A delegacia nunca pareceu tão lotada quanto aquela noite, vozes altas, choros, gritos e um monte de pessoas passavam pelos corredores e portas enquanto Jéwe tentava em vão controlar a garota que o agarrara totalmente desesperada por ter descoberto o corpo de Warley.
Um assassinato tão brutal e exposto de modo insano, deixou todos em choque, e agora jornalistas se espremiam do lado de fora.
Jéwe ainda abraçava Ellye e a deixava chorar em seu ombro arruinando sua camisa. Mas ele não conseguia pensar em mais nada além do que seus únicos amigos poderia ser os próximos, não queria sequer imaginar aquilo.
— É Ellye não é? — o xerife perguntou se aproximando.
— Sim — respondeu fungando ao se afastar de Jéwe.
— Poderia me dizer exatamente como encontrou o corpo?
— Eu estava voltando pra casa — ela disse fungando. — Warley era meu amigo, e quando eu estava andando ali — ela passou a mão pelos olhos e puxou o ar com força. — foi como se tivesse um cheiro estranho e eu segui aquilo, foi então que vi ele... — Ellye voltou a chorar descontroladamente.
— Posso levar ela pra casa? — Jéwe perguntou.
— Por favor. — respondeu se levantando e voltando a sua sala.
— Vamos? — ela confirmou com a cabeça e saiu com ele enquanto os policiais tentavam afastar os jornalistas.
— Jéwe? — Cowen gritou descendo as escadas. Pegou a mochila jogada ao pé da escadaria e fez uma careta. — Jéwe! — passou pela sala. — Jéweeeee!
Nada.
Olhou por todos os lados e então levou a mão atrás do sofá e o puxou pela gola da camisa.
Ele suspirou e revirou os olhos.
— E aí Cowen? Como é que tá o humor hein?
Ele o olhou com cara de quem pergunta: “O que você acha?” Jéwe mordeu os lábios e soltou os ombros.
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Sangue & Raças (Livro I)
Paranormal🏹Volume 1 da série Sangue Puro🏹 Ter uma vida normal nem sempre foi a prioridade para os gêmeos Becca e Bryant Deysen Cowen. Com o incêndio que destruí sua casa quando tinham apenas 14 anos, os dois são obrigados a irem morar com a tia, Lauren Deys...