Por Você

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Maria Heloísa On...

Depois do ocorrido em meu apartamento. Pensei que ficaria um clima estranho Bruno e eu mas estava enganada. Ele estava calmo, calmo demais para o meu gosto!

Tivemos um café da manhã gostoso, repleto de gargalhadas infantis porquê Bruno resolveu que iria fazer panquecas mas no processo de produção. Queimou a primeira, derramou massa no meu fogão, quando foi tentar limpar conseguiu colocar fogo em um dos meus panos de prato. Gabi e Alê riam do pai atrapalhado que tinham e eu não estava diferente.

- Desisto.~ disse Bruno fazendo um biquinho fofo e eu mordi~ Eu tento fazer algo e vocês só ficam rindo dos pequenos contratempos que acontecem.~ ele disse enquanto largava a frigideira e ia se sentar emburrado. Gabriel era igualzinho quando queria algo e eu pegava~

- Deixa que eu faço amor, eu não quero sofrer processo por deixar você danificar os apartamentos vizinhos.~ eu disse rindo e dando um beijinho tímido em sua bochecha~

- Me beija direito Maria Heloísa.~ ele disse e eu apontei com a cabeça para a duplinha que devorava pedaços de melão com banana~

- A gente não vai olhar mamãe. Né Gabi!~ disse Ale para o irmão enquanto ambos tampavam seus olhinhos com as mãos. Dei um selinho em Bruno mas logo, ele trasnformou meu selinho em beijo ardente. Eu arranhava sua nuca com as pontas de minhas unhas. Paramos por falta de ar. Eu cutuquei Bruno e nós olhamos para a duplinha que nos observava pelos vãos de seus dedos e quando se deram conta que foram descobertos, começaram à rir~

- Eu não posso com vocês 3 mesmo.~ eu disse indo em direção a tigela com massa da panqueca e provando~ A massa tá ótima Bruno, você só tem que cuidar com a temperatura da frigideira.~ eu disse enquanto ele me observava atento. Terminei de fazer todas as panquecas e me sentei à mesa. Coloquei geléia caseira de morango na panqueca de Alê e geléia de pêssego, também caseira na dê Gabriel~

- Isso tá muito bom.~ disso Bruno com a boca cheia de panqueca e eu o repreendi~

- Você quem fez a massa. Eu só cozinhei ela. Então, mérito seu.~ eu disse~

- Estou falando das geléias. Estão maravilhosas. Essas suas mãozinhas são maravilhosas.~ ele disse com duplo sentido e deu um beijo nas costas de minha mão direita. Fiquei ruborizada~ Um dia, ainda irei fazer um jantar para a gente. Vou aprender a mexer com um fogão!

- Vai sim, meu bem.~ eu disse~ Mas até esse dia chegar. Mantenha distância das minhas panelas e do meu fogão.~ eu disse rindo da sua cara de indignado~

Depois que finalizamos nosso café, às crianças foram para a sala assistir um desenho infantil que passava. Eu lavava a louça e Bruno secava. Tudo bem que ele mais me agarrava que fazia seu serviço.

- Bruno, você não cansa não?~ eu disse pela 5° vez enquanto batia nele com um dos panos de prato que estava em meu ombro~

- De foder você?! Nunca.~ ele sussurrou em meu ouvido, senti minhas pernas amolecerem enquanto ele beijava meu pescoço~

- Deixa de ser pervertido menino.~ eu disse com vergonha. Aposto que minhas bochechas estavam na tonalidade vermelha. Eu as sentia queimando~

- Pervertido? Eu? Quem que saiu do banho pelada e usou meu corpinho à noite toda?~ ele disse debochando da minha cara~ Quem me levou para o banheiro para foder? Hein Maria Heloísa~ ele sussurrava baixinho em meu ouvido por conta das crianças~

- Aquilo era o tesão falando mais alto.~ eu disse rindo e dando um selinho nele que voltou a me olhar de cima à baixo~ Bruno~ chamei sua atenção~ Se você secasse essa louça da mesma forma que você tá me secando, nós já teríamos terminado isso aqui.~ eu disse rindo e ele deu de língua~ Ah, então é assim? Espera aí~ eu disse jogando respingos de água nele que obviamente não deixou barato e me molhou toda. Depois de organizarmos toda a bagunça que causamos na cozinha, passamos correndo pelas crianças que estavam sentadas e fomos nos trocar no quarto. Já estávamos com roupas secas e limpas. Peguei nossas roupas molhadas e coloquei na secadora. Voltamos para a sala apostando corrida~

- Papai e mamãe parecem crianças.~ disse Gabriel rindo e Alê concordou, fazendo eu e Bruno rirmos. Nos sentamos no tapete. Na verdade, Bruno se sentou no tapete e se encostou no sofá, eu deitei minha cabeça em seu peito e entrelacei minhas pernas nas dele. Na posição que eu me encontrava conseguia ouvir o pulsar de seu coração. Estava ritmado, frenético. Olhei para cima e ele me olhava~

- É por você, cada batida dele é por você.~ ele disse me olhando nos olhos e eu me curvei para cima para beijar seus lábios~

Without Me- Bruno RezendeOnde histórias criam vida. Descubra agora