Larissa • Capítulo 30

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Larissa

- Eu já não te falei que não quero você com esses filhos da puta? - ele segurava meu cabelo com força.

- Eles apareceram do nada - segurei a mão dele pra vê se diminuía a força - eu estava comendo só.

- Você acha que eu não te conheço né? Me fazendo de otario - ele apertou mais me fazendo gemer de dor - eu te conheço garota.

Ele soltou meu cabelo me fazendo caro no chão, olhei na sua direção e vi o Lennon se agachando perto do meu corpo.

- Isso é pra você aprender a parar de ser puta - ele ergueu a mão batendo com toda força do meu rosto.

Despertei no susto sentindo minha cabeça doer, olhei pro lado e a cama estava vazia, olhei em volta e demorei alguns segundos pra lembrar aonde estava mas não demorou muito quando eu vi a quantidade de tênis no chão e a prancha de surf apoiada na parece.

Estou no quarto do Lennon.

Fiz uma nota mental de perguntar qual o problema dele em arrumar o quarto, isso tá parecendo um cenário de guerra, fui até o banheiro, lavei meu rosto e usei a escova que estava lacrada na gaveta, vestido o short que eu tinha usado ontem e continuei com a blusa dele.

Agora era o problema, saio e corro o risco de dar de cara com a família dele toda na casa ou tento fazer ele dar um sinal de vida? Como minha timidez é maior que tudo preferi a segunda opção.

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Frassetti

Eu: Cadê você?

Tô cheia de fome

Frassetti: Bom dia dragãozinho

Tô indo aí.

Não demorou dois minutos e ele abriu a porta do quarto sendo seguido por um cachorrinho.

- Caraca mane tu grudou em mim ein? - ele falou bolado com o pequeno que veio na minha direção e deitou no meu pé - Ei dormiu bem? - sentou do meu lado e beijou minha cabeça.

- Na medida do possível - sorri sem mostrar os dentes.

- Desculpa ter te deixado sozinha, eu tinha que ter ido lá pra fora com você...

- Para Lennon - interrompi ele - ninguém imaginou que ele estava lá, agora já passou e eu vou ficar bem.

- Ele falou alguma coisa com você? - assenti.

- As mesmas coisas horríveis de sempre - respirei fundo - meu ódio é que eu travei, eu consigo ouvir ele gritando comigo ainda- senti um nó na minha garganta e limpei a lágrima que caiu - ele sabe que eu travo quando gritam comigo, principalmente quando tô mal, que eu não consigo reagir e faz de propósito.

- Ei passou - ele me puxou pra um abraço - agora você está aqui comigo, ninguém vai gritar com você.

- Obrigada! - apertei mais o nosso abraço e ficando alguns minutos ali até alguém bater na porta - Tem gente em casa? - ele assentiu.

- Entra! - a mãe dele abriu a porta sorrindo.

- Bom dia Larissa, vim te chamar pra comer alguma coisa, você deve está com fome.

- Isso ela sempre está mãe - apertei o braço do Lennon e ele me olhou feio - menti?

- Para de implicar com ela filho - ela riu - vou esperar vocês na mesa - ela saiu fechando a porta.

Larissa • LennonOnde histórias criam vida. Descubra agora