No submundo urbano da cidade de Tóquio, a gangue Taishaku emerge com uma força formidável e misteriosa. Seu nome, inspirado no lendário demônio de cinco caudas da mitologia japonesa, evoca tanto medo quanto respeito nas ruas sombrias da metrópole.
E...
A manhã após a explosão foi como um despertar abrupto para a cidade adormecida. Enquanto o sol começava a subir lentamente no horizonte, os habitantes da rua emergiram de suas casas, curiosos e alarmados pelo estrondo que tinham ouvido durante a noite.
Os tiras, sempre ágeis na busca por respostas, estavam em ação desde cedo. Eles se espalharam pela área afetada, questionando moradores e comerciantes, buscando qualquer pista que pudesse levar à identidade dos responsáveis pela explosão devastadora. Suas vozes autoritárias ecoavam pelas ruas estreitas, misturando-se com o zumbido das conversas alarmadas dos moradores.
Mantivemos nossas cabeças baixas e nossos rostos impassíveis, cada membro ciente da necessidade de discrição absoluta. Nossos informantes dentro da polícia eram nossa primeira linha de defesa, enquanto mantínhamos um ouvido atento às conversas que circulavam pela cidade.
A explosão tinha sido nossa declaração de guerra aos Ryuken, mas também tinha chamado a atenção indesejada das autoridades.
Quebra de tempo
Após a tumultuada manhã de investigações policiais e murmúrios preocupados entre os moradores da cidade, Hanma e eu decidimos sair para almoçar em um dos nossos locais seguros. O restaurante estava calmo, com poucos clientes no meio da tarde. Escolhemos um canto discreto, longe de janelas e olhares indiscretos. Sentados à mesa, pedimos nossas refeições enquanto discutíamos em murmúrios baixos sobre a situação recente e o que poderia vir a seguir.
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No entanto, nossa paz relativa foi interrompida quando membros de outras gangues começaram a chegar ao restaurante. Seus olhares eram intensos e suas expressões, carregadas de curiosidade e desconfiança. Era claro que eles também tinham ouvido falar da explosão durante a noite e estavam ávidos por informações.
Um grupo se aproximou de nossa mesa, seus líderes olhando-nos com uma mistura de respeito e cautela. Um deles, um homem alto com cicatrizes no rosto, foi o primeiro a quebrar o silêncio tenso.
"Sn, Hanma", ele começou, sua voz áspera carregando um tom de urgência. "O que vocês sabem sobre a confusão de ontem à noite? Foi vocês?"
Com um sorriso enigmático, respondi com voz calma: "Sabemos tanto quanto vocês, meu amigo. Ouvi dizer que foi algo grande, mas não tenho detalhes concretos. A cidade está cheia de surpresas, não é?"
O homem assentiu lentamente, parecendo ponderar minhas palavras. Era claro que ele estava tentando ler entre as linhas, avaliando nossa sinceridade e possíveis intenções ocultas. Hanma permaneceu em silêncio ao meu lado. Com os outros membros das gangues se afastando, Hanma e eu voltamos nossa atenção um para o outro. O ambiente ao nosso redor era tranquilo, mas podíamos sentir a energia carregada de tensão que pairava sobre nós.
Hanma tomou um gole de sua bebida antes de quebrar o silêncio, sua voz baixa e controlada. "Eles estão inquietos. A explosão atraiu atenção demais."
