Sequestro na noite

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Ao sair da boate, as ruas estavam quietas, iluminadas apenas pelas luzes fracas dos postes e pelas sombras das construções altas. Despedi-me de Baji, que se afastou em direção a sua moto e comecei a caminhar em direção a minha moto estacionada um pouco mais adiante.

Antes que pudesse reagir, fui surpreendida por uma figura que emergiu das sombras. Uma mão firme e áspera cobriu minha boca enquanto outra me puxava com força para um beco escuro. Tentei lutar, mas o agressor era forte e hábil, claramente familiarizado com o sequestro.

Senti um pano úmido pressionado contra meu rosto e, em segundos, tudo começou a ficar turvo. A última coisa que ouvi antes de desmaiar foi uma voz rouca sussurrando algo incompreensível.

Quando recobrei a consciência, estava em um lugar desconhecido. O cheiro de mofo e sujeira impregnava o ar, e o som distante de água pingando ecoava pelo espaço. Minhas mãos estavam amarradas firmemente atrás das costas, e meus pés estavam presos com cordas grossas. A sala estava fraca e mal iluminada por uma única lâmpada pendurada no teto.

O pânico inicial deu lugar à raiva. Quem ousaria sequestrar a líder da Taishaku? Meu captor era claramente alguém que sabia o que estava fazendo, mas subestimou minha determinação.

Enquanto ajustava meus olhos à pouca luz, a porta de metal rangente se abriu, revelando a silhueta de um homem. Ele entrou, fechando a porta atrás de si, e se aproximou lentamente.

"Você finalmente acordou", disse ele com um sorriso sombrio. "Você e sua gangue têm causado muitos problemas, Sn. Alguém precisava ensinar-lhe uma lição."

Ele parecia vagamente familiar, mas não conseguia lembrar de onde o conhecia. Talvez fosse um membro de uma gangue rival ou alguém que nutria rancor antigo contra mim ou a Taishaku. Sua voz carregava uma malícia que me fez entender que este não era um simples pedido de resgate.

"Você não sabe com quem está lidando", respondi, minha voz firme apesar da situação. "A Taishaku vai vir atrás de mim, e você vai se arrepender."

Ele riu, um som frio e desdenhoso. "É isso que eu estou contando. Vamos ver o que a sua preciosa gangue está disposta a fazer para te salvar."

Com isso, ele saiu, deixando-me sozinha na escuridão. A raiva queimava em meu peito, mas sabia que precisava manter a calma e pensar claramente. O tempo era essencial.

Horas se passaram, longas e dolorosas, enquanto lutava desesperadamente contra as amarras. Cada tentativa de libertação resultava em mais dor e frustração. A cada hora que se passava, homens diferentes entravam na sala. Eram brutamontes sem rostos, agindo com uma violência metódica e impessoal. Cada golpe deixava minha pele marcada, cada soco e chute adicionava uma nova camada de dor ao meu corpo já machucado.

Minha mente, no entanto, não cedia. Cada agressão apenas alimentava minha raiva. Sabia que minha única esperança era permanecer forte, manter minha mente clara e aguardar uma oportunidade para virar o jogo a meu favor.

A dor física era constante, mas a ódio queimava mais forte dentro de mim. Os homens que entravam não diziam nada, apenas executavam suas ordens com uma eficiência cruel. Suas faces se misturavam em uma massa indistinta de brutalidade, mas cada golpe era um lembrete de que precisava sobreviver para me vingar.

Em um momento de relativa calma entre as surras, a porta abriu novamente. Dessa vez, o homem que parecia ser o líder entrou. Sua expressão era de satisfação maliciosa, claramente apreciando o espetáculo de meu sofrimento.

"Você é teimosa, Sn", ele disse, se aproximando lentamente. "Mas todos têm um ponto de quebra. Vamos ver quanto tempo você aguenta."

Eu o encarei com olhos que queimavam de ódio. "Você subestima a Taishaku. Eles estão me procurando, e quando me encontrarem, você vai se arrepender de cada segundo disso."

Gangue Taishaku  - 𝚃𝚘𝚔𝚢𝚘 𝚛𝚎𝚟𝚎𝚗𝚐𝚎𝚛𝚜Onde histórias criam vida. Descubra agora