Aliados a honra

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Depois de um dia de descanso eu e os outros fomos para o galpão. O galpão era um lugar onde realizávamos nossos negócios mais importantes, um espaço repleto de armas, veículos e homens leais prontos para qualquer coisa. Alisson estava ao meu lado, sua presença sempre reconfortante, enquanto Anon coordenava os preparativos com precisão militar.

"Você tem certeza sobre isso, Sn?" perguntou Alisson, sua voz baixa mas firme. "Mikey é um aliado poderoso, mas também imprevisível. Não podemos nos dar ao luxo de confiar completamente nele."

Assenti, ponderando suas palavras. "Eu sei, Alisson. Mas neste jogo, precisamos de todas as peças que pudermos reunir. A gangue Tomam tem recursos e influência que podem ser valiosos para nós."

Anon, sempre mais reservado, acrescentou: "Precisamos garantir que os termos da aliança sejam claros e mutuamente benéficos. Mikey não é do tipo que aceita facilmente a submissão."

"Concordo," disse eu, olhando para o copo de whisky que segurava. "Mas, se formos cuidadosos, podemos transformar essa aliança em algo poderoso para ambos os lados. Mikey respeita força e determinação."

Enquanto aguardávamos a chegada de Mikey, a tensão no galpão era palpável. Nossos homens estavam em alerta máximo, prontos para qualquer eventualidade. Eu me preparei mentalmente para o encontro, ciente de que cada palavra e gesto poderia fazer a diferença entre o sucesso e o fracasso.

Finalmente, Mikey entrou no galpão, acompanhado por Draken e Mitsuya, seus principais tenentes. Ele tinha uma presença imponente, seus olhos escuros analisando cada detalhe ao seu redor enquanto se aproximava. Quando seus olhos encontraram os meus, percebi algo diferente em seu olhar. Havia uma intensidade que ia além da mera avaliação de um líder rival. Era um olhar de curiosidade e... interesse?

"Sn," ele disse, sua voz profunda ecoando no galpão. "Alisson, Anon. O que vocês têm a propor?"

Levantei-me para cumprimentá-lo, minha postura firme e determinada. "Mikey, obrigada por vir. Como você sabe, estamos aqui para discutir uma possível aliança entre nossas gangues."

Ele acenou com a cabeça, seus olhos nunca deixando os meus. "Continue."

Alisson tomou a palavra, explicando os benefícios mútuos que poderíamos obter ao unir forças. Ela detalhou nossos recursos, nossa influência em diferentes partes da cidade, e como poderíamos complementar os interesses da gangue Tomam.

Mikey ouvia atentamente, suas expressões difíceis de decifrar. Quando Anon entrou na discussão, oferecendo detalhes sobre a segurança reforçada e a cooperação estratégica, pude ver um leve brilho de interesse nos olhos de Mikey.

"É claro que uma aliança entre Taishaku e Tomam beneficiaria ambos os lados," disse Mikey, sua voz calma mas autoritária. "Mas o que me garante que vocês cumprirão sua parte no acordo?"

Encarei Mikey diretamente, minha voz firme. "Somos uma gangue de palavra. O que prometemos, cumprimos. A lealdade é nosso princípio fundamental, e esperamos o mesmo de você e seus homens."

Ele sorriu, um sorriso que era ao mesmo tempo desafiador e intrigante. "Você fala com muita convicção, Sn. Gosto disso. Vamos ver se suas ações correspondem às suas palavras."

Mikey deu um passo mais perto de mim, e eu pude sentir a energia entre nós se intensificar. Ele era um líder formidável, e sua presença era inegável. Mas havia algo mais em seus olhos quando me olhava – algo que eu não esperava. Uma faísca de atração.

"Vejo que você não é apenas uma líder forte, mas também alguém que sabe o que quer," disse Mikey, sua voz mais suave agora. "Isso é raro em nossa linha de trabalho."

Gangue Taishaku  - 𝚃𝚘𝚔𝚢𝚘 𝚛𝚎𝚟𝚎𝚗𝚐𝚎𝚛𝚜Onde histórias criam vida. Descubra agora