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Tori Costello

Dois meses depois

Senti minha coxa ser acariciada enquanto eu tinha a minha atenção no jogo de vôlei que passava na televisão da clínica.

Sebastian tinha o seu baço direito encostado na cadeira em que eu estava sentada e ele alisava meu cabelo enquanto sua outra mão tinha a atenção em seu celular.

CALMAAAAA AII. Vocês achavam mesmo que eu estava grávida? Que decepção em? Logo eu?

Depois de ter voltado para minha turnê, eu fui para Nova York e finalmente tinha encontrado Sebastian, conversamos... transamos...

OLHA O SURTO DE VOCÊS CARA

Eu também surtei, devo admitir. Não assumimos nada, mas a mídia já vem especulando. E mais uma vez, eu era o assunto do momento, só que pela primeira vez, a razão era de um namoro. Nem preciso dizer que todos os meus fãs surtaram por eu estar finalmente saindo com alguém, depois de todos os meus anos de carreira.

Sebastian era um cara legal, era uma pessoa de verdade. Ele me ensinou finalmente á amar, eu estava feliz pra um cacete. Nunca tinha sentindo isso, nunca soube o que era namorar de verdade, eu sou nova nisso então ele tem ido com calma. Porra, eu estava apaixonada. Ultimamente eu nem tenho fumado, minhas músicas estavam saindo incríveis.

Caralho, eu nunca pensei que iria dizer isso. Mas eu acho que o amo, o amo mesmo.

Eu nunca disse isso pra ele, claro. Apesar de tudo, eu ainda tenho um certo bloqueio emocional. Mas depois daquilo que aconteceu no Brasil? Cara, aquilo foi libertador, mamãe ficou feliz por isso. Minha família está feliz por isso, minhas amigas estão felizes por isso, meus fãs estão felizes, Trevor, minha equipe. Todos. Eu nunca me senti mais feliz.

Eu estava na clínica por causa da minha irmã, viemos pegar o resultado dos exames e ela estava conversando com o médico na sala. Ela vem tendo enjoo nos últimos dois meses, só que muito mesmo. Decidi trazer ela com medo de algo. E Sebastian veio me acompanhar.

— Amor, quer comer algo? — Me chamou

Porra, amor caceta. Chega da um negócio aqui... QUE PUTA QUE PARIU. Sou uma mal amada mesmo

— Quero não — Falei concentrada na televisão

Quer dizer, fingindo. Porque quando ele me chamou daquele jeito... aí, papai, me apaixonei

Vi de soslaio que ele colocou seu celular em sua jaqueta e me puxou me deixando encostada nele. O mesmo puxou meu rosto e começou a beijar minha bochecha demoradamente várias vezes. Meu coração se derreteu todinho ali

— Tá nervosa? — Perguntou baixo ainda beijando minha bochecha

— Não, acho que talvez ela só esteja com alguma gripe. Fico preocupada porque ela sempre teve problema respiratório, mas como não é o caso... — Dei de ombros o vendo beijar meu pescoço — Assim eu não vou me concentrar no jogo — Cantarolei

— Desculpa — O vi corar se soltando de mim

— Não precisa ter vergonha, eu gosto — Sorri de lado o vendo ficar mais vermelho ainda

Ser quem eu souOnde histórias criam vida. Descubra agora