𝐋𝐎𝐒𝐈𝐍𝐆 𝐆𝐀𝐌𝐄, baji keisuke

V

serio eu to apaixonada nessa fanart

𝐡𝐭𝐭𝐩𝐟𝐫𝐫𝐧𝐤 𝐧𝐨 𝐭𝐰𝐢𝐭𝐭𝐞𝐫

Baji entrava na biblioteca da escola, que era relativamente grande, e estava cheia. Nem ele sabia que tantas pessoas frequentavam aquele lugar, para ele, biblioteca era coisa de gente velha.

Cruzou os braços, esfregando as mãos no próprio para tentar conter o frio da biblioteca, parecia que o ar-condicionado estava em 0°. Ou talvez fosse o tecido da camiseta que era fino demais. Por sorte, ele tinha um casaco amarrado na cintura. Que tirou na mesma hora e vestiu.

- Que frio dos infernos. - sussurrou para si, olhando para todos os lados da biblioteca.

Enquanto ele andava pelo lugar pela sua procura, parou no meio da biblioteca se perguntando o porquê de estar indo atrás de você, não tinha motivos, poderia muito bem estar com os garotos ou as garotas que tanto almejam por ele, mas não. Ele preferiu ir até você.

Passando o olho pelo local, finalmente achou. Te encontrou em um lugar mais afastado, quase no fim da biblioteca, que estava quase vazio. Você estava em uma mesa de costas, com a cabeça deitada nela. Se aproximando mais, viu que você dormia suavemente, em cima de um mangá. Baji conhecia. AoHaraido. Ele já havia lido alguns volumes, mas ficou com preguiça de terminar. 

Dormia em cima das páginas do mangá, enquanto tinha ambos os fones no ouvido, um pouco altos, já que dava para escutar.

Ele puxou a cadeira que estava do seu lado, tentando não fazer barulho. Sentou-se na cadeira sem delongas. Ele batia levemente os dedos na mesa. Rolando os olhos pelo lugar, as estantes enormes que iam até o teto, com escadas que rolavam por elas. Até que finalmente os olhos pararam em você.

Colocou o cabelo atrás da orelha, revelando o resto do seu rosto, que antes, estava coberto pela mecha. Você sorria pequeno e ele sorriu bobo, mesmo sem perceber. 

Ele apoiou o cotovelo na mesa, e o queixo nas mãos. Te olhando com mais atenção, você usava as camisas sem manga, ou ele estava doente, ou você era imune ao frio. Passando levemente os dedos no seu braço descoberto, se arrepiou. 

Estava gelado, muito mesmo. Ele hesitou, mas tirou o casaco que havia colocado minutos antes, cobrindo suas costas. Fazendo o corpo dele arrepiar, pelo frio.

Ele mexia no celular, com a esperança de você despertar do sono, mas passou-se os minutos e o fim do intervalo, foi anunciado pelo sinal. Você dormia tão tranquilamente, ele não estava nem um pouco afim de te acordar.

A bibliotecária saiu, era o horário de descanso dela. Ele olhou para os lados vendo que não tinha mais ninguém. Então decidiu ficar ali até você acordar. Ninguém os veria, já que era um lugar afastado.

Mandou uma mensagem para Chifuyu. Dizendo o que realmente aconteceu, e disse que era falar o seguinte para o professor. - mensagem do Baji: "a [nome] ta doemte com dor de cabesa avisa pro professo que eu vo fica cuidamdo dela vise".

Chifuyu respondeu com um gif de um cara aleatório com a mão na testa, balançando a cabeça em negação.

Uma hora se passou, e você abria os olhos, se espreguiçando logo em seguida, quase derrubando o casaco de Baji. Olhou em volta dando de cara com Baji. Se assustou e arregalou os olhos.

- Caralho! Quanto tempo eu dormi? - você pegou o celular, vendo que já se passavam das 9:30. E a aula começou às 8:00.

- Hum, nem sei. Quando eu cheguei você tava morta, com a maior cara de cu. - ele riu. E você o fuzilou com os olhos. - Calma, calma. - Você revirou os olhos se levantando, e acabou puxando com tudo o fone da orelha de Baji. - Ai, cacete! - ele acariciou a própria orelha.

Você tirou seu fone, o enrolando e guardando- o no bolso e deu o primeiro passo para sair dali, mas Baji puxou seu pulso fazendo-te sentar novamente. Você o olhou, confusa.

- O que? - questionou.

Ele te explicou que vocês só voltariam na aula das 10:00, quando estivessem trocando o professor. 

- Por que não me acordou? 

- Não quis. - deu de ombros. Se você tivesse uma faca, com certeza a enfiaria no cu dele. Mas se conteve, e decidiu voltar a ler seu mangá. 

Baji "lia" um livro ao seu lado, e você se questionou, ele não tinha cara que nem lia uma mensagem de texto, imagine um livro. Você se aproximou de Baji, olhando para o livro.

- Você lê? - perguntou e ele negou.

- Tô só olhando as imagens. - folheou. - Vem ver comigo. - ele te olhou e sorriu, deixando as presinhas a mostra. Você deu de ombros e puxou sua cadeira para perto dele, ficando literalmente colada.

- Não sabia que tinha piercing na orelha. - você começou a mexer na joia. Eram dois furos, e ambos interligavam uma corrente, além de um brinco quadrado, preto, com um símbolo amarelo budista.

- Como? Nem tento esconder. - ele te olhou de canto.

- É que normalmente você tá de cabelo solto. - ele virou o rosto assim que você tirou as mãos da joias. Você recuou um pouco.

Perto demais.

- Fiquei com preguiça de pentear hoje. - você olhou incrédula - Para de me olhar assim, parece que eu matei sua mãe. - seu olhar sério, se tornou risadas, e Baji riu da sua risada. Ela era engraçada e única.

- Vira ai. - você começou a revirar sua bolsa.

- Pra que? - você tirou um pente da bolsa e levantou ele mostrando a Baji. - Misericórdia. 

Baji virou e você soltou a cabelo dele. Era bem cuidado, os cabelos negros do garoto eram lindos, a luz do sol que entrava no ambiente refletia no cabelo dele, enquanto você tirava os pequenos nós.

- Por que anda com um pente na bolsa? - ele levantou o celular fazendo uma careta, assim que você viu que o garoto iria tirar uma foto, cobriu o rosto com a mão, mas já era tarde demais.

Ele te mostrou a foto, as três, a que você sorria, outra que você arregalou os olhos quando viu o celular e a última que você cobriu o rosto. Você insistiu para o garoto apagar, mas foi em vão, o garoto bloqueou o celular.

Você terminou de pentear o cabelo do garoto e guardou o pente na bolsa.

- Ainda não respondeu minha pergunta. - ele folheou outra página.

Não queria responder. Dizia que andava por precaução, mas era mentira. Seu cabelo já havia sido motivo de piada. As mesma garotas que falavam do seu corpo, falavam do seu cabelo, do seu rosto, até já falaram da sua sobrancelha. 

Levava o pente para quando fosse ao banheiro, penteasse seu cabelo, mesmo estando tudo em ordem, havia virado uma "mania". E quando esquecia em casa, ficava agoniada e passava os dedos entre os fios para arruma-lo.

Respondeu a Baji o de sempre. "É por precaução." E sorriu pequeno. Ele deu de ombros.

Passaram os restos dos 20 minutos que faltava para o fim daquela aula, vendo as imagens do livro que Baji havia pegado. Ele xingava os quadros dos artistas dizendo que era esquisito e quem em sã consciência acharia aquilo bonito. Tirou um lápis do bolso com o objetivo de riscar, mas você deu um tapa na mão dele. Fazendo vocês dois rirem.

Você entrou na onda de Baji, começou a falar dos quadros e rir. Aquela risada que fazia Baji rir, já que sua tentativa de piada era falha. 

Ele nunca havia se divertido assim com uma garota antes. Ele era visto como uma figura sexual para maioria das garotas que conheceu, Você foi a única que não tratou assim.

Você fez o mínimo, mas para Baji, foi divertido até demais, passaria horas ouvindo sua risada, coisa que ele nunca quis com outra garota. 

Com você as coisas eram realmente divertidas. 

Você era diferente.