Semanas depois
Larissa
- A braba voltou pessoal! - Rodrigo gritou assim que eu passei pela porta e eu sorri fraco vendo todos ali.
Tinha uma faixa de boas vindas e uma mesa com bolo e algumas guloseimas, era estranho está de volta, principalmente depois de tudo o que aconteceu.
- Que saudade de você filha - Tio Will me abraçou fraco - não dá mais susto nenhum na gente por favor!
- Vou tentar - me soltei dele sorrindo - Ta vivo idiotinha? - perguntei olhando pro Neto.
- Não brinca com isso não palhaça - ele me abraçou sorrindo - não passo mais em frente aquela praça nem que me paguem - gargalhei.
Depois de tudo me contaram que o Neto travou quando me viu batelada no chão, na hora eu imagino o desespero mas agora eu só consigo rir imaginando a cara dele.
- Acabou o descanso querida, bora trabalhar! - Paty veio me entregando meu distintivo e minha arma.
Era a primeira vez que eu olhava para os dois depois do que aconteceu e isso só aumentou a certeza da minha decisão.
- Delegado Ramos eu preciso falar com você - ignorei a Paty que me olhou confusa e o Rogerio assentiu.
- Na minha sala Muniz.
Todo me olharam confusos mas logo voltaram a comer e eu fui pra sala dele que já sabia qual era a situação.
- Nem precisa falar, você não acha que é uma escolha precipitada? - ele perguntou sentando em sua cadeira.
- Eu não vou conseguir fazer isso mais, não dá - respirei fundo segurando o choro - eu tô me sentindo uma bomba que explode e acaba com tudo a sua volta.
- Mas sempre foi seu sonho...
- E eu não quero que se torne meu pesadelo - interrompi ele enquanto limpava a lágrima teimosa que caiu - eu quero deixar a corporação.
Ele respirou fundo e começou a andar de um lado pro outro enquanto pensava.
- E seu eu pedir um afastamento? Um ano, você descansa, pensa, vive um pouco a vida e se não for o que você quer mesmo você deixa a corporação.
- Rogério acabou de... - Nana foi entrando pela porta - Amiga! - ela veio até mim e me abraçou apertado - Que bom que você está de volta, chegou na hora certa!
- O que houve Gege?
- O mandado de prisão saiu - ela sorriu - é ele mesmo.
- Ele quem? - perguntei confusa.
- Conseguimos chegar na última pessoa que faltava, que é a mesma que mandou fazer isso contigo - não consegui conter meu sorriso - na verdade a Geovanna consegui.
- Eu prometi pra sua mãe - ela me abraçou - e você vai comigo! - olhei pro Rogério que concordou com ela.
- Vai e depois me dar a resposta! - Rogério empurrou minha arma e meu distintivo sobre a mesa.
...
Era estranho voltar naquela casa depois de anos, voltar no lugar onde eu tive os momentos mais infelizes da minha vida.
- Ta de boa? - Rodrigo perguntou e eu concordei - Se não conseguir a gente volta pra viatura.
- Não vou dar esse gostinho a ninguém - sorri fraco.
- Toma - Geovanna me entregou o mandado - faça as honras.
Peguei o papel olhando novamente aquele nome e senti um peso saindo dos meus ombros, respirei fundo e toquei a campainha, não demorou muito e a porta abriu.
- Lali? - Dona Lurdes me olhou surpresa - Desculpa mas o que a senhora faz aqui?
- Preciso falar com seu patrão - ela nos deu espaço e entramos na sala que continuava a mesma coisa.
- Com o Rg? - assim que ela perguntou escutei passos na escada.
- Quem tá aí Lurdez? - olhei pra escada e ele estava pálido, a menina loira atrás dele me olhou com deboche - Larissa? Que palhaçada é essa?
- Roger Martins Lira Campbell, você está sendo preso formação de quadrilha, estelionato, crime contra economia popular e tentativa de homicídio qualificado - terminei de lê o papel e dei um sorrisinho debochado mas na hora escutei um barulho de vidro se quebrando.
- O QUE? - olhei pra entrada da cozinha e vi a mãe dele - Larissa? O que é isso tudo?
- Dona Laura, seu filho está sendo preso por todas as acusações que foram lidas.
- Eu não fiz nada - ele começou a gritar enquanto o Rodrigo algemava ele.
- Roger, você tem o direito de permanecer calado e de um advogado, deseja defensoria pública? - ele negou - Então sua família pode entrar em contato com seu advogado.
- Você não pode fazer isso Larissa - a mãe dele segurou meu braço enquanto chorava - pensa no quanto você foi bem tratada dentro dessa casa - dei uma risada irônica.
- Enquanto eu fui humilhada você quis dizer? Enquanto você fazia vista grossa pra tudo. - fiz força soltando meu braço dela - Avisa ao seu marido que o filho dele o aguarda na delegacia.
Estava uma confusão só, a tão loira gritando pra soltarem o namorado dela, a Dona Laura chorando, Dona Lurdes em estado de choque e toda a vizinhança assistindo o show, vai achando que rico também não é fofoqueiro.
- O que você tá fazendo? - Roger rangeu assim que parei na porta da viatura.
- A sem potencial, que você só esculachou, humilhou está te levando pra conhecer o inferno - sorri irônica vendo os olhos dele arregalados - eu consegui Roger, eu disse que ia conseguir!
- FILHA DA PUTA! - ele gritou tentando se soltar.
- Quer pegar pena por desacato também? - perguntei séria e se olhar matasse eu estaria morta - podem levar! - bati a porta e o Tio Will arrancou com a viatura.
- Ta bem? - Rodrigo perguntou assim que entramos no carro e eu não consegui controlar as lágrimas.
- Tô leve! - sorri pra ele que sorriu de volta - Preciso fazer uma coisa.
Peguei meu celular e liguei pra quem realmente importava.
- Alô?
- Silvana?
- Oi Larissa - ela falou um pouco mais baixo.
- Só pra te avisar, acabei de prender quem fez aquilo com o Lennon - deixei meu choro sair com mais intensidade - ninguém nunca mais mexe com seu filho.
- Aí meu Deus - escutei ela fungar do outro lado - Lali você tá bem?
- Eu vou ficar!
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Eu estava ansiosa por essa capítulo 🤩
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Larissa • Lennon
Fiksi PenggemarMisteriosa ela vem De um jeito diferente Ela nem conhece o bonde Mas já quer ficar com a gente Ela rebolou, me olhou e tocou Na minha ferida Endereço da minha cama E uma passagem só de ida Ei, Larissa