P.O.V (Ariana / You {trans})

Capítulo 18

Ariana Grande's Point Of View.

— Dalton? Fale logo! — Ordenei possessa com ele.

Observei ele respirar fundo e depois de alguns minutos de silêncio ele finalmente decidiu falar.

— Tudo começou quando nos conhecemos naquela festa na casa da Miley. Você deve se lembrar.

— Sim! Me lembro da Miley me empurrando você! Mas onde aquela festa tem a ver com você ter dito que meu pai deu dinheiro para você? — Indaguei cruzando os braços.

— Miley me falou muito sobre você e eu me interessei. Na manhã seguinte por ironia do destino seu pai apareceu onde eu trabalho a procura de um novo casarão e tive a sorte de vender uma unidade a ele. Enquanto conversávamos ele me disse do qual orgulhoso era por ter uma filha como você.

— Engraçado como ele foi capaz de dizer  isso! Talvez seja porque agora sou uma mulher muito famosa e meu nome está em todos os lugares, já que quando tinha nove anos ele me deixou, talvez naquele tempo ele não tivesse orgulho de mim! Mas não vou me irritar com o meu pai, já passei dessa fase, cresci com o drama que ele me deixou! Agora apenas continue Dalton.

— Bom, ele começou a me fazer algumas perguntas pessoais e não demorou para que ele me falasse o quanto estava preocupado com você por conta do Pete Davidson e do quanto a morte do Mac Miller a abalou. Depois eu vendi aquela casa para você, onde você fez aquele clipe e ficamos ainda mais próximos. Seu pai ficou sabendo e logo me ofereceu uma boa quantia para que eu fosse o seu namorado.

— Quer dizer que você não ficou comigo por me amar e sim pelo dinheiro que meu pai pagou? Quanto ele te ofereceu Dalton? Por quanto você se vendeu?

— Não posso dizer que me vendi Ariana. Ele me ofereceu quinhentos mil dólares para ser seu namorado e te fazer muito feliz. Mas se te alivia, eu já estava interessado em você então ajuntei apenas o útil com o agradável. Você sabe o quanto gosto de dinheiro, sou como você! Seus pais são milionários, donos de empresas e você teria dinheiro até o dia de sua morte, mas você prefere ficar assim, cantando e dormindo em hotéis, viajando ao redor do mundo por mais alguns trocados. Não somos diferentes! — Revelou Dalton me fazendo segurar todas as lágrimas possíveis.

— Então você não me ama. Melhor acabarmos com isso! — Comentei secando as lágrimas teimosas.

Eu não queria chorar por ele ou pela situação, mas parecia que eu estava condenada a nunca ser feliz no amor. Naquele momento eu não saberia dizer quem havia sido pior, Pete ou Dalton. Pete queria a fama que era estar ao meu lado, já Dalton o dinheiro da minha família, não conseguia distinguir quem era o mais cretino.

— Sei que é complicado e confuso ouvir o que te disse, mas Ari... Eu não posso terminar com isso. Seu pai deixou bem claro que se eu me divorciasse de você, ele romperia o meu contrato de exclusividade para as locações em nome da empresa em que trabalho. Sinto muito, mas precisamos ficar casados pelo menos por um ano. Estava no papel que você assinou. Acho que estava tão empolgada no dia do nosso acordo pré nupcial que sequer leu. — Falou Dalton se levantando de onde estava sentado.

Naquele momento foi impossível não acertar o rosto dele com um tapa estalado. Qual era o problema dele?

-— Tudo bem! Eu mereci isso! Mas você também mereceu, pois se casou comigo apenas para cumprir aquela promessa idiota que fez na sua música Thank u, next! De que o próximo você faria durar! — Provocou Dalton levando outro tapa forte em seu rosto.

— Me odeie agora, mas pelo menos sabe a verdade! Não fui o único culpado! Talvez devesse falar com seu pai! — Sugeriu Dalton se aproximando de mim.

— Não me toca! Não se aproxima de mim! Você foi o pior! E eu achei que você havia sido o melhor! Até o Pete teria tido mais compaixão por mim! — Exclamei me afastando dele.

— Para onde vai?

— Para qualquer lugar bem longe de você! Aliás... Toma essa merda! Na época achei lindo o gesto de ter usado uma diamante que lembrava o anel que minha avó fez com uma das pérolas do prendedor de gravata do meu avô! Mas agora que sei que meu pai estava envolvido, já nem acho mais tão perfeito e lindo assim! Só me responda.. Minha mãe e o Frankie sabem disso? — Indaguei jogando a aliança nele.

— Foi algo que apenas seus pais sabiam. No jantar de noivado, fingi que não os conhecia. Eu sinto muito Ariana, mas você é uma mulher de estatura pequena e que não tem um corpo estrutural, sem maquiagem você não é bonita, um homem se interessaria por você apenas por duas coisas, seu dinheiro ou sua fama. Pergunte a todos os seus ex. Com exceção daquele rapper branco, acho que era Mac Miller, todos os outros queriam seu status e dinheiro. Sinto muito em ser sincero, mas você nunca irá saber o que é o amor de verdade! Esse é o preço por ser famosa, você nunca irá saber se as pessoas estão sendo verdadeiras com você! — Comentou Dalton.

Sai daquele quarto com um misto de sentimentos. Ele estava certo? Nunca ninguém iria me amar de verdade? Eu não conseguia parar de chorar, cada palavra dele parecia como cortes de uma faca afiada. Talvez eu devia ter deixado as coisas quietas, saber de toda aquela verdade apenas me machucou muito mais do que poderia imaginar. Enquanto andava pelos corredores vendo tudo embaçado graças às lágrimas acabei me batendo em alguém e foi apenas quando ouvi aquela voz e senti aquele perfume que o abracei com força não me importando se algum fotógrafo iria ver.

— O que foi? Porque está chorando? — Indagou S/N me abraçando com a mesma intensidade.

— Minha vida é uma droga! Acha mesmo que ninguém poderá me amar pelo que sou? — Questionei para ele.

— Eu não entendo! Vamos fazer assim... Vamos para o meu quarto e conversamos mais reservadamente. — Sugeriu S/N.

— Eu não quero transar com ninguém! — Reclamei batendo em seu peitoral da forma mais histérica possível.

— Hey! Pare! Parece uma garota mimada! Em momento algum falei que iria transar com você! Te convidei para ir ao meu quarto para conversarmos de forma mais reservada! Se todos que você se relacionou só te levavam para o quarto para transar, eu não sou eles! — Esbravejou S/N apertando meus pulsos, me impedindo de continuar o agredindo.

Eu queria descarregar toda a minha raiva pelo que tinha ouvido em alguém e mesmo sabendo que S/N não tinha um pingo de culpa, ele havia sido o primeiro a aparecer.

— Está tudo bem? — Indagou Scott nos encontrando no corredor.

— Vamos sair daqui! — Pedi em lágrimas.

Eu não precisava dizer nada para Scott, ele melhor do que ninguém me conhecia e não foi preciso mais do que alguns minutos para que ele me levasse para longe dali. S/N acabou nos acompanhando e naquele momento não sabia se ele estava ali apenas pelo sexo que eu proporcionava a ele ou porque de fato sentia algo por mim.