Game

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LAUREN POV

Antes que pudesse sentir Camila adormecer ao meu lado, a chamei, mesmo que baixo, mas chamando sua atenção.

— Camz? Não dorme ainda, vem...

Ela apoiou seu queixo em meus seios e me encarou com aqueles olhos que tanto tiravam, quanto me davam paz.

— Você ainda quer ir pra algum lugar? Tipo, serio? — Sua risadinha fez meu coração encher de uma forma absurda.

— Na verdade, eu ia te chamar pra dar um mergulho. Não só porque a água parece maravilhosa, mas porque você sabe que depois de... Bom... Ah, você sabe! — Camila riu ainda mais pelo jeito que eu agia e, com certeza, da forma como meu rosto ganhou uma coloração avermelhada.

Mesmo assim, ela se soltou do meu corpo e se colocando de pé e deixando à mostra seu corpo maravilhoso. Eu sempre admirei o corpo de Camila. Era uma obra dos deuses. A barriga chapada, as pernas torneadas, os seios de tamanho médio e bom... “Lá” também era lindo.

Provavelmente, eu estava fazendo uma cara de idiota, porque assim que subi meus olhos pra seu rosto, pude ver seu sorriso debochado.

— Terminou a análise?

— A anatomia feminina é mesmo algo fabuloso, não é? — Dei uma risada sem vergonha e aceitei a mão que ela me estendia, me levantando também.

Mas quando eu estava me levantando Camila afrouxou o aperto, me fazendo quase cair e gargalhando logo em seguida.

— Não acredi... — Não terminei minha frase e já vi Camila correndo pra longe. — Corre, corre muito, Cabello. — E dizendo isso, sai atrás dela.

Correr na areia não era uma sensação muito boa. Principalmente quando seu corpo não está na melhor das formas. Camila, que tinha a leveza de uma pena, já corria bem mais longe de mim, por isso me esforcei muito pra alcançá-la. Depois de minutos de perseguição, finalmente consegui alcançar Camila, a puxando pelo braço e fazendo-a se chocar com meu corpo e com isso nos derrubando na areia novamente e me deixando ficar por cima.

— Te peguei... — Falei em um sussurro perto de sua boca novamente. Eu apoiava o peso de meu corpo com o cotovelo, apesar de estar doendo um pouco por causa da areia, eu não me importava muito.

— É... Você me pegou direitinho... — Sua frase, também sussurrada, fez meu corpo todo arrepiar pela forma como havia um grande duplo sentido ali.

Os movimentos e a forma como as palavras saiam sua boca, que já tocava a minha, me fizeram perder o último pingo de sanidade, beijando seus lábios de forma carinhosa, mas intensa. Invadi sua boca com minha língua, sentindo as conhecidas malditas borboletas pela minha barriga.

Cessei o beijo com vários selinhos e dei a mão para que ela levantasse. Assim que ela o fez, a puxei comigo para o mar. A água não estava gelada, estava até um pouco quente, mas com certeza melhor que a areia fria que saímos.

Meus pés tocavam a ondas que se desfaziam na areia e eu pude sentir o quão gostoso o clima estava. Alguns segundos depois, senti uma mão se soltar da minha e um corpo se pendurar nas minhas costas.

— Vamos, me carregue. — Ela disse se balançando, num pedido mudo para que eu andasse logo.

— Abusada.

Corri com Camila para mais fundo no mar, onde pudéssemos mergulhar. Tapei o nariz com uma mão e emergi. Camila não aguentou muito e se soltou de mim na hora que mergulhamos. Na hora em que subi, não deu tempo de abrir os olhos, porque Camila usou sua mão para fazer uma pequena onda e jogando a água na minha cara. Senti o gosto horrível do sal e tentei cuspir todo o resquício dele que havia em minha boca. Por sorte, não entrou água nos meus olhos, senão Camila teria que me socorrer e eu não tenho ideia de como.

My fake girlfriendOnde histórias criam vida. Descubra agora