Capitulo 12- Foram Levados

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Obs: Esse capitulo está repleto de saltos temporais entre meses atenção na mudança de dialogo e na hora da leitura.

— Iuri? — Sussurrou Igor esfregando os olhos
Iuri não respondia só se levantava esfregava os olhos pra tirar as remelas e se levantava.
— Bom dia Igor. — Respondeu Iuri pegando o celular de Igor que havia algumas mensagem de sua mãe

— Igor sua mãe mandou varias mensagem hoje pra você, parece que.. — Antes de terminar a frase Iuri da uma pausa e leva sua mão a boca
— parece que oque Iuri? — Perguntou Igor se levantando indo em sua direção
Igor pegava o celular na mão e via as mensagem de sua mãe.
— Meu pai sofreu um acidente? — Perguntou Igor retoricamente com uma expressão de surpresa no rosto
— sinto muito Igor.. — Iuri abraça Igor 
— Se você me der licença Iuri eu vou no hospital, ver ele sabe. — Informou Igor

vestindo a calça e colocando o celular no bolso
— Qualquer coisa me avisa. — Disse Iuri colocando a mão no ombro de Igor
Igor sorri de lado e sai dali fechando a porta.
— Doutor eu já posso entrar pra vê-lo? — Perguntou a mãe de Iuri 
"Será que eu digo?" — Pensou o Doutor
— Bem pode sim senhora. 
A mãe de Iuri sorri e entra no quarto fechando a porta.
— Meu bem eu… 

Ao se virar de costas a mãe de Iuri vê os sinais vitais diminuindo e seu esposo deitado naquela cama de hospital naquele lugar frio.
— Não agora não! VOCÊ NÃO! — Gritou desesperadamente a mãe de Iuri correndo derrubando a bolsa no chão e indo ate seu marido, as lagrimas caiam de seus olhos que logo vermelho ficavam
— Você lutou tanto porque esta desistindo agora? Eu pensei que íamos sair dessa juntos.. por favor resista mais um pouco eu não quero te perder. 
Os sinais vitais iam cada vez mais diminuindo 
— FICA AQUI COMIGO PORFAVOR! Eu não quero te perder, eu preciso de você. — Gritava a mãe de Iuri desesperadamente
Der repente os olhos do pai de Iuri se abriam lentamente e sua boca parecia querer falar.
— Isso fala comigo por favor eu preciso de você. 
O pai de Iuri com as poucas forças que ainda lhe restavam colocou sua mão Em cima da dela e disse: 
— Viva por Nós dois. 
Os olhinhos fechavam a boca parava de mexer os sinais vitais apitavam indicando a morte.

— mãe? Ele Ta bem? — Igor se aproximou de sua mãe a abraçando
— Ele quer te ver filho.. — Respondeu friamente a mãe de Igor
Igor vai ate sala onde seu pai estava e entra fechando a porta.
— Igor você veio? — perguntou o pai de Igor
— Vim pai. Como o senhor está? 

Igor se sentou na mesma cadeira onde sua mãe passou a noite.
— Estou praticamente no fim da vida depois dessa, o médico não me deu muitos dias de vida parece que o acidente foi muito grave e eu não viverei por muito tempo. — Informou o pai de Igor enquanto as lagrimas caiam do rosto
— e porque me chamou aqui? — perguntou Igor que mesmo sem sentir afeto pelo pai ainda tinha algo que o fazia querer chorar ali dentro
— Quero te pedir desculpa por tudo que eu já te causei, a você e sua mãe. Eu queria ter sido diferente com vocês com todo mundo; eu errei muito e causei tristeza a muitas pessoas mas quero te dizer do fundo do meu coração que por incrível que pareça ainda existe dentro de mim, desculpa filho. 
Igor ficava sem acreditar em todas aquelas palavras as lágrimas caiam molhando seu rosto, o seu coração parecia que ia sair pela boca. Ele engole seco e se aproxima do mesmo.

— Eu te perdoo pai. — Disse Igor quase sem forças pra falar. 
— Era isso que eu precisava escutar.. — O pai De Igor respirou fundo deu um leve sorriso e nos braços do filho deu seu último suspiro.

— Filho… Eu preciso que seja forte nesse momento— Disse a mãe de Iuri soluçando de tanto chorar na ligação

— Oque aconteceu mãe? — Perguntou Iuri Confuso
— Seu pai filho.. foi morar no céu. — ao falar aquilo a mãe de iuri se sentava numa poltrona e levando uma toalhinha pequena ao rosto começa a chorar
Iuri ao ouvir a notícia foi como se uma parte dele tivesse ido embora, Iuri jogava o celular na cama sem nem pensar que ele poderia cair e quebrar em pedaços pega a chave de casa e corre pro hospital para encontrar sua mãe; enquanto corre para pegar o ônibus as lagrimas caiam de pingo em pingo no chão ele não conseguia se controlar. As pessoas no ônibus não paravam de fitar os olhos em Iuri pareciam preocupadas ate que finalmente ele chega na parada saindo dali o mais rápido que podia quase tropeçando numa pequena elevação.

A mãe de Igor entra na sala e encontra Igor chorando em cima do corpo já morto de seu pai. A mesma começa a chorar e abraça Igor que chorava em silêncio.

4 meses depois
— ESCUTEM TODOS ESTEJAMOS PREPARADOS PRA TUDO E QUALQUER COISA, ELES NÃO IRAM NOS RECEBER COM CHOCOLATE QUENTE E UMA COBERTA PRA NOS ESQUENTARMOS NO FRIO IRÃO RECEBER-NOS COM BALAS E GRANADAS DE FUMAÇA. PIMENTA EM NOSSOS OLHOS E COISAS PIORES! HOJE SAIREMOS DAQUI COM UMA SÓ CONVICÇÃO ESSE DIA FICARÁ MARCADO NOS LIVROS DE HISTORIA. — Gritou Katia para todos do esgoto que o escutavam

Gritos e assobios podiam ser ouvidos por todos.
— Todo já sabem oque fazer se virem algo acontecendo a um de nós avisem o mais rápido possível, lembrando seremos pacíficos caso algo saía do plano fujam de volta pra cá e se não puderem matem. — Kátia informou a todos e pegou as bandeiras com o símbolo do protesto que exibia uma mão em que asas de borboleta estavam detrás.

Todos saíram do bueiro em plena luz do dia, se organizaram e foram ate o foco que seria a praça local onde policias estavam levando presos e cativos para morrerem pessoas Lgbt+, enquanto caminhavam o sol quente ardia na pele o calor secava a garganta e o medo apertava no peito mas a coragem e a vontade de ser livre era melhor são mais de 30 pessoas caminhando em direção a praça local.

— Temos aqui notícias de ultima hora sobre os recentes acontecimentos, um grupo fardado erguem bandeiras com o mesmo símbolo dos panfletos espalhados pela cidade e as fotos compartilhadas na internet. O grupo esta fardado todos de preto com capuzes que cobrem o rosto, a frente deles vem 5 pessoas não identificadas coordenando oque poderia ser uma marcha ate a praça local aonde a polícia esta realizando batidas e levando prisioneiros para os campos montados de improviso nas cidades vamos passar a matéria pra nosso amigo Neo que esta na área sobrevoando de helicóptero o local.
— Isso mesmo os protestantes caminham aparentemente pacificamente cada vez mais perto da polícia que ja se prepara com armas para atacar os mesmos.
— A Situação esta difícil por ai mesmo qualquer coisa traremos mais notícia sobre o caso.

Enquanto isso os amigos de Cris mudam as imagens dos outdoor e das propagandas para o símbolo da revolução.
— QUEREMOS O DIREITO DE AMAR!
— QUEREMOS O DIREITO DE SER QUEM SOMOS!
— SOMOS IGUAIS A TODOS!
— PAREM DE NOS MATAR! 

Frases eram gritadas pelas 30 pessoas que haviam ali naquela marcha as pessoas paravam pra ver enquanto a televisão filmava tudo com drones por cima, os policias e os protestantes se encontram.

— PAREM ISSO É UMA ATIVIDADE ILEGAL! ESTAMOS PRONTOS PARA LIBERAR FOGO NAQUELES QUE NÃO DEREM MEIA VOLTA E IREM EMBORA. — Gritou Informando um dos policias
— NÃO SAIREMOS DAQUI ATE NOS ESCUTAREM! — Gritou Igor
— REPITO SAIAM OU VAMOS LIBERAR FOGO! — Repetiu o policial 
— E EU CONTINUO A DIZER QUE NÃO VAMOS SAIR DAQUI! — Repetiu Igor 
— VOCÊS QUE PEDIRAM! — Ao Gritar um dos policiais acerta um tiro no peito de um dos protestantes. 

Alex se abaixa pra tentar estancar o sangue mais a pessoa continuava a perder muito sangue.
— VAMOS REPETIR SAIAM OU ATEAREMOS MAIS FOGO! — Gritou pela terceira vez o policial
— NÃO SAIREMOS DAQUI, ESTAMOS PROTESTANDO PACIFICAMENTE NÃO HA MOTIVOS DE MORTE! — Gritou Kátia 

Os policiais se preparam pra atirar enquanto um joga duas granadas de fumaça contra os protestantes, os protestantes partem pra cima dos policiais sacando suas armas e atirando. No meio de todo caos fumaça tiros e morto só dava pra ver os corpos caindo no chão, Alex derruba um dos policiais que atira pra cima sem querer o mesmo pegava uma pistola e atirava na cabeça do mesmo, Katia pegava uma das facas no seu bolso e rasgando a jugular de um dos policiais que atira sem querer contra 4 policias derrubando os mesmos; os protestantes pegavam as armas dos policiais mortos e atiravam, Iuri corria tomando um tiro na perna caindo no chão logo alguém vem por trás dele e o tira dali.
Igor procura Iuri e não o acha mas continua atirando contra os policiais, Alex pega uma das armas no chão  e se agachando atira contra a cabeça de 2 policiais mas acaba recebendo uma coronhada e desmaiando. Cris pega uma das facas e cravando na barriga de um dos policiais que atira contra 2 protestantes que acabam morrendo, enquanto alguns protestantes fugiam com medo alguns policias atiravam nas cabeças direto para matar inocentes caindo mortos no chão o sangue quente escorrendo pelas ruas, sangue tiros fumaça era isso que dava pra ver e ouvir ate que uma hora tudo parecia estar amenizando.
— ALEX? — Gritou Cris
— IURI? — Gritou Igor

Alex e Iuri sumiram pela fumaça, não se ouvia mais tiros parecia que tudo estava acabado 14 dos protestantes haviam morrido e haviam vários corpos de policiais espalhados juntos com os protestantes. A fumaça sumiu mais não era possível ver Alex e Iuri mais.
— ALEX CADE VOCÊ? — Gritou novamente Cris
— IURI APARECE LOGO! — Gritou Igor

— Meninos vamos os reforços estão chegando não da pra ficar aqui eles foram levados para os campos não tem oque fazer no momento a não ser correr e ir pra algum lugar! — informou Kátia

Katia corre pra um lugar, Igor E Alex pra outro e os outros protestantes se espalharam pela cidade. Cada vez mais chegavam mais polícias ao olhar pra trás se viam pessoas caindo mortas no chão a fumaça se espalhava pelo ar e o barulho dos tiros era ensurdecedor.

Barulhos estranhos se ouviam pareciam pessoas gritando dava pra se escutar de longe que algo estava errado naquele local.
"Iremos morrer nesse lugar e não pudemos fazer nada"
Era só oque pensava naquele momento a cabeça de Iuri e Alex os pensamento e as preocupações o medo era um combo de sentimentos eles não conseguiam ver pois eram colocadas óculos que impediam a visão eles eram grudados no rosto e só saiam se um controle fosse apertado.

— Decima Sétima remessa do dia chegando.

Iuri e Alex eram retirando de algo que parecia ser uma caminhonete e levados pra algum lugar a qual os mesmos não viam como era nem oque se passava ali o medo era tão grande que o coração de Alex batia rapidamente.
Alex E Iuri finalmente puderam ver o lugar que estavam exalava dor e tristeza, mortes e sofrimento era uma área grande da onde eles estavam dava pra ver pessoas correndo em um lugar cercado era grande e com grama mas algo estava diferente uma hora uma das pessoas que corria parecia ter pisado em algo, apos um enorme barulho sangue e vísceras voaram nos ares. Um campo minado.

— Esse será o nosso destino daqui a alguma horas. — Falou um homem que passava sendo carregado por dois homens, o mesmo vestia uma roupa listrada com um triângulo rosa costurado em sua roupa. Os homens que o carregavam possuíam vestes escuras com uma tonalidade acinzentada com uma forte predominância de preto, eram armas na cintura e um chapéu na cabeça.
Ao parar pra ver tudo oque acontecia naquele lugar foi que Alex e Iuri se tocaram que a morte estava mais perto deles do que nunca.

A Última Batida do Meu CoraçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora