17° Elo - Elliot

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_não se preocupe Aiden, eu vou busca-la, estou de carro! Será mais rápido do que esperar que você desça do casarão! – terminei de dobrar meu jaleco, e junto com meu estetoscópio favorito, os coloquei na mochila.

_tudo bem! Vou dizer a Iron que já estão a caminho! – falou e em seguida desligou a ligação.

Uma visita rápida ao hospital tinha se tornado algo divertido, até que surgiram muitas consultas de ultima hora, e visita de algumas pessoas que sabiam que eu estava na vila e desejavam falar comigo em particular. Ser medico e esposo do alpha era um trabalho de tempo integral, não que eu reclamasse disso.

Antes de sair liguei para o celular de Dhara, mas não obtive resposta. Chamou por varias vezes antes de cair na caixa postal, então imaginei que ela talvez estivesse dormindo ou então no banheiro, ou que seu celular estivesse em modo silencioso de forma que ela não pudesse ouvir e atender ao chamado. Dhara sendo Dhara, poderia ser qualquer uma das optçaoes, então decidi simplesmente que iria até la em primeiro lugar.

Peguei o carro e dirigi calmamente até o bairro onde minha pequena discípula tinha sua residência instalada; Sabia que ela e Aiden estavam passando por uma fase boa, depois de tantas adaptações com a nova rotina e as mudanças em seu corpo. Eles tinham mais momentos a sós como companheiros uma vez que Aiden era um gatilho para a tranquilidade da pequena ruiva.

Desde o noivado ela tinha andado um pouco distraída e pude notar algumas mudanças em seu comportamento e até mesmo em seu corpo, porém não podia determinar o fator motivador por trás dos mesmos, afinal, ela ainda estava passando por mudanças constantes desde seu “renascimento”; No entanto era notável sua carência pelo companheiro, seu apetite melhorando consideravelmente, longos períodos de sono e algumas pequenas oscilações de humor. Não era algo realmente preocupante, mas ainda sim, eram mudanças, e todas elas faziam parte da nova Dhara.

Perdido em pensamentos, foi que cheguei em sua residência, desci do carro após desliga-lo e me aproximei da casa notando de imediato que a porta estava entreaberta. Dhara não costuma fazer isso, nem mesmo quando esta no jardim na frente da casa, afinal alguns costumes humanos ainda estão enraizados nela, e um deles é o habito de sempre fechar a porta.

Tentei não dar tanta importância para isso e entrei na casa observando-a em silencio; Vivendo como vivíamos e sendo quem erámos, a prevenção era nossa melhor aliada, e ainda que ali fosse um local improvável para um ataque, não podia me dar ao luxo de me expor dessa forma. Apenas quando tive certeza que não havia ninguém andando pela casa ou ao redor dela, decidi chamar pela ruiva.

_Dandhara! – chamei e rumei ao seu quarto, empurrando a porta silenciosamente – Dhara você esta ai?

O silencio esta ensurdecedor e deixava-me preocupado, e começava a cogitar a possibilidade de ligar para Aiden e saber se ela tinha dito algo a ele sobre sair ou sobre ir sozinha para o casarão afinal qualquer um dos guardas lhe daria carona até nossa casa.
Entrei no quarto temeroso, olhando ao redor com cuidado, não havia qualquer sinal de vida presente ali, e foi com um relance de olho que vi algo avermelhado no chão do banheiro, do qual me aproximei devagar, antes de tomar o susto real e encontrar seu corpo pequeno estirado no chão.

_Dhara! – exclamei adentrando completamente o lugar e olhando ao redor.

De imediato procurei por sinais de ferimentos e ou qualquer lesão externa em seu corpo, chequei seu pulso e sua respiração, sua pressão arterial estava baixa, porém ritmada. Carreguei seu corpo inconsciente até a cama e o depositei ali, peguei os travesseiros e coloquei sob suas pernas, no intuito de fazer com que o oxigênio circulasse melhor.

Após ter certeza de que sua pressão já estava voltando ao normal, voltei ao banheiro para procurar a causa do seu mau súbito (o que eu supunha), e encontrei na pia algo que me deixou ainda mais ansioso e preocupado. Peguei Dhara no colo e a levei direto para o carro sem me importar com a casa, não era como se alguém fosse entrar ali e roubar algo.

Amada pelo Urso - Livro IV - Série Amores IndomáveisOnde histórias criam vida. Descubra agora