O lado escuro do vermelho - BNHA

chapter five: Borboletas

Duas semanas depois...

Pov;Sayuri

Nunca imaginei que tanta coisa pudesse acontecer em duas semanas. Treinos cansativos, várias horas de aula entre outras coisas. Mas aconteceu duas coisas importantes. Primeira: estou mais próxima do Todoroki, ele é um garoto legal e está se tornando um ótimo amigo, e a segunda coisa é um pouco preocupante.

Estou sentindo as famosas borboletas no estômago quando estou perto dele. E quando eu falo "dele", quero dizer do Midoriya. Eu não sei o que é isso, ele é super legal e muito atencioso, se preocupa muito com os outros, e acho que é por esses motivos que acho que estou gostando dele.

É loucura, ele está sempre focado em ser um herói que eu acho que ele não teria tempo para isso, então não vou criar muita expectativa.

É mais um dia normal na U.A, estava na aula fingindo prestar atenção, mas minha cabeça estava em outro lugar, minha mãe. Ligo para ela todos os dias, mas ela não atende, só as vezes me manda uma mensagem avisando que está bem. Mas ainda sim, continuo preocupada com ela, só quero que ela fique viva.

No intervalo resolvi sentar sozinha, mas o Shoto sentou ao meu lado como na última semana, pois como eu disse antes, a gente tem se aproximado um pouco.

- Não vai comer nada? - perguntou.

Eu não estava com fome, então não peguei nada.

- Não, estou sem fome - respondi olhando para frente - Você está bem? - perguntou - Sim, só estou...pensando - continuei olhando para frente.

Ele notou que eu não parava de olhar para frente e também olhou, percebeu em que eu estava olhando fixamente e voltou a atenção à sua bandeja.

Estava olhando para o Midoriya que estava na mesa a nossa frente.

- Gosta do Midoriya? - perguntou o que me deixou envergonhada - O que? Não, é claro que não - respondi sem jeito.

- Tá olhando fixamente pra ele...não estou te julgando, só perguntando - falou e encostei a cabeça na mesa - É complicado, não sei o que é isso, estou confusa - falei ao olhar para frente novamente, o Midoriya estava conversando com a Uraraka e com o Iida, estava sorrindo, ele tem um sorriso bonito.

- Bom, se você gosta dele, tem que falar com ele não é? Porque nada vai ser resolvido se você ficar apenas o olhando, esse sentimento é algo muito importante para ficar apenas dentro de você, se é recíproco ou não, você precisa se soltar - isso me deu um pouco de coragem, mas será?

- Isso foi bonito, gostei das suas palavras Shoto - falei - Vou falar com ele depois, vou pensar um pouco primeiro - completei.

Pov; Bakugou

Tem alguma coisa errada comigo, ultimamente aquela ruiva idiota tem vindo em meus pensamentos em momentos inconvenientes. Isso tem me deixado irritado com ela, até pra pensar nela ela é inútil.

Nos corredores da escola acabei esbarrando nela.

- Olha por onde anda caralho - falei.

Voltei a andar, mas senti alguém me dar um soco. Não foi forte o suficiente para me machucar, mas foi para me irritar. Virei para trás devagar tentando respirar fundo para conter a raiva, assim que me virei, vi que foi ela.

- Você...me bateu? - perguntei contando até dez mentalmente - An...sim - respondeu um um sorriso irritante no rosto e começou a dar uns passos para trás para fugir.

- Você está morta - ela começou a correr e fui atrás dela, não ia deixar por isso mesmo.

Ela correu até o refeitório, estava cheio porque estávamos no intervalo. Ela correu e ficou atrás do Kirishima segurando seu braço. Mas nem esse cabelo de merda vai me impedir de matar essa tal de Sayuri.

- Ai Kiri, ele quer me bater - ouvi ela dizer e ele começou a rir.

Tentei tirar ela de trás dele, mas ele não deixou.

- A qual é Bakugou, deixa ela - falou - SAI DA FRENTE MERDA - eu vou matar ela.

- Bakugou, respira, conta até dez, se você realmente tá tentando ser mais gentil, deixa ela quieta - ela continuava rindo.

Fiz o que ele disse.

- Pronto, tá vendo? É muito melhor resolver as coisas com calma - ele disse - Ora com calma, eu vou matar ela depois - falei.

- Não se estresse Katsuki, faz mal - ela disse ainda com aquele sorriso irritante - Você também gosta de enfrentar o perigo não é Sayuri? - ele disse a ela.

- Ele esbarrou em mim e nem pediu desculpa, estava só brincando com ele - ela respondeu - Tsc, tanto faz - falei e saí daquela conversa irritante.

....

Após a aula, voltei para o meu dormitório e fiquei até a noite fazendo merda nenhuma, era sexta, não estava afim de fazer nada. Levantei da cama depois de horas procrastinando e fui até a minha sacada, olhei para baixo e ela estava lá, treinando, que saco.

Mas por algum motivo, não consegui parar de olhar, o seu corpo se mexendo e o jeito que essa ruiva idiota parecia determinada era estranhamente...satisfatório. Acho que passei tempo demais a olhando, e se alguém visse isso pensaria que sou algum tipo de tarado. Voltei pra dentro e fui tomar banho e depois assistir alguma coisa ou sei lá.

Pov; autora

Depois do treino, Sayuri tomou um banho e deitou completamente cansada. Ainda pensava se iria ou não conversar com o Midoriya sobre aquilo, ela não sabe se é o certo, não sabe o que vai dar, mas ela só queria tirar esse "peso" das costas dela e soltar tudo de uma vez, mas sente medo.

Ouviu batidas na porta e se levantou, era o Denki.

- Oi Sayuri - a cumprimentou - Ah, oi - respondeu fingindo animação, ela estava morrendo de sono.

- Então...queria saber se você quer dar uma volta comigo, quer dizer, comigo e com o Kirishima, a gente vai dar uma voltar e pensei em te convidar - ela pensou que seria uma boa, mas estava cansada por causa do treino que fez - Seria ótimo Denki, mas eu estava treinando, estou cansada, mas quem sabe na próxima - respondeu sorrindo.

- Ah sim, tá bom, boa noite - falou e saiu.

Voltou a se deitar. Na cabeça dela realmente seria uma boa sair com eles, mas está cansada demais para isso, então pegou no sono rápido.

....

Enquanto isso, não muito longe dali...

- Então, já tem alguma informação sobre ele? - Naomi perguntou aos seus colegas - Nenhuma ainda, mas sinto que estamos perto - um deles respondeu.

- Ah sim, temos que achar logo antes que ele faça mais besteira - ela disse.

"Eu não vou parar, até me vingar pelo que você fez no passado."