Punição

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— Então conseguiu alguma coisa? — me direciono ao informante sentado atrás de mim na cafeteria, estávamos de costas um para o outro tomando nossos cafés.

— Acho que vai se surpreender — observo o envelope amarelo que acaba de deslizar por debaixo do banco — Na realidade eu nem esperava vê-lo por aqui, não depois de tudo que aconteceu.

De modo proposital, deixo o livro que lia antes do informante chegar cair e me abaixo colocando a carta dentro do livro rapidamente, para que ninguém suspeite e os guardo em minha mochila.

— Trabalho com tantas pessoas assim, de modo direto ou indireto que não faço idéia quem seja — tomo um gole do meu café acabado com o mesmo — Era apenas isso, obrigada.

— Eu que agradeço.

— Agradeça ao Taiju por te recomendar, espero que o preço que paguei tenha válido à pena — me levanto saindo da cafeteria e seguindo para o ponto de encontro.

Já havia se passado uma semana desde que comecei a procurar pelo pedido de Mikey, e apenas quatro quando Taiju me indicou um informante seu, que saberia me dizer o que eu queria.

Mikey já estava me enchendo por ter dito que teria a resposta em 5 dias, mas na realidade agora tem 7, uma semana, e isso já estava me deixando irritada. Ele se comportava igual uma criança!

Paro a frente do colégio ao qual Baji havia me passado para encontra-lo, parecia que era o que ele estudava.

— CHIFUYU! — grito para o mesmo que me olha e se aproxima junto a um nerd de cabelos presos, óculos e todo engomado.

— Chegou na hora — o mesmo se dirige a mim e ignoro, achando estranho o fato dele ser direto comigo.

— Não achei que andasse com nerds — dou risada — Onde está o capitão? Não o vejo por perto.

—Estou aqui s/n — o engomado parecía agora irritado.

— Não.

— Sim.

— Nem fudendo — seguro o riso

— Além de idiota e cega?

— Mas que porra é essa? A vaca lambeu seu cabelo?  — explodo na risada junto a Chifuyu.

— Eu já falei isso pra ele mas ele não me escuta!

— Parece um virgem de vinte e seis anos — ele reclama.

— Faço isso para que minha mãe se orgulhe, não quero levar problemas a ela — ele tira os óculos, solta o cabelo que voa pelo vento e solta a gravata — Além do mais eu sou seu capitã s/n, e quero meu respeito.

Engulo a seco admirando o quão sexy ele ficou, seu sorriso arrogante aparece em seus lábios, ele solta os botões do seu uniforme escolar e puxa as mangas o deixando descolado.

Pois é, meu capitão...

— O que foi s/n? Ficou quieta — reviro meus olhos.

— Espero que saiba que, ser agente duplo não vai funcionar mais, a Nova Valhalla não vai te aceitar — ele me pergunta como eu sabia da história — Quando algum traidor é um infiltrado de outra gangue, não é difícil a revolta correr, ainda mais no submundo.

— Eu conheci ele assim, também não acreditei quem ele era, até lutar com ele — Chifuyu tenta descontrair.

— E quem diz que aquele Baji é esse briguento, temperamental e chato — um "eu ainda estou aqui, e ouvindo tudo" é rebatido por ele — Por isso mesmo estou falando. Achei que já tivesse terminado a escola.

A nova integranteOnde histórias criam vida. Descubra agora