inefabble

Capítulo 24

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2 semanas depois

P.O.V. Lilian

Duas semanas se passaram desde toda a confusão. Eu e o Júnior estávamos razoavelmente bem. Eu tava tentando fazer com que tudo parecesse normal, mas só de pensar que o filho da Isabella podia ser dele, eu já esfriava. Tava dando meu máximo, e sei que ele também, mas acho que o que tá nos unindo no momento é o baby.
O Júnior não desgruda da minha barriga, conversa todo dia com o neném... eu acho bonitinho, e às vezes me sinto meio culpada por ainda não estar nesse nível de intimidade com o bebê.
Hoje, finalmente, iríamos saber o resultado do DNA. O Júnior tinha ido pra Santos três dias atrás e fez o exame junto com a Isabella. O resultado sairia hoje por e-mail. Tava tentando não focar muito nisso e me preparar pra um positivo.

Confesso que me distrair não tava sendo tão difícil nesses últimos dias. Depois do dia em que descobri a gravidez, as meninas já me levaram no obstetra e rolou uma pilha de exames que, graças a Deus, só deram resultado bom.
A única surpresa é que eu já tô com três meses de gestação, quase indo pro quarto, e agora minha barriga tá começando a dar sinais de que tem um baby por aqui. É, eu também fiquei pasma!
Hoje era dia de ultrassom, e o Ney veio comigo e com as meninas. Ele tá tentando participar de tudo, sempre super empolgado, junto com elas. Eu e ele combinamos que deixaríamos as meninas organizarem o chá revelação, já que estavam tão animadas.

Chegamos cedo na clínica e, pouco tempo depois, fomos chamados. A galera toda queria vir, mas por conta da pandemia não dava pra lotar a sala.

— Bom dia, doutor Fábio! — falo animada, e as meninas e o Júnior cumprimentam ele em seguida.

— Vamos ver qual o sexo desse baby que tá se escondendo... ao menos já sabemos que ele ou ela é discreto! — brinca o doutor.

— Doutor, isso é questão de tempo. Quando ele resolver aparecer, quero ver todo mundo se segurar! — o Júnior fala e todo mundo ri.

— Bom, vamos ver. Hoje ele(a) deve mostrar o sexo. E aí, temos torcida?

— Meninaaa! — Belle fala empolgadíssima.

— Meninooo — Carol fala logo em seguida — eu tenho certeza que é menino.

— Ihh, temos disputa então! — doutor Fábio fala num tom brincalhão, e a gente dá risada. — E os papais? Já rola preferência?

— Eu não posso dizer que tenho, doutor Fábio... não me coloca nessa enrascada — o Júnior fala, rindo — mas tenho certeza que vem uma princesinha! — completa, todo bobo.

— E a mãe, o que acha? O que quer, Lilian?

— Quero que tenha muita saúde, e sobre o sexo, por mim tanto faz... mas acho que é menino.

— Estamos empatados então! Vamos ver logo, pra daqui a dois dias vocês tirarem essa dúvida de vez — ele diz enquanto me preparo — já sabe, né? Vai sentir um geladinho, mas sem dor.

— Tudo bem!

Correu tudo bem na ultra. As meninas pegaram o papel com o sexo do bebê e o Júnior já tava arrependido de ter aceitado o chá revelação. Tava implorando pras meninas contarem, mas não rolou. Eu tava rindo e zoando com eles, mas confesso que minha cabeça tava longe... só pensava no resultado do DNA.

Fomos pra casa. O Júnior foi jogar com os meninos e eu fiquei com as meninas na sala, junto com as crianças.

— Você não tá conseguindo disfarçar, amiga — a Carol falou, como se tivesse me dando uma notícia.