Capítulo 18 - My Loneliness Is Killing me

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+18 \ Narradora

Ah, se tudo fosse como Sara imaginava. Sua filha não esqueceu esse homem por quem se apaixonou. Se passaram os dias, semanas, meses e Molly se lembrava dele todos os dias e sentia seu coração sangrar a cada pensamento. Sara começou a se preocupar com a filha, que comia muito pouco, vivia trancada em seu quarto, sempre com o olhar triste e perdido. Cogitou até mesmo levá-la a um psicólogo mas a garota se recusou. Dizia que o tempo iria curá-la como sua mãe fantasiava.

Enquanto isso em Neverland, a situação de Michael não estava muito diferente, continuava do mesmo jeito, não saiu de seu quarto por quase um mês inteiro. Alguns familiares o procuravam mas ele se recusava até mesmo recebê-los. Os funcionários ficavam comentando, tentando descobrir o que aconteceu ao Senhor Jackson, mas apenas um funcionário sabia de tudo. Frank, o veterinário dos animais.

- Ninguém sabe o que houve com o homem, Frank! Eu já estou aqui há cinco anos e quando não está viajando, o Senhor Jackson vem aqui todos os dias ver os animais, algumas vezes ele mesmo os alimenta. Vivia circulando por esse rancho, esse lugar é a alegria dele. Agora ele só fica naquele quarto. - Disse Mark preocupado. Mark era um funcionário encarregado de alimentar os animais de Michael.

Nesse momento, uma preocupação começou a surgir em Frank. Ele não convivera muito com Jackson mas percebia que todos gostavam muito dele, sempre estavam falando bem do homem. Ele sabia o que aconteceu e nesse momento seu orgulho falou mais alto e logo seus pensamentos de ódio sufocaram o fiozinho de preocupação que surgira nele.

.....
Molly
Cond. Saint Claire,
São Paulo
17:50
...


O término de mais um dia chega e também a hora do meu banho antes de ir me deitar. Durmo cedo para não ver e falar com ninguém. Preparo a banheira para um banho. A cada dia que passa, eu só pioro. Não falo com ninguém sobre o que me machuca, não quero ver as pessoas da família e só apareço algumas vezes fora do quarto.

Sei que meu comportamento não era o que as pessoas esperavam mas eu simplesmente não consigo agora. Não consigo encarar ninguém. Eu estou presa em uma bolha de sofrimento e dor que nada foi capaz de me tirar de dentro até hoje. E assim vou ficar até que consiga sair de dentro sozinha. Mas no momento, eu preciso viver isso até cicatrizar de vez.

Já dentro da banheira mais uma vez, penso em Michael. Mas dessa vez, pensamentos obscenos vem a minha mente. Pensamentos daquela noite de amor que tivemos. Da minha primeira vez que tive a grande sorte de ser exatamente com ele. Lembro de cada momento delicioso, meu corpo responde prontamente aos pensamentos lascivos que rondam a minha mente e sinto meu clitóris vibrar. Guiada pelo desejo repentino, desço uma mão até meu sexo latejante e posiciono o dedo em meu clitóris que agora está muito sensível por conta da excitação do momento.

O meu desejo por ele é tão vivo, tão quente, acende meu corpo todo. Eu poderia até mesmo sentir seus dedos me tocando se eu forçar um pouco mais minha mente a realizar isso. Podemos estar a milhas de distância mas esse desejo nos conecta.

Começo a movimentá-lo ali, mordo os lábios sentindo prazer, movimentando meu dedo cada vez mais rápido mas sinto falta de algo dentro de mim, precisamente sinto falta do membro de Michael me preenchendo, alargando com sua grossura, indo fundo dentro de mim, me fazendo sentir um prazer imenso que nem chega perto do que sinto agora.

Com esse pensamento, afasto meus dedos do meu clitóris. Lágrimas grossas descem ininterruptamente pelo meu rosto. Meu choro é um misto de saudade e raiva. Raiva por tudo o que está acontecendo na minha vida, pela falta que sinto de Michael e pelo que o destino nos fez.

....
Michael
Neverland Valley Ranch
09:50 p.m
.......

Ligo o chuveiro e a agua morninha começa a descer pelo meu corpo, acalmando mais meu estado de espírito, me fazendo esquecer por alguns segundos todo o tormento pelo qual tenho passado nos últimos tempos.

A falta que sinto de Molly escureceu meus dias. Só o que fiz ultimamente foi compor músicas melancólicas, todas sobre minha garota.

Molly, ah Molly... a menina que me encantou. A pele aveludada como pêssego, os lindos cabelos longos e loiros, a boca rosada e carnuda... Nesse momento a imagem de Molly passando a língua em meu membro de baixo para cima lentamente e logo após o abocanhando enquanto me olha maliciosamente, vem em minha mente, quando ela estava me chupando com tanta vontade naquela noite.

Não aguento e meus instintos masculinos começam a falar mais alto, quando desço meu olhar para meu pênis, vejo que ele já está apontado. Ah como queria Molly aqui, ajoelhada, me satisfazendo.

Mas já que não tenho ela, terei que dar o meu jeito. Envolvo a mão em meu pênis e logo começo a movimentá-la, ganhando velocidade pouco a pouco.
Os gemidos já audíveis escapam dos meus lábios enquanto me recordo da boca de Molly, dos seus seios, da sua vagina apertada e gostosa. - Ahh Molly!! Grito o nome da minha amada enquanto me masturbo cada vez mais rápido, apertando meu membro.

Aquele alívio nunca vem, aquele prazer parece ser tão difícil de alcançar. Me desespero cada vez mais e mordo os lábios. Molly me fez sentir o que nenhuma fez até então e desde que ela partiu, nunca mais senti o prazer característico que apenas ela foi capaz de me proporcionar.

Três jatos são liberados contra o box do banheiro, quando chego ao orgasmo. Mas não me senti nenhum pouco satisfeito. Eu queria estar agora dentro de Molly, amando-a como nunca!

O curioso nisso tudo foi como minha mente foi capaz de praticamente materializá-la bem aqui na minha frente, como eu gostaria de vê-la, me dando prazer com seus lábios suaves. Ela me lançou seu sorriso esperto e seu olhar malicioso.
Podemos estar separados por milhas e milhas de distância. Mas distância mesmo é um mero adjetivo perto do quão forte é o que sinto nesse momento e pra sempre.

Quando dois corações se pertencemOnde histórias criam vida. Descubra agora