mãe, não precisa ir. – digo e dou um passo para ir até ela, mas paro. Ela também para próximo á porta e se vira pra mim.
- Eu sei que não sou bem vinda aqui, então é melhor eu ir embora.
- Mãe. – respiro fundo e aperto com força minhas mãos. – Fica... Eu quero
que fique.– primo eu já arrumei as nossas coisas né príncipe. — Dulce diz mudando o assunto, olho para o menino, ele estava abatido, acanhadinho, parecia cansado também.
– está bem Dulce Maria, que cara de cansada é essa? Aconteceu alguma coisa? — Dulce estava com uma cara acabada, como se estivesse corrido a noite inteira.
– o Miguel passou mau, e acabamos ficando a noite inteira no hospital, então acabou que não dormirmos ainda, né príncipe da ti... Da mamãe. ,— olho atento para as palavras dela, ti? O que seria isso? Olho para o menino que parece triste, seguro na sua pequena mão, que sorri de leve.– e o que ele tem minha querida?. — minha mãe pergunta.
– não e da sua conta titia.
– depois do almoço vá descansar, deixe ele descansar também, acho que os dois precisam. — eu me viro em direção ás escadas e começo a subir. – Vou tomar um banho rápido e já desço, estou morrendo de fome.
– está bem meu filho, te esperaremos. — olho com desdenho para ela, ninguém viveu o que eu vivi, ninguém sentiu a dor que eu senti. Então eu não admito que ninguém me julgue pelo o que eu sou hoje... eu não admito.
Entro no quarto, tiro minha roupa e vou para o banheiro, tomo um banho rápido, coloco uma calça jeans escura e uma blusa preta, calço a bota preta do uniforme e desço.
Encontro as duas sentadas no sofá, e o menino brincando com um carrinho na mesinha, mas assim que me viu veio até a mim caminhando devagar, ele e bastante gordinho e engraçadinho, o pego no colo o entregando para a Dulce maria e fomos para a cozinha.
- alfonso não seja grosseiro com ela.
- Ela quem, dul?
- A anahi. Ela precisa do emprego, então vê se releva.
- Ela só terá o emprego de verdade se ela fizer por merecer.– como, isso não tinha no nosso acordo.
– e mais agora tem, ela tem um mês de experiência, se não vai para rua. — Digo e dou o assunto por encerrado. Entro na cozinha e posso sentir o cheiro maravilhoso de comida caseira, não há nada melhor que isso.
Mas assim que olho para a minha frente, outra coisa rouba completamente
a minha atenção. Meu Deus, quem é essa mulher? E ela é linda.
Que pergunta idiota, alfonso. É logico que é a anahi.
Mas ela é tão linda, seus cabelos são cacheados, mas não dá pra saber o cumprimento, pois ela os prendeu ao alto de sua cabeça e deixou alguns poucos fios soltos, caindo sobre o seu rosto, dando um
charme a mais. Seu corpo, meu Deus que corpo é esse?.Olho-a de baixo para cima tentando gravar cada parte desse corpo na minha mente. Quando chego ao seu rosto, paro alguns
segundos olhando para sua linda boca, perfeitamente desenhada, levemente carnuda. Perfeita. Subo mais um pouco e nossos olhares se cruzam.Imagens dela gemendo o meu nome, encima da minha cama, vem a minha mente.
Não que eu seja um sádico, e que toda mulher que eu vejo pela rua, eu pense isso. Não! Mas ela tem um ar tão singelo.bTão meiga, um ar tão... imponente. Foi impossível não pensar.
Porra. O que está acontecendo?
Ela é minha empregada.
Mas que ela é uma porra de uma tentação, ela é. Ela é diferente, totalmente diferente. Ela é simples, mas tem uma beleza
fascinante. E é isso que a deixa mais linda ainda, essa simplicidade toda misturada com a timidez que é nítida em seu olhar.
- primo?
- Oi dul. – percebo que estava muito tempo calado e encarando-a. Balanço de leve a cabeça tirando esses pensamentos da minha mente. Eu não posso.
Não posso.
- Essa é a anahi, alfonso.
- Percebi. Agora você já pode servir o almoço, pois já estou morrendo de
fome e não tenho o dia todo. – digo ainda encarando-a. Ela rapidamente acena com a cabeça e a abaixa. Sento-me no meu lugar na mesa minha mãe ao meu lado direito, e a Dulce ao lado esquerdo.
- Não precisava ser tão grosso.
- Mãe, não venha querer me dizer como tratar meus empregados. Se eu ficar dando confiança, daqui a pouco vão querer, ao invés de dormir no quartinho dos fundos, dormir na minha cama. — Se bem que eu não acharia de tão ruim assim tê-la na minha cama.Espanto esses pensamentos.
Que merda! Isso é loucura.
Vejo-a colocando a comida em um prato, e em seguida põe o prato á minha frente, e assim consigo sentir seu cheiro maravilhoso. Não da comida, mas dela. Porra, o que está acontecendo comigo, droga?
O que essa mulher tem pra me deixar assim?
Merda! Obrigo-me a parar de pensar nisso e começo a comer.
Hoje a Zeiva caprichou, a comida estava maravilhosa. Sentirei falta desse
tempero dela, ela é uma ótima empregada, além de cozinhar bem, sabia o
seu lugar. Não tentava se meter na minha vida, tem boca, mas praticamente
não fala... Só espero que essa anahi seja assim também.
- Que delicia. Quem fez? – diz minha mãe.
- Eu. – diz a anahi e é a primeira vez que escuto sua voz. Ela é doce, calma...
- Está maravilhosa, anahi. Como sempre Não é alfonso?
- É, dá pra comer. — Digo sem querer admitir que a sua comida está maravilhosa.
Minha mãe e a Dulce me olhavam me repreendendo, mas nem ligo, eu estou na minha casa, Disfarço e a olho novamente. Ela parece incomodada com algo, não sei o
que é, mas também não me importo.– mamãe..... Mamãe.... — o menino começa a chorar olhando para a anahi, que agora percebo seu incômodo, vejo ela caminhar rapidamente até nos.
– deixa Dulce, eu dou o almoço dele, vem meu amor. — ela pego o menino com todo o cuidado e o beija, vejo ele se acalmar nos braços dela, até mesmo posso ver um sorrisinho, quando encosta a cabeça no peito dela, mais assim até eu pararia de chorar, deu alfonso.
Termino de almoçar e saio da cozinha. Vou para o meu quarto, faço minha
higiene e saio. Chego na sala e a Dulce vem com o seu sermão de sempre, de que eu teria que a tratar bem e dar uma chance.
A chance eu já estou dando...Deixo ela falando sozinha e segui o meu
caminho para o trabalho.
Não consegui me concentrar em nada, todas as vezes que eu tentava me
concentrar nos casos há minha frente, aquela boca me vinha em mente.
Ah quantas coisas eu poderia fazer com aquela boquinha.Até o próximo capítulo, está sendo difícil para as meninas esconder a verdade do mimih...
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in the clutches of the delegate Ponny AyA
Romanceanahi era ainda uma menina quando viu a sua vida virar de cabeça pra baixo ao ser estuprada por um dos bandidos mais procurados do Rio de Janeiro. Três anos se passaram e ela se vê num beco sem saída, todos esses anos fugindo desse bandido, tentand...