00: Prólogo

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Ordem da Fênix, 1996

Isso, Ginny Weasley pensou mal-humorada consigo mesma, não é o que eu tinha em mente esta noite.

Havia uma festa prestes a começar na sala comunal da Grifinória. Afinal, era o fim do semestre e os exames haviam terminado; os quintos anos foram particularmente entusiasmados porque agora terminavam com os temidos NOMs. Comida estava sendo encontrada, bebidas estavam sendo compradas, o fogo estava sendo aceso e alguém estava ligando As Weird Sisters na rede sem fio bruxa. Pelo menos, isso é o que Ginny presumiu que estava acontecendo. Ela teria que adivinhar, já que ela não estava nem perto da sala comunal da Grifinória no momento.

Em vez disso, ela estava com seu irmão Ron e seus amigos Neville e Luna, sendo mantida em cativeiro por vários sonserinos grandes e hostis, todos membros do Esquadrão Inquisitorial reunidos pela nova diretora de Hogwarts (diretora!) Dolores Umbridge. A própria Umbridge não estava à vista, o que não era surpreendente, já que ela havia acabado de deixar seu escritório segurando os outros amigos de Ginny, Harry e Hermione, na ponta da varinha.

Tudo isso levou de volta ao que Ginny se viu fazendo esta noite, que decididamente não estava curtindo uma festa. Não, ao invés disso ela se viu amordaçada e sendo contida por uma garota cujo nome ela não sabia, e ouvindo o menor e mais repulsivo sonserino na sala falar longamente sobre sua própria grandeza.

Draco Malfoy estava sentado na mesa de Umbridge; pés apoiados na mesa, um sorriso de auto-satisfação no rosto. Passaram-se cinco minutos inteiros, Ginny notou, desde que Harry e Hermione saíram com Umbridge, e por não menos que quatro minutos e cinquenta e cinco segundos ela, Ron, Neville e Luna, cada um amordaçado e contido por um sonserino, e em menor número no total de quatro para seis, estavam presos ouvindo a tagarelice interminável de Draco Malfoy.

─ É claro que eu sabia exatamente quem era quando ouvi o alarme ─ disse Malfoy. ─ Imagine. Invadir o escritório da diretora para enviar uma mensagem de Flu. Só que o idiota do Potter seria tão estúpido em pensar que poderia desafiar o Esquadrão Inquisitorial e escapar impune, sem mencionar um Oficial do Ministério totalmente qualificado como a Professora Umbridge.

Ginny ficou furiosa. Esses, claramente, não eram os resultados que eles esperavam quando traçaram o plano de levar Harry furtivamente ao escritório de Umbridge para que ele pudesse usar sua lareira para procurar seu padrinho, Sirius Black, no Largo Grimmauld, 12. Agora, não apenas Sirius estava possivelmente em perigo terrível, mas todos eles estavam olhando para o rosto desses idiotas, e Harry e Hermione estavam marchando para Merlin sabe-se lá onde com a varinha de Umbridge nas costas.

Enquanto Malfoy falava monótonamente, um movimento para fora da janela chamou a atenção de Ginny. Ela arriscou um olhar e pôde ver Hermione marchando diretamente pelo terreno, com Harry beliscando seus calcanhares e as perninhas atarracadas de Umbridge correndo para acompanhá-la. Para onde eles estavam indo? A cabana de Hagrid? Não, eles passaram direto por ele. Então isso deve significar...

Os olhos de Ginny se voltaram para Ron para ver se ele tinha visto também, e seu olhar lhe disse que ele havia descoberto a mesma coisa que Ginny: Hermione estava conduzindo Umbridge direto para a Floresta Proibida.

Essa troca silenciosa passou completamente despercebida pelos sonserinos. A boca de Malfoy parecia estar girando em um loop, e seus companheiros estavam neste ponto todos carregando as mesmas expressões vidradas e vazias em seus olhos. Enquanto Ginny contava, esta era a terceira vez que ele passava por essa parte específica de seu falatório sem fim. Ela lutou contra o aperto da garota que a segurava, cujo nome ela pensou ser algo como "Beth" ou "Blart" ou "Belch", mas sabendo que sua luta seria infrutífera, ela rapidamente parou e relutantemente voltou sua atenção para Malfoy.

𝙂𝙞𝙣𝙣𝙮 𝙒𝙚𝙖𝙨𝙡𝙚𝙮 𝙖𝙣𝙙 𝙩𝙝𝙚 𝙃𝙖𝙡𝙛-𝘽𝙡𝙤𝙤𝙙 𝙋𝙧𝙞𝙣𝙘𝙚Onde histórias criam vida. Descubra agora