VII

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tw: menção a violência.

Baji pegou a chave da moto, saindo de casa, suas costas ardiam, seus braços doíam e o peso na consciência de sair de casa deixando sua Mãe sozinha só aumentava. Era melhor do que ela ver ele em tal estado.

Tanto seus braços como suas costas com marcas vermelhas, que provavelmente em algumas horas virariam hematomas roxos, a marca de cinto nas costas que doíam só de andar, um dos olhos que deveria estar eventualmente roxo.

A única coisa que ele pensava era o porquê daquilo estar acontecendo com ele e com Mika. A garota menor não merecia o Pai que tinha, não mesmo.

Antes de subir na moto, olhou o celular ligando para Chifuyu que não atendeu. Viu o Snapchat de Kazutora que estava em uma festa qualquer e provavelmente bêbado e não o atenderia, Mikey deveria estar dormindo assim como os outros, já que eram mais de uma da manhãe o visto por último dos garotos eram antes de meia noite. Ele não tinha onde ir. Até receber a sua mensagem.

Seus olhos se abriram levemente com as batidas e sua campainha tocando. Desceu as escadas ainda sonolenta e olhou no olho mágico, vendo a silhueta familiar. Era Keisuke.

Abriu a porta na mesma hora, vendo o garoto suado. Os cabelos dele grudados no rosto, com o nariz escorrendo sangue. Além de suas mãos estarem com hematomas vermelhos e pequenos cortes. Vendo o garoto naquele estado havia te deixado apavorada. Não tinha ideia do que dizer.

- Posso passar a noite aqui? - disse arrastado e você assentiu o colocando para dentro e trancando a porta.

- O quê aconteceu com você? - você disse indelicada.

- Briguei com um mendigo, nada demais. - ele riu descontraindo. Você encarou confusa, claramente era mentira.

Ele se sentou no sofá e você foi até a cozinha pegar o kit de primeiros socorros que ficavam em um dos armários. Em meio s procura, viu o relógio digital do micro-ondas marcar 2:34 a.m. Arregalou os olhos, depois daquilo, provavelmente passaria a noite em claro, se conhece bem o suficiente para isso.  Já havia visto uma cena quase igual aquela, a diferença que era Samu.

Se ajoelhou ficando na altura do joelho do garoto e começou a cuidar do ferimento das mãos dele. Assim que se aproximou, estranhou ver pequenos cacos de vidro entre os hematomas e pequenos cortes.

Subiu seu olhar até Baji, que parecia estar tão avoado com aquilo que nem ligava. Começou a cuidar das mãos do garoto, assim que acabou, colocou curativo. Limpou o sangue que escorria do nariz dele com algodão e o encarou.

- Não precisava fazer isso. - disse se levantando.

- É melhor você tomar um banho. Vou pegar uma toalha e uma calça para você. - você se levantou subindo as escadas. Da escada mesmo, jogou a toalha para o garoto e ele segurou.

Assim que entrou no seu quarto, começou a procurar uma calça para o garoto vestir. Tinha o costume de ter calças largas, então no máximo só ficaria curta. O garoto tinha quase 1,80, então claramente ficaria curta.

Você abriu a porta do banheiro, olhando para fora, jogando a calça em cima da pia, e fechando logo em seguia. Voltou para o quarto, se sentando na cama mexendo no celular esperando Baji voltar.

Viu a porta do quarto se abrir e ele entrar no cômodo.

- Tem algum travesseiro? Eu vou para o sofá, não se preocupe. - ele riu baixo e você apontou para o topo do seu armário.

O garoto estava sem camisa, percebeu na hora os hematomas no braço de Baji e as marcas nas costas do garoto. Arregalou os olhos se levantando na mesma hora indo até ele. Passou os dedos nas marcas e percebeu que tinha algo a mais ali.

𝐋𝐎𝐒𝐈𝐍𝐆 𝐆𝐀𝐌𝐄, baji keisukeOnde histórias criam vida. Descubra agora