🌔O círculo de 12 luas🐺

15 4 27
                                    

«———S.R———»

Dylan acariciava calmamente um cachorro que havia chegado ali com uma mulher desesperada por ter batido nele.

A porta foi aberta rápido demais causando uma barulheira. Ele suspirou fechando os olhos.

— Eu já disse que sou só um veterinário!

— Acho que se você conseguir tratar lobos, já serve. — Jéwe falou enquanto se mantinha firme de um lado de Nian.

Ele se virou olhando os três garotos a frente junto a Becca que abraçava um livro. Ele fez uma careta e saiu do balcão abrindo uma porta escondida por uma estante.

— Tragam ele pra cá.

Os dois arrastaram Nian pela porta a frente. Uma escadaria não muito longa levava a um outro cômodo.

— Deitem ele na mesa. — falou indo até um armário ao canto no fim da escadaria. Os dois colocaram Nian em cima da mesa e o seguraram antes que ele caísse enquanto vomitava. Dylan se aproximou com uma bandeja na mão e a colocou perto da mesa.

— O que vai fazer com isso? — Nian perguntou olhando espantado a pinça enorme e pontuda que ele havia pegado.

— Remover a bala. — respondeu segurando o ombro ferido. — Vocês dois, segurem bem ele. — Jéwe se apoiou em suas pernas enquanto Bryant foi em direção aos ombros. Dylan aproximou a lâmpada da mesa e levou a pinça até seu ombro, esticando a pele para que pudesse ver melhor a ferida. Nian se mexeu com a dor. — Segurem ele!

— É fácil falar né?! — Jéwe devolveu irritado. Becca deixou o livro no canto e segurou uma das pernas enquanto Jéwe ficou com a outra, Bryant inclinou a cabeça então empurrou os ombros dele de volta pra mesa.

Dylan se aproximou e levou novamente a pinça até a ferida a enfiando enquanto tentava agarras a bala. Nian se debateu e Bryant o empurrou de novo contra a mesa. Dylan conseguiu pegar a bala e começou a puxa-la lentamente para não acabar soltando da pinça. Nian se contorceu de novo, praticamente rosnando, ergueu as costas trincando os dentes. Dylan puxou a bala e ele soltou o corpo de vez. Ele largou a bala em uma vasilha e pegou uma mistura de ervas passando pela ferida dele, que se contorceu de novo, era como se a ferida estivesse pegando fogo.

— Ele vai ficar bem. — Dylan falou limpando suas mãos em uma toalha pequena. Depois voltou a olhar o corpo dele, as marcas de arranhões, os cortes e os nomes e feridas nos braços. — Meu Deus... Temos que dar um jeito nisso. — falou fazendo uma careta.

— Tem alguma ideia do que possa ajudar? — Becca perguntou.

— Não muito, mas me parece que ele está sendo controlado por magia negra.

— Q-que? Como é que é?! — Jéwe falou se exaltando. — Agora me vem com essa?! Magia negra!?

— O que trouxe com você? — perguntou se virando para Becca.

— Um grimório que Nian me mostrou, Keron disse pra trazê-lo para o senhor junto com Nian. — falou apontando o garoto na mesa agora mais calmo.

— Me deixe ver. — ela entregou o livro pra ele que o abriu e folheou algumas páginas.

— Consegue entender?

Sangue & Raças (Livro I)Onde histórias criam vida. Descubra agora