No submundo urbano da cidade de Tóquio, a gangue Taishaku emerge com uma força formidável e misteriosa. Seu nome, inspirado no lendário demônio de cinco caudas da mitologia japonesa, evoca tanto medo quanto respeito nas ruas sombrias da metrópole.
E...
Quando acordei, o sol já estava alto no céu. Tomei um banho rápido no apartamento de Smiley, sentindo a água quente lavar a noite anterior. Vestida e revigorada, agradeci a ele novamente e me despedi.
Saí do prédio, respirando o ar fresco da manhã. Caminhei pelas ruas movimentadas de Tóquio, onde a vida começava a pulsar com seu ritmo frenético habitual. Ao virar a esquina, encontrei Hiro, um dos meus amigos da Taishaku. Ele estava encostado em uma moto, olhando ao redor como se procurasse por alguém.
"Ei, Sn," ele disse com um sorriso, acenando para mim.
"Hiro, bom te ver. O que está rolando?" perguntei, aproximando-me dele.
"Tem um novo agiota na cidade," ele disse, olhando em volta antes de tirar o celular do bolso. "Consegui uma foto dele. Dizem que o cara é esperto e tem conquistado território rápido."
Hiro me mostrou a foto no celular. O homem na imagem era incrivelmente bonito, com um rosto angular, cabelo bem arrumado e um ar de confiança que transparecia mesmo através da tela. Seus olhos pareciam analisar tudo, calculando cada movimento.
"Ele se chama Kaito," continuou Hiro. "Está causando problemas para algumas das nossas operações menores. Já ouviu falar dele?"
Balancei a cabeça. "Ainda não, mas vamos ter que ficar de olho. Ele parece ser um desafio."
Hiro assentiu, guardando o celular. "Sim, precisamos saber mais sobre ele. Não podemos deixar que ele atrapalhe nossos negócios."
"Vamos reunir o pessoal e ver o que podemos descobrir sobre ele," disse finalmente. "Não podemos permitir que alguém novo tente se estabelecer no nosso território sem consequências."
Hiro sorriu. "Sabia que você pensaria assim. Vou começar a investigar mais sobre ele e ver o que consigo descobrir."
Quebra de tempo
Depois de conversar com Hiro, decidi que precisava de um bom almoço para recarregar as energias. Escolhi uma lanchonete que gostava, conhecida por seus pratos simples, mas deliciosos. Ao entrar, o aroma familiar de comida caseira me envolveu, trazendo um breve momento de conforto.
Sentei-me em uma mesa próxima à janela e pedi meu prato favorito. Enquanto esperava, observei as pessoas ao redor, cada uma imersa em suas próprias rotinas. Meus pensamentos, no entanto, estavam fixos em Kaito, o novo agiota. Algo sobre ele me deixava inquieta, e eu sabia que precisaria agir rapidamente para proteger nossos interesses.
Quando meu prato chegou, comecei a comer, apreciando cada mordida.
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A lanchonete estava tranquila, com apenas alguns clientes espalhados pelas mesas. Foi então que percebi uma figura familiar entrando. Olhei de relance e meu coração deu um salto. Era Kaito, o homem da foto que Hiro me mostrara mais cedo.
Ele se dirigiu a uma mesa do outro lado da lanchonete e pediu algo ao garçom. Tentei continuar comendo, mas meus olhos involuntariamente voltavam-se para ele. Notei que ele também me olhou, seus olhos estreitando-se por um momento, como se estivesse tentando se lembrar de onde me conhecia. De repente, ele se levantou e começou a caminhar em minha direção. Respirei fundo, preparando-me para o que quer que estivesse por vir. Quando ele chegou à minha mesa, me cumprimentou com um sorriso que não alcançava seus olhos.
