Bruno Mossa de Rezende on
Haviam se passado 4 meses e aqui estava eu. Dentro da sala do centro cirúrgico esperando o nascimento de Alexandra, sim, eu seria pai de uma menininha. Gabriella me olhava enquanto esperávamos os dois cirurgiões retirarem a bebê. Logo ouvimos um chorinho estridente e eu vi a enfermeira ir de encontro ao médico que segurava a bebê. Ela fora enrolada em um lençol e quando foram colocá-la sobre o peito de Gabriella para que ela conhecesse a filha. Ela recusou fazendo com que todos na sala se entreolhassem e eu ficasse vermelho de vergonha.
- Não quero que encoste ela toda suja de sangue em mim. Vai estragar a minha maquiagem.
A enfermeira Lara, me olhou sem graça e disse:
- Quer pegar sua bebê, papai?
-Claro.~ ela estendeu a bebê que chorava à plenos pulmões para que eu à pegasse, assim eu fiz, aninhei ela em meus braços e ela parou me encarando~
Logo retiraram Alexandra de meus braços e à levaram para limpá-la, pesá-la e fazer todos os trâmites legais, eu os acompanhei enquanto os médicos terminavam de atender Gabriella.
No quarto...
- Olha quem chegou para mamar na mamãe.~ disse a enfermeira que se chamava Aurora~
Quando ela chegou perto da cama de Gabriella com Alexandra nos braços, minha noiva, surtou.
- Eu não vou amamentar ela. Isso vai danificar as minhas próteses de silicone e fazer com que meus seios fiquem caídos e flácidos.
Eu não acreditava na cena que estava presenciando. Perdi minha paciência.
- Ela está com fome, Gabriella e precisa mamar para ter anticorpos.
- O hospital tem um banco de leite materno, peça aos enfermeiros que peguem um frasco para alimentá-la. Eu não vou dar de mamar para ela e faz ela parar de chorar porque o choro dela está me dando dores de cabeça.
Sai com Alexandra no colo que chorava compulsivamente.
- Tudo bem mocinha. Vamos arrumar uma mamadeira para você.
Expliquei aos enfermeiros à situação e eles foram bastante compreensivos e me davam um copinho com leite materno para alimentar a pequena. Gabriella parecia nem ser a mãe de Alexandra, ela se recusava a pegar a bebê e à cada dia, eu começava à me questionar mais. Quando recebemos alta e fomos para casa, tudo piorou. Gabriella ignorava nossa filha, passava horas fora de casa sem dar satisfação para ninguém. Meu pai apenas observava tudo em silêncio mas sei que ele estava começando à se enfadar.
2 anos depois...
Gabriella e eu resolvemos nos casar quando Alexandra tivesse idade suficiente para levar as alianças. Estávamos no altar, o padre dizia palavras sobre o verdadeiro amor. Ah, se ele soubesse que eu só estava me casando por causa daquele pinguinho de gente. A cerimônia parecia não ter fim, Gabriella sorria abertamente, diferente de mim que me encontrava sério e concentrado.
- Se alguém tem algo contra esse casamento que fale agora ou cale-se para sempre.~ disse o padre~
-EU TENHO.~ um grito foi ouvido dentro da igreja, logo me virei para ver quem era, franzi o cenho, era um homem alto, moreno de cabelos negros e ele aparentava estar muito alcoolizado~ Você~ ele disse apontando com dedo em sinal de riste para Gabriella que o encarava com os olhos arregalados~ Ignorou minhas mensagens e ligações. Eu te avisei que se me afastasse da minha filha, todos iriam saber quem você realmente é~.
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Without Me- Bruno Rezende
RomanceMaria Heloísa:"não costumava estar errada sobre às pessoas mas esperava estar errada sobre você, Bruno. Nós nos beijamos, eu cai no seu feitiço, te coloquei em pedestal, te ergui tão alto que se tornou inalcançável. Quando eu estava à beira de um ab...