Depois que retornaram de Maplewood Lodge, Heyoon e Sina passaram o resto do fim de semana mudando a maior parte das roupas e objetos preferidos dela para a casa de Heyoon à beira do lago. O processo foi prejudicado por sua primeira briga, quando ela insistiu em quartos separados.
— Que diabos, Si. – Os olhos castanhos de Heyoon pareciam confusos, e mesmo feridos, ela pensou. Mas é claro que a recusa dela em dividir a cama, depois da lua-de-mel, devia ter sido um soco no ego de Heyoon. — Achei que já tínhamos resolvido tudo isso.
— Por quê?... Só porque o grogue quente que você me preparou confundiu meus sentidos? Veja, Heyoon, não estou dizendo que... o que aconteceu entre nós não tenha sido maravilhoso, porque foi. É simplesmente porque, com tudo que ocorreu com tanta rapidez, eu... não tenho certeza dos meus sentimentos agora, é isso. Eu... preciso de um tempo, um espaço, para tentar organizar as coisas na minha cabeça. Nosso casamento era para ser um casamento de conveniência. Nossa suposta lua-de-mel mudou tudo de uma maneira que eu não esperava. Eu não planejava... me envolver com você, e não estou disposta a um... romance casual.
Nessas circunstâncias, o que fizemos foi descuidado e irresponsável.— Descuidado? Irresponsável? De que forma? – Ela ergueu uma sobrancelha, inquisitiva. — O que quer dizer com isso?
— Bem, nós não... – A voz dela foi sumindo, constrangida. Não estava acostumada a discutir detalhes íntimos. Mas Heyoon tinha que saber. Respirando fundo, ela se forçou a continuar: — Heyoon, você provavelmente presumiu... bem, que eu estava tomando pílula, algo assim. Mas não estou, e nós não... fizemos nada para evitar uma gravidez...
— Então o que você está tentando dizer é que pode estar grávida. E isso?
— Sim. – ela confirmou com a cabeça, mordendo o lábio inferior de. ansiedade ao pensar nisso. — Heyoon, assim que seus problemas com o SIN estiverem resolvidos, vamos nos divorciar. Você sabe disso. Eu sei disso. Então, uma criança seria uma complicação terrível, uma vítima inocente no meio de tudo isso. Não podemos assumir esse risco. Não seria justo para nenhuma de nós duas... e, principalmente, não seria justo para o bebê.
— Você tem razão, é claro. – ela disse, devagar, depois de uma longa pausa, um músculo pulsando em seu maxilar contraído. — Sinto muito, benzinho. Eu simplesmente não pensei.
— Por favor, Heyoon, nem imagine que estou pondo a culpa em você por isso, porque não estou. Tenho tanta culpa pelo que aconteceu quanto você. Afinal, você me deu uma chance de recuar, e eu não recuei. Mas estou recuando agora. Sinto muito, mas acho que é melhor se... se nós esquecermos o que aconteceu no Canadá.
— Se é isso o que você quer.
— Sim... é isso. – ela mentiu, virando-se de costas para que Heyoon não visse as lágrimas que lhe surgiam nos olhos.
Porque o que ela realmente queria era que o casamento delas se tornasse um casamento de verdade, cheio de amor e filhos e feriados em família. Ela esperava que ela a tomasse nos braços e dissesse que também queria aquilo. Mas Heyoon não disse. Em vez disso, ela falou, tranqüila:
— Está bem. Você é quem sabe. Eu entendo. - Então, subiu as escadas com a bagagem, virando-se para a direita no último degrau, para que ela visse que a levava para o quarto no lado do corredor oposto ao de seu próprio quarto.
O coração dela se contraiu ao perceber. Piscando para conter as lágrimas, ela quase subiu as escadas correndo atrás de Heyoon para dizer que havia mudado de idéia, que levasse a bagagem dela para o quarto dela. Mas, determinada, lutou contra esse impulso selvagem.
O sexo com Heyoon havia sido maravilhoso. Ela não havia mentido sobre isso. Mas era só o que havia sido, apenas sexo. Além do desejo e da gratidão, Heyoon não tinha sentimentos por ela, e se ela tinha, bem, então, devia lutar muito para mantê-los sob controle antes que acabasse se magoando, com o coração novamente partido.
Ainda assim, o fato de que não estaria mais dormindo com Heyoon, abraçada com ela durante a noite, deprimia Sina. Foi com um suspiro pesado que ela subiu devagar as escadas para continuar a arrumar suas roupas e objetos.
Do outro lado do corredor, em seu próprio quarto, Heyoon se enfiou desesperançada na cama. Com as mãos sob a cabeça, ela olhou para o teto, sem ver nada. O dia inteiro ela só havia pensado em fazer amor com Sina. Ela era sua esposa, ora bolas! Ela tinha todo o direito de dormir com ela! E, embora soubesse que suas razões para recusá-la eram válidas, ela não podia deixar de se perguntar se ela havia falado a verdade.
Que mulher solteira hoje em dia não usava algum método concepcional? Havia uma infinidade de métodos disponíveis. E se ela realmente não usava, por que diabos não mencionou o fato antes de deixá-la fazer amor com ela no chalé em Maplewood Lodge? Heyoon podia pensar que Sina havia mentido, que era o meio que encontrara de polidamente manter distância entre elas, que talvez ela apenas tivesse se divertido no chalé.
Quando voltaram para Mineápolis, talvez Sina tivesse começado a reconsiderar, a pensar que ela não era bom o suficiente para ela, ou mais provavelmente, para a família dela. Afinal, o que ela era, na verdade, senão uma esposa contratada? Comprada e pago pelos Deinert para que não fosse deportada antes que a fórmula secreta da juventude de Sophie pudesse vir à tona.
Que inferno! Se não fosse isso, Heyoon apostaria que Sina nunca teria concordado em se tornar sua esposa. Ela não teria se importado, se, como uma tola, não estivesse caído por sua mulher. Caído como uma tonelada de tijolos.
Sina era tudo que ela sempre havia desejado em uma mulher: bonita, inteligente, criativa e sofisticada, sem ser durona, o que caracterizava muitas mulheres bem-sucedidas. Em vez disso, ela tinha uma doçura e uma timidez que se tornavam um suave apelo feminino. Quanto mais perto ela estava dela, mais se dava conta disso. No fundo, ela era terrivelmente vulnerável.
Ela o havia deixado aproximar-se por um momento. Mas agora, como um caranguejo eremita, havia se retirado de volta para sua concha. Mas ela podia conquistá-la mais uma vez, pensou Heyoon, se agisse com cuidado e paciência. Porque de forma alguma ela perderia a esposa. Não importava o que ela acreditasse, mas o divórcio estava inteiramente fora de cogitação.
Se necessário, para segurá-la, ela estava disposta a ter problemas com o SIN por anos!
Irei posta mais um cpt depois, só pq meu sobrinho vai chegar amanhã....🥰🤩🤩🤩🤩😍😍😍😍😍
VOCÊ ESTÁ LENDO
Uma Esposa Contrada 「𝑺𝒊𝒚𝒐𝒐𝒏▪︎𝑯𝒆𝒚𝒏𝒂」(G!P)
FanfictionHeyoon Jeong é o tipo de Mulher que qualquer pessoa inteligente não quer por perto. Seus perturbadores olhos Castanhos desvendam qualquer segredo, por mais escondido que esteja. Mas, por força das circunstâncias, a esnobe Sina Deinert é obrigada a s...