Uma Esposa Contrada 「𝑺𝒊𝒚𝒐𝒐𝒏▪︎𝑯𝒆𝒚𝒏𝒂」(G!P)

|Capítulo 22|

O problema com o SIN foi exatamente a primeira coisa com que Heyoon se deparou na segunda-feira de manhã. Dois agentes de imigração a aguardavam em seu escritório anexo ao laboratório da Cosméticos Deinert. Acomodados em cadeiras em frente à sua mesa, eles mostraram suas carteiras de identificação em couro, assim que Heyoon entrou na sala.

— Dra.Jeong? Steven Spielberg, Serviço de Imigração e Naturalização. E este é Alex Mondon. Gostaríamos de falar com a senhora, se for possível.

— É claro, senhores. – disse Heyoon, apertando as mãos deles. — Sentem-se, por favor.

Eles voltaram para as cadeiras de onde haviam se levantado momentos antes. Steven, que era visivelmente o agente sênior, limpou a garganta. Em seguida, enfiou a mão no bolso de dentro do paletó, tirou um par de óculos e um envelope, do qual retirou uma carta. Com suas lentes bifocais, ele deu uma olhada no papel.

— Acredito que tenha recebido uma cópia desta carta do SIN há alguns dias, Dra. Jeong. Nela, a senhora foi instruída a comparecer a nosso escritório local para entregar seu cartão de permanência e dar prosseguimento aos procedimentos de deportação. Não recebeu?

— Sim, recebi.

— Então... posso lhe perguntar por que a senhora não seguiu nossas instruções?

— Porque eu estava me casando naquela época. – explicou Heyoon, afável, embora os olhos estivessem alertas e cautelosos. — De acordo com meu advogado, isto impede que os senhores me deportem, por mais que desejem.

— Não é assim, exatamente, Dra.Jeong, como tenho certeza de que seu advogado já deve ter-lhe informado. Veja bem, se o SIN tiver motivo para acreditar que a senhora se casou por conveniência, somente no papel, com o simples propósito de evitar sua deportação, podemos declarar o casamento inválido e expulsá-la dos Estados Unidos de qualquer modo.

— Sim, entendo. No entanto, o que os senhores devem entender é que minha esposa e eu vínhamos saindo há algum tempo e planejávamos nos casar ainda este ano, numa grande festa, com tudo, pela qual ansiávamos muito. Temo que a carta dos senhores foi uma grande decepção para ela, já que, por isso, fomos obrigadas a nos casar um pouco às pressas, no cartório.

— É mesmo? – O tom de Steven mostrava descrença. — Que história bonita, Dra. Jeong. Tenho certeza de que o senhor não terá objeção se a checarmos.

— De forma alguma. Na verdade, se os senhores quiserem, posso chamar minha esposa agora mesmo.

— Por favor.

Heyoon tirou o telefone do gancho e discou para o ramal de Sina.

— Querida? Sou eu. Está muito ocupada? É que dois agentes do SIN estão aqui no meu escritório e gostariam de falar com você. Ficarei muito feliz se você puder vir aqui agora. Ótimo. Nos vemos daqui a pouco. - Ela desligou e virou-se novamente para Steven e Alex. — Ela está descendo.

— Ótimo. Enquanto isso, espero que não se importe de responder algumas perguntas.

— De forma alguma.

— Ótimo. Tome notas, Alex – Steven comandou o parceiro.

— Bem, Dra.Jeong, como A senhora conheceu sua esposa?

— Em nosso trabalho aqui na Cosméticos Deinert Ela é diretora de marketing. Nós... literalmente esbarramos um dia no corredor quando estávamos indo para uma reunião. Eu fiquei atraída por ela. E tinha esperanças de que ela sentisse o mesmo por mim, então me ofereci para cozinhar o jantar para ela um dia.

— E ela aceitou seu convite?

— Aceitou. Eu a levei até minha casa, à beira do lago, e lhe preparei um pequeno jantar com salada, pão francês e estrogonofe de carne. Depois, tomamos uma taça de vinho e ouvimos música. Tchaikovsky, eu me lembro.

— E há quanto tempo aconteceu isso?

— Não sei ao certo. Foi há bastante tempo, alguns meses, pelo menos. – mentiu Heyoon.

— E vocês continuaram se encontrando com freqüência desde então?

— Isso mesmo.

— E quando ficaram noivas?

— Um pouco antes de receber sua carta, na verdade. Ah, você chegou, querida. – Levantando-se da cadeira, Heyoon saiu de trás da mesa para tomá-la nos braços e dar-lhe um beijo ligeiro na boca. — Estes são os senhores Spielberg  e Mondon, do SIN. Senhores, esta é minha esposa, Sina Jeong Deinert.

— Deinert! – exclamou Alex Mondon, virando-se para o chefe com os olhos arregalados, perguntando-se, de repente, se, afinal, não haviam cometido um erro.

— Sim, isso mesmo. – confirmou Sina, tranqüila, apertando a mão dos dois homens. — Sou a neta mais velha de Sophie Deinert e, com certeza Heyoon já lhes contou, diretora de marketing da Cosméticos Deinert.

Normalmente, ela não dava tanta informação assim espontaneamente. Naquelas circunstâncias, no entanto, achou prudente impressionar os agentes com sua família e riqueza. Casando-se com Heyoon para impedir sua deportação, ela havia, tecnicamente, violado a lei, e poderia, na melhor das hipóteses, ser multada.

— Sinto muito se interrompemos seus compromissos, senhora Jeong. No entanto, tenho certeza de que a senhora entende que precisamos fazer-lhe algumas perguntas. Sente-se, por favor. –  Steven apontou para as cadeiras.

— Sim, claro. – Sina aproximou-se e sentou-se o mais próximo possível de Heyoon, com o pulso disparado, embora elas tivessem já ensaiado essa cena várias vezes.

Ela desejou que o cabelo estivesse preso num coque, que tivesse os óculos para se esconder por trás deles, que estivesse vestida num terno Chanel feito sob medida em vez do conjunto Versace colorido que sua irmã a convencera de comprar uma vez e Heyoon insistira que ela vestisse hoje. Ela não tinha a mais vaga idéia de que estava tão bonita quanto Cindy Crawford num ótimo dia, ou mais ainda, e que, apesar de suas suspeitas, os agentes do SIN já achavam que, com aquele visual e o dinheiro que ela tinha, Heyoon seria louca se não se casasse com ela.

Gays, alguém aqui usa o "Rave" se quiserem é só chamar a Autora aqui pra assistir um filmezinho.😏😏😏

Até maiss

Bjjs no Bumbum😘💖