Porquê eu não tenho nada a perder...Já você!

508 40 27
                                    

Gabriella On

Eu me encontrava dentro do carro, observando aquelas pestinhas saindo agitadas em direção aos seus pais. Olhei para o revólver que estava em cima de minha bolsa no banco do carona. Bom, eu seria obrigada à tomar medidas drásticas caso meus planos saíssem do controle.

- É Maria Heloísa, seria muito melhor para todos nós se você não resolvesse voltar e revirar minha vida mas isso vai acabar, se eu não posso ter o que eu quero, você também não vai.~ eu disse enquanto olhava para o filho dela que conversava animadamente com uma mulher, talvez uma professora.~ Sua felicidade e a do Bruno tem minutos contados. Seria tão mais fácil se Oliver não tivesse abdicado, aquele sonso, me resolvo com ele mais tarde. Não posso deixar pontas soltas~ eu disse enquanto fechava a bolsa, coloquei ela sobre meu ombro e abri a porta do carro. Caminhei vagarosamente até a entrada da crechê e vi o pequeno Bruno. Credo, aquele pestinha era o clone de Bruno.~

- Bom dia.~  eu disse forçando um sorriso convincente para a mulher patética à minha frente~

- Bom dia. Precisa de algo? Na verdade, eu nunca vi você por aqui.~ ótimo, a irritante era mais observadora do quê imaginei~

- Na verdade, eu nunca vim aqui mesmo. Sou amiga da Maria Heloísa e ela me pediu para vir buscar o Gabriel já quê ficou presa em uma audiência, sabe como é né?!~ eu disse sustentando um sorriso~

- Estranho, ela não nos disse nada.~ a mulher me observava desconfiada. Será que eu teria que enfiar uma bala no meio de sua cabeça em plena calçada?~

- Então, foi de última hora. Um divórcio, horrível mas se quiser quê eu ligue para ela para confirmar, eu ligo.~ eu disse colocando minha mão direita dentro da minha bolsa~ Só que ela está no meio da audiência e isso pode fazê-la ficar um pouco irritada.~ joguei um verde e fiz ela titubear~

- Não. Tudo bem, pode levá-lo.~ ela disse sorridente~

- Ótimo. Vamos meu bem? Vamos passar um dia memorável juntos.~ eu disse estendendo à mão para que o garoto pegasse e ele me olhou desconfiado~

- Pode ir com ela amor, ela é amiga da sua mãe.~ a professora o encorajou e ele cedeu unindo nossas mãos. Estávamos perto do carro quando a irritante me chamou~ Moça, como você se chama mesmo?

- Gabriella.

- Ah sim, tudo bem então, tchau Gael, até amanhã.~ ela disse acenando para o menor e eu forcei um sorriso~

...

Eu dirigia calmamente e vez ou outra observava pelo retrovisor o garoto que estava sentado na cadeirinha de meu carro.

- Então... Que tal ligarmos para o papai?~ eu sugeri e ele abriu um sorriso em concordância~

Digitei o número de Bruno e ele atendeu no terceiro toque.

- Alô.

- Olá Bruninho~ respondo bem humorada~

- Quem está falando?

- Nossa, nem fazem tantos meses que nos separamos e você já esqueceu minha voz?~ eu finjo uma falsa tristeza~

- Gabriella? O que você quer? Como conseguiu meu número?~ ele pergunta já irritado~

- Sou eu mesmo. Quero conversar com você, estou com saudades.~ digo sorrindo e olhando para o pequeno que tinha os olhos brilhantes em minha direção~

- Eu sei de todo o seu plano sujo para separar eu e a Heloísa. Nada do quê você fizer irá nos separar novamente, eu à amo e ela me ama. Ela é a mulher da minha vida~ ele disse e eu podia apostar que o sorriso de convencimento estava estampado em seu rosto. Pena que ele morreria em segundos quando soubessem na companhia de quem eu estava~ Não tenho nada para conversar com você Gabriella. Passar bem.~ ele iria desligar mas eu o interrompo~

Without Me- Bruno RezendeOnde histórias criam vida. Descubra agora