Capítulo 21

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@lilianpochettino: só existindo
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Dia seguinte...

P.O.V. Lilian

Acordo cedo com uma vontade de vomitar terrível. Desço pra tomar café e ver se melhora, mas não adianta muito. Minutos depois, coloco tudo pra fora. Subo, tomo um banho demorado enquanto a Karina prepara um chazinho pra mim. Ainda bem que hoje só tenho que ir pro CT algumas horas antes do jogo, porque tô me sentindo péssima.

Pego o celular e vejo uma mensagem do Ney, que ele mandou quase de madrugada, assim que foi treinar.

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jr❤️
– Boom dia, neguinha. Tô indo treinar, assim que terminar lá eu falo com você. Beijo, te amoo ❤️

– Bom dia, meu preto. Bom treino! Também amo você ❤️
WhatsApp off

Saio do celular assim que a Karina entra no quarto com o chá.

— Cházinho de gengibre. Já já você melhora — ela fala, me entregando a caneca.
— Obrigada, Ka. Você não existe — falo e dou um abraço nela.

Vou tomando o chá aos poucos e vou me sentindo melhor. Deito na cama e acabo pegando no sono. Acordo com a Karina me chamando.

— Lilian, você vai trabalhar? Desculpa te acordar, mas vi que tá perto do horário.
— Vou sim. Obrigada, Karina.
— Tá se sentindo melhor?
— Tô sim, Ka. Fica tranquila — falo, dando um beijo na bochecha dela.

Ela sai do quarto e eu me levanto, tomo um banho rápido, coloco uma roupa básica e um óculos de sol pra disfarçar a cara. Vou direto pro CT. Fotografo o jogo que, graças a Deus, foi tranquilo. O PSG venceu por 2x1.

Subo pra arquibancada e edito algumas fotos rapidinho pra postar. Depois, volto pro campo pra fazer umas fotos dos meninos pra se despedirem nas redes sociais do time. Assim que termino, passo tudo pro pessoal da publicidade e finalizo.

Começo a me sentir meio enjoada de novo e vou pro banco. Pouco tempo depois, o Ney aparece.

— Que foi, neguinha? Tá tudo bem? — ele levanta meu rosto e me dá um selinho.
— Tô só enjoada, mas já tomei um chazinho. Já já passa — falo, mostrando minha garrafinha.
— Vamos no hospital, aí eles veem o que é melhor pra isso.
— Aí, Júnior, sem exagero. É só uma vontade de vomitar. Acho que comi algo que me fez mal, só isso. Relaxa.
— Tá bom. Então vamos lá pra casa.
— Tá bom, pelo menos me distraio.

Espero ele resolver as coisas dele, me despeço da galera e vou com ele pra casa, que era bem perto do CT. Assim que a gente chega, damos de cara com o Jota.

— E aí, cunha! Menina, desde que chegamos em Paris mal nos vemos — Jota fala e me cumprimenta.
— Eu tava pensando isso hoje. Mas é que tá tudo muito corrido, e a gente parou as programações por causa da pandemia.
— Eu imagino, véi. Queria poder curtir mais com vocês, mas tô com muito trabalho no Brasil. Preciso ir hoje ainda — ele fala.
— Aí, cunhado, eu entendo. Imagino como é trabalhoso. Eu quase endoido com o time e olha que os meninos são de boa — dou risada.

— Deus me livre. Devem dar um trabalho triste — Jota fala rindo.
— Ei, não é pra tanto! Eu faço parte do time, esqueceram? — Júnior rebate, fazendo a gente rir mais ainda.

— Fala, cunha! Você por aqui? Já tava achando que tinha voltado pro Rio — Gil fala, rindo.
— Palhaço! Tô trabalhando muito. Tava falando isso agora com o Jota.
— Falando em trabalho... para de roubar o meu! — Gil brinca, me fazendo rir.
— Amigo, desculpa. Eu amo fotografar meu gato, mas não tenho tempo — nem paciência — pra virar fotógrafa oficial dele não — falo e os dois caem na risada com a cara emburrada do Júnior.

— Ah é, né? Eu sou um amorzinho! — ele tenta se defender, e a gente ri mais ainda.

Ficamos zoando o Júnior o resto da tarde. Depois, eu e ele subimos, ficamos assistindo TV até umas 20h. Mais tarde, descemos pra nos despedir do Jota. O Gil levou ele pro aeroporto e eu e o Júnior ficamos na sala conversando.

— E aí, amor? Decidiu se a gente vai pro Guarujá com a galera? — ele pergunta, fazendo carinho no meu cabelo.
— Júnior, eu não decido por você, ué — dou risada — Você quer ir?
— Quero, amor. Mas também quero ficar com você. Você vai?
— Bom... então vamos. Vai ser bem melhor do que ficar aqui parada.
— Sim, tem tudo pra ser ótimo.

Ele me abraça e a gente fica agarradinho na sala curtindo a companhia um do outro. Eu tava morrendo de saudades, mesmo a gente se vendo no clube todo dia. Mas não era a mesma coisa. Mal tínhamos tempo, então sempre que dava pra curtir o outro, a gente aproveitava.

Um tempo depois, o Gil chegou e fomos jantar.

P.O.V. Neymar

Esperamos o Gil e, assim que ele chegou, a gente foi jantar. Ele não largava o celular e a Lilian já começou a zoar, me fazendo rir como sempre.

— Ih, amor! O bobo da corte nem tá dando atenção. Fica aí de sorrisinho pra tela do celular — ela fala, fazendo uma voz engraçada.
— Ah, esse sorrisinho bobo tem nome e sobrenome: Lorena Castro — falo entrando na onda e começo a zoar o Gil.
— Muito engraçado, casal de bobinhos.
— Véio, tu era o desapegado do bonde. O que tá acontecendo, Gil Cebola?
— Ele acha que é exemplo pra me zoar, né, Lili? — falo, e dou risada junto com ela.
— É, amor. Realmente... você não pode zoar ninguém! — Lilian fala e começa a rir ainda mais.

Eu literalmente tava fascinado na Lilian. Ficava bobo com os detalhes, até com o fato dos meus amigos terem adorado ela.
Ela me fazia esquecer completamente de tudo, até sem perceber.

Continua...

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