O Último Pênis - Sariette

Trinta e três

Juliette abriu os olhos ao sentir algo duro contra sua bunda e riu, negando com a cabeça. Ela se virou lentamente, afinal um braço de Sarah estava sobre ela, ela nem sequer sabia como ele havia ido parar ali. Seus olhos focaram no rosto da loira, que ressonava tranquilamente. 

Juliette sabia que ereções noturnas e matinais nem sempre tinha a ver com tesão, muitas vezes tinha a ver com o corpo estar totalmente relaxado e era um bom sinal para a saúde, mas não resistiu em rir baixinho. 

Que cômica a situação. Até poucos dias atrás nem sequer sabia da existência de um pênis e agora acordava com um cutucando suas nádegas e mais, ela havia beijando a boca da dona dele. 

Duas vezes. 

E havia adorado. 

 Seus olhos caíram para o volume da cueca da garota a sua frente e sua memória trouxe a tona a lembrança de Sarah seminua enquanto se masturbava. 

A mão da menor queria tocar, não só por desejo, mas por curiosidade também, porém se conteve. Como era possível aquilo entrar sem machucar? Até ali só havia experimentados dedos e, mesmo sendo dedos, se ficasse muito tempo sem transar ou não estivesse excitada, ardia tudo. 

 Imagina aquele cano. 

_ Gostando que vê? — Juliette tremeu rapidamente devido ao susto que levou pela voz levemente mais rouca do que o normal. 

 _ Desculpe — Juliette sussurrou e Sarah riu_ é que ele me acordou.

_ Então eu que peço desculpas — Sarah disse, rindo fraco e fechando os olhos devido ao sono_ vou tentar manter mais distância. 

_ Você não tem culpa, estava dormindo — Juliette disse, olhando timidamente para Sarah. 

_ Tem razão. Ninguém tem culpa. Todos estamos absolvidos — Sarah disse voltando a abrir os olhos e Juliette sorriu assentindo. 

 _ Volte a dormir. Te acordei ao me mexer, não foi? — Juliette perguntou e Sarah assentiu.

_ Tenho o sono leve — Sarah disse_ já amanheceu?

 _ Não. É só ver que ainda está frio para saber que ainda é madrugada — Juliette disse e Sarah concordou. 

 _ Muito inteligente — Sarah disse sonolenta e fechou os olhos de novo ao sentir Juliette acariciar seu rosto. 

_ Durma. 

 _ Um beijo antes? — Sarah pediu e Juliette sorriu timidamente, a olhando levemente enrubescida antes de colar seus lábios no de Sarah em um selinho demorado e logo se virar.  

_ Boa noite. Sarará. 

 _ Você ainda vai estar aqui amanhã de manhã?  

_ Já vi esse filme. Não seja Clichê — Juliette pediu rindo. 

_ Só queria saber se meu pau teria a honrar de voltar a te cutucar — Juliette riu e negou com a cabeça.

_ Nunca mais reclamo dos clichês — Juliette disse sorrindo_ não pretendo ir à lugar algum — respondeu à pergunta de Sarah, sentindo o braço quente cobrir seu corpo novamente.

_ Sabe, pelo bem de ciência. Estou com frio e não posso morrer, então preciso me esquentar — Sarah disse e Juliette se aconchegou em seu corpo, mesmo de costas para ela. 

 _ Se dormisse com mais do que uma cueca e uma sutiã não sentira tanto frio. 

_ E que desculpa eu daria para poder te abraçar? — o sorriso que rasgou o rosto de Juliette foi enorme e ambas mantiveram o silêncio confortável por algum tempo. 

 _Boa noite Sarará. 

_ Boa noite, Julie — E caíram no sono outra vez, uma, no aconchego do calor do corpo da outra.