Larissa • Lennon

Larissa • Capítulo 37

Demorei mais cheguei ❤️

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Lennon

Toquei a campainha do apto dele e minhas mãos soavam, ensaiei todos os pedidos possíveis mas nenhum saia bom o suficiente, meu coração parou de bater quando ela abriu a porta vestido um conjunto de short e blusa.

- Entra! - ela me deu espaço pra que entrasse - Quer alguma coisa? Uma água ou um suco?

- Vou aceitar a água - minha garganta estava realmente seca.

- Vai lá pro sofá que eu já levo!

Me sentei no sofá observando seu apartamento, não tinha mudado nada, continuava a mesma organização impecável.

- Aqui - ela em entregou a água e sentou na outra ponta do sofá de frente pra mim - bom, você queria falar comigo...

- Vim com tudo ensaiado mas não sei por onde começar - ri fraco e ela continuou me olhando - você sabe sobre o que eu quero falar, não preciso ficará rodeando.

- Sei e estou até hoje tentando entender o que aconteceu - seu olhar estava triste apesar dela continuar com a postura firme - porra Lennon, o que você me disse...

- Eu juro que não queria te machucar - interrompi ela que me observava - nunca passou pela minha cabeça um dia te tratar daquela forma mas toda aquela situação me pegou de surpresa, eu sei que é seu trabalho mas - respirei fundo porque já estava me atrapalhando com as palavras - não sei se você consegue me entender, tem coisas do sistema que não dá pra concordar - ela assentiu.

- Eu entendo perfeitamente, eu também não concordo - ela riu fraco - e em relação a isso você pode ficar tranquilo, você não é o primeiro que bate de frente comigo sobre essas questões, pode perguntar a os meninos, eles sabem bem. Só espero que você entenda que essas decisões não partem de mim e na grande maioria das vezes eu não tenho como interferir, infelizmente eu sou subordinada a alguém lá dentro - deu de ombros - eu cumpro ordens.

- O segundo ponto foi a forma que eu falei com você - ela abaixou a cabeça olhando pro chão - eu estou com vergonha até agora do que eu fiz, cara não sei te explicar o que aconteceu mas olha pra mim - pedi e ela olhou nos meus olhos - me perdoa por favor, você não merece que alguém fale daquela forma com você.

- O que mais me doeu é que você sabia de tudo - era nítido o quanto ela estava triste com aquilo - e a situação toda me lembrou a alguns anos atrás porque era daquele jeitinho ali, na frente dos amigos dele pra me fazer vergonha - ela respirou fundo controlando o choro - eu te conheço a pouco tempo mas sei que você não é assim, mas aquilo doeu e muito.

Ela abaixou a cabeça e fungou baixinho, me aproximei dela abraçando seu corpo, se antes eu me sentia um completo idiota, agora eu tinha certeza.

- Me perdoa por favor - sussurrei perto do seu ouvido - eu me afasto se você quiser mas eu só preciso que você me perdoe antes.

- Esse é o problema, eu não quero você longe - não consegui controla o sorriso e escutei ela rir fraco - eu estava sentindo um falta do cacete de você me mandando mensagem querendo saber se eu estava bem enquanto eu trabalhava.

- Pow nem fala, passei aqui em frente um dia desses e já ia entrar no estacionamento de boas - ela deu uma risadinha e encaixou a cabeça na curva do meu pescoço.

- Eu te perdoou - ela sussurrou - só me promete nunca mais agir assim, não vai ter outra chance e eu acabo com sua vida - ela levantou a cabeça me olhando séria.

- Se eu fizer isso pode arrancar meu pau e vender na internet - estendi o mindinho pra ela que riu.

- Cê sabe que eu arrumo um dinheiro bom se eu fizer isso né? - gargalhei e ela entrelaçou o mindinho no meu.

- Posso fazer uma coisa que eu tô doido pra fazer a um bom tempo? - intercalei meu olhar entre sua boca e seus olhos e ela sorriu assentindo.

Segurei seu queixo e rocei meus lábios nos dela fazendo ela gemer baixinho.

- Me beija logo por favor - a voz saiu como um gemido me deixando ainda mais louco.

Grudei nossas bocas e diferente do que eu pensei, o beijo não foi desesperado, era lento e carregando de saudade.

Não preciso negar pra ninguém, eu estava viciado nessa mulher igual um usuário é viciado em cocaína, ela subiu a mão pela minha nuca segurando meu cabelo e puxei ela pro meu colo.

Quando ar faltou desci o beijo pro seu pescoço e a única coisa que se ouvia dentro daquele apartamento era sua respiração descompensada.

- Lennon para - ela pediu baixinho - por favor para!

- Que foi? - olhei pra ela preocupado.

- Eu tô menstruada homem, não dá - abri um sorriso malicioso e ela gargalhou acariciando meu rosto - não amor, é porque me incomoda se não a gente estaria fazendo isso agora.

- Mas tem outras formas... - apertei sua bunda e ela riu mais entendendo.

- Entenda uma coisa meu garoto - segurou minhas bochechas prendendo meu olhar no dela - cu não se ganha, se conquista! - piscou pra mim e me deu um selinho saindo do meu colo.

...

Larissa

- Abre espaço na mesinha - me aproximei com a caixa de pizza e ele tirou alguns papéis dando espaço.

- Vocês estão trabalhando nisso a muito tempo? - ele perguntou servindo o refrigerante pra mim e me dando uma fatia de pizza.

- A bons meses - fechei os olhos sentindo o sabor da pizza e ele riu - tava cheia de fome.

- Tô me sentindo naquelas séries de FBI que os caras investigam Ganges - não aguentei e gargalhei - é sério.

Eu precisava trabalhar mas não queria mandar ele embora, então fiz ele prometer que não contaria pra ninguém o que estava vendo ali e ele ficou todo bobo e acabou soltando pra mim que sempre teve curiosidade sobre essa tal investigação mas nunca perguntou nada porque sabia que era sigiloso.

- A diferença é que isso aqui é vida real - levantei um bolo de papel que estava do meu lado - e o risco é grande?

- Sério? - ele me olhou assustando e eu concordei.

- Sim e por isso que eu vou falar de novo, não comenta nem em sonho sobre isso com ninguém, qualquer informação vazada são meses de trabalho jogados no lixo e eu perco a confiança do meu tio - ele concordou

- Pode deixar!

- Agora me deixa terminar isso aqui - entreguei minha fatia de pizza pra ele segurar e puxei meu notebook pro meu colo - você vai dormir aqui?

- Você quer que eu durma? - assenti e ele sorriu - Tem roupa minha aqui ainda?

- Tem, inclusive dormi com uma blusa sua ontem - ele colocou a mão no peito fingindo dor.

- Aí, acho que eu tô perdendo minha postura de bandido mal.

- Idiota - empurrei ele de leve rindo.