— Hora de irmos! A HORA DA REVOLUÇÃO. COMEÇOU. — Kátia fala enquanto todos os grupos começam a ir, as ruas estavam vazias e os campos se preparando pra última matança do dia.
Se escutava os gritos de dor dos povos em campos gritando não só com a voz mas sim com a alma. Finalmente os grupos se separam Kátia segue pra um campo no centro da cidade, Igor segue pra um campo aonde estava Iuri e Cris pra outro.
— Igor… não nos veremos mais sinto falta da sua voz e do seu rosto. Eu deveria ter aproveitado mais a vida perto de você. — Iuri já sem forças pra falar encosta a cabeça na parede e chora apenas lágrimas que expressavam oque a boca não conseguia transmitir. A dor da alma.
Katia no caminho pra o campo que seguia se depara com Guardas, um Dos protestantes que iam com ela joga uma bomba de fumaça no local, os guardas desnorteados tentam procurar quem fez tal ação e acabam sendo surpreendidos antes que pudessem reagir por tiros em suas cabeças. Bem os capacetes não ajudavam naquele momento.
— Vamos AGORA! — Katia grita pra que todos com ela pudessem ouvir os mesmos seguem para a entrada do campo que ficava protegida por dois guardas, a própria Kátia puxa uma granada do bolso retira o pino e joga. A entrada se abre e o corpo dos guardas também.
— HAJA OQUE HOUVER SALVEM NOSSOS IRMÃOS! — Katia grita enquanto o grupo invade o campo de concentração do centro.
Cris se prepara com seu grupo os mesmos já chegam atacando pois foram vistos de longe.
— Cris oque faremos? — Um dos protestantes estava tremendo de medo.
— Se acalma vai ficar tudo bem! — quando Cris terminava de falar um dos guardas atira contra o peito de Jonas o jovem com medo.
— Não NÃO NÃO! ATIREM! — gritou Cris
— Mas senhor não podemos.
— ATIREM AGORA SEM PENSAR! Cris pega sua arma e começa a atirar nos guardas e nos portões matando os guardas de fora e os de dentro do portão.
— Jonas.. tenta respirar. — Cris se ajoelha perto de Jonas levantando sua cabeça e com a mão tapando o sangramento mas não adiantava.
— Eu não estou mais com medo Cris.. — Jonas nem sequer fecha os olhos o sangramento não parava mas algo parou ali naquele momento, seus batimentos.
— descanse em paz Jonas… — As lágrimas caiam de quatro em quatro do rosto de Cris o mesmo fecha os olhos de Jonas e retira o corpo dele dali escondendo atrás de uma árvore enquanto os outros protestantes já invadiam o campo.
— Senhor acabaram de chegar uma mensagem do campo central, parece que os protestantes invadiram os campos altamente armados e estão libertando os presos. — Uma moça baixinha de cabelo ruivo e óculos entra na sala do presidente.
— Eu temia que isso acontecesse, mas não recuarei. Mande uma ordem aos soldados para aqueles que não estão nos campos irem urgentemente para lá. Preciso de todas as unidades de prontidão! — O presidente Grita e a mulher atende o pedido.
As tropas que estavam protegendo o presidente, tropas das ruas e de outros locais migram pros campos.
— KATIA! — Uma voz baixa gritava no meio da multidão de protestantes correndo e tentando se salvar, enquanto soldados atiravam.
Kátia se aproxima do som e um dos protestantes chamado Caio alerta Kátia.
— ESTÃO MANDANDO TODAS AS TROPAS PRA CÁ, IREMOS MORRER DESSE JEITO! — Gritou caio enquanto se escondia detrás de uma pilastra caindo aos pedaços.
— NÃO IREMOS RECUAR, CONTINUEM ATE NÃO SOBRAR NENHUM! — Ordenou Kátia
Caio pega uma das granadas de Fumaça que havia em seu bolso e joga contra 5 soldados que viam em sua direção, os mesmos continuam andando mesmo com a fumaça ao Se aproximarem de Katia e caio ambos escutam gritos vindos rapidamente aumentando e se aproximando cada vez mais. Protestantes que haviam sido libertos entram na luta com ferros e pedras em suas mãos nocauteiam os soldados enquanto Kátia e caio fogem pra reunir o pessoal dali.
— IGOR ESTÃO ATIRANDO PRA MATAR, NA CABEÇA. — Gritou uma protestante chamada estela uma garota ruiva de cor semelhante a uma noite escura aonde a luz não habita.
— ESTELA SE PROTEJA E TENTE SOBREVIVER, ATIRE NAS PERNAS PRA IMOBILIZAR, SE FOR O CASO NA CABEÇA É UMA OPÇÃO VÁLIDA. — Gritou Igor.
Der repente se escuta um barulho alto de fogo subindo, as tropas haviam chegado e estavam lançando coquetéis molotov no lugar pra conter a situação mais rápida.
— TEMOS QUE EVACUAR TODO MUNDO, NOSSO POVO VAI MORRER CARBONIZADO IGOR. — Gritou estela a qual um tiro passou raspando do seu lado.
— ESTELA NÃO PENSE, APEANAS AJA!. — Igor usa uma das suas únicas granadas em bolso pra jogar no meio das tropas que estavam chegando, a mesma explode mas Igor é atingido no braço, alguns soldados morreram na explosão outros ficaram extremamente machucados. Mas continuaram avançando mas curiosamente dois soldados não avançaram.
— Pedro! PEDRO! levanta! Pedro! LEVANTA! — Um dos soldados se joga no chão perto de um corpo que estava aparentemente morto, o soldado fica em prantos em cima do corpo.
— EI PODEMOS AJUDAR SE JUNTE A NÓS! — Um dos protestantes que estava ali perto se aproxima do soldado.
— Vocês fizeram isso! VOCÊS!. — O soldado grita e aponta a arma no rosto do protestante.
— Não é necessário que isso aconteça, eu e você sabemos disso! — o protestante se aproxima devagar.
— OLHA OQUE FIZERAM COM ELE. — Gritou desesperadamente enquanto agarrava a arma com as mãos tremulas.
— Seu povo começou uma guerra a qual não ouve escapatória pra ambos os lados, mas você pode mudar isso! MUDE SEU FUTURO, MUDE NOSSO FUTURO. — o Protestante se aproxima mais do soldado que já desolado aponta a arma em sua cabeça e aperta o gatilho.
— NÃO! — Gritou o protestante que logo foi acudido por estela
— NÃO PODEMOS FICAR AQUI EDGAR, ESTÃO ATIRANDO CONTRA NOSSO POVO LA DENTRO. — estela tenta conter a situação puxando Edgar pra dentro
O olhar no rosto de Edgar era inexpressivo, dor, aflição, raiva, tristeza. Um misto de sentimentos.
— IGOR? — estela avista Igor com o braço enfaixado por um pedaço de blusa rasgado
— Não foi nada, continuem precisamos achar o Iuri e o Alex. — Igor se levanta e se dirige pra dentro do campo.
— Que barulhos são esses? TIROS? oque esta acontecendo? — Iuri tenta se levantar do lugar aonde estava mas os barulhos eram altos demais os estrondos do lugar caindo aos pedaços, ele estava numa solitária no fundo do campo.
— IURI! IURI! — Igor gritava desesperadamente enquanto fugia de soldados e libertava outros presos de seus castigos.
— IGOR POR ALI! — gritou estela
— ESTELA NÃO! — Gritou Igor desesperado, vinham vários soldados por trás de estela os mesmos a cercam ela tenta fugir e se esconde dentro de uma solitária.(uma casinha pequena com apenas uma porta)
— ALEX! ALEX! — Gritava Cris desesperado enquanto as tropas novas chegavam atirando em praticamente tudo que se mexia.
— CRIS ESTÃO CHEGANDO! — Gritou Letícia uma garota de cabelos cacheados de pele clara que carregava um fuzil em mãos.
— FAREMOS OQUE FOR PRECISO Ok! APENAS TENTE! — Cris grita enquanto Letícia começa a disparar nos soldados que vinham atacando os mesmos, a mesma acerta alguns mas eles continuam.
No meio da fumaça do cheiro de pólvora, do fogo, dos barulhos, do desespero quase todos os protestantes daquele campo estavam fugindo pelos fundos do local quando são surpreendidos por soldados que estavam aguardando a saída deles de lá.
— NÃO HA SAÍDA! — Um dos soldados grita
— A covardia dos homens é tanta de achar que matar pessoas que não seguem seus ideais é a coisa certa, vocês cumprem ordens de um Genocida que nem mostra as caras porque sabe que sem seus soldados não é nada. — um dos protestantes se levanta do meio daqueles que estavam fugindo e começa a falar.
— NO 3 ATIREM SEM PENSAR — o mesmo soldado grita.
— 1
— 2
Antes de terminar a contagem Letícia chega com uma equipe que sem pensar duas vezes atiram em todos os soldados que encurralavam os protestantes.
— FUJAM! — Grita Letícia .
— ALEX ALEX! — Cris gritava enquanto a esperança que Alex estivesse vivo ia sumindo de seu coração.
— TEMOS QUE IR CRIS, ALEX NÃO ESTA AQUI! — Gritou Leticia de longe.
— ELE TEM QUE ESTAR AQUI! — Cris corria de um lado pro outro e os soldados invadiam cada vez mais o local.
— NÃO DA CRIS, SE VOCÊ FICAR VOCÊ MORRE. TODOS JA FORAM LIBERTOS NÃO TEM MOTIVOS PRA FICAR AQUI. — Letícia já se preparava com os outros pra fuga.
— Vocês vão, eu fico. — Disse Cris
— NÃO VEM DAR UMA DE HEROI NO FIM NÃO CRIS DEIXE DE ABESTALHICHE VAMO SIMBORA. — o grupo já ia embora enquanto aguardavam apenas Leticia e Cris.
Leticia impaciente agarra Cris pelo braço e o puxa pra fora dali enquanto os soldados disparam sem nem pensar duas vezes.
— FAÇAM AGORA! — Gritou o presidente sem pensar duas vezes, sem retroceder o pensamento, a raiva o consumia era um sentimento de perda mas ele não queria perder. Assim foi feito bombas que estavam instaladas abaixo dos campos de concentração e de pontos certos da cidade começassem a explodir longe das casas dos civis, as pessoas estavam todas trancadas em suas casas os acontecimentos aconteciam enquanto todos estavam dentro de suas casas, apenas protestantes e guardas estavam em ruas.
— KATIA TEMOS QUE EVACUAR ESSE LUGAR ELES NÃO VAO DEIXAR TODOS FUGIREM SEM TER UM PLANO B, ALGO VAI ACONTECER! —Gritava caio enquanto se arrombava outras aéreas do local libertando últimos prisioneiros.
Os soldados seguem atirando contra Katia, caio e os protestantes que fugiam. Conseguem acertar alguns que caem mortos com uma face de pânico a qual a morte deixou em seus rostos.
— KÁTIA LEVE ELES. — Gritou caio
— NÃO, TODOS TEMOS QUE IR NÃO VOU DEIXAR VOCÊ. — Gritou Katia puxando a mão de caio enquanto olha pro chão e tem um vislumbre de lembrança da cena e ver Laura com o tiro na testa a garota que havia caído nos pés dela tinha os cabelos iguais ao de Laura, Kátia entra em desespero ao ver aquela cena e se lembrar de sua amada Laura. As memorias coincidem os rostos familiares e a dor a mesma. Kátia se ajoelha ali mesmo no chão e começa a gritar de desespero com todas as suas forças as cordas vocais estremeciam naquele momento; ignorando os tiros, ignorando a fumaça, ignorando os gritos ela apenas para.
Seis soldados que viam na direção da mesma ao ver o estado de Katia param os tiros e se aproximam, caio escuta um barulho abaixo de seus pés era algo como o som de um cronômetro chegando ao fim. Caio junta as peças do quebra cabeça e empurra Kátia pra fora dali, a mesma continua perto do som parecia que cada vez mais aquele som aumentava; caio grita.
— SAI DAQUI AGORA, SAI SAI SAI SAI!
Kátia ainda sem processar nada do que estava acontecendo apenas corre saindo de perto de caio, caio escuta o barulho se cessar. As carnes tremiam a boca seca, e uma pequena lagrima escorria do olho de caio ele vira pra trás pra ver Kátia quando o lugar junto dele e os 6 policiais explode levando tudo aos ares.
— NÃOOO! — Katia grita desesperada um grito a qual sua garganta já doía muito o Grito era cortado ao meio porque sua voz parecia querer cessar, as lagrimas escorriam involuntariamente.
Protestantes que estavam ali agarram Kátia pela mão e puxam ela pra longe dali.
— ESTELA! — Igor grita desesperado a voz trêmula e as mãos suadas, com os olhos mirava o lugar onde estela tava mais para de gritar ao ver soldados se aproximando.
Igor corre e abre uma porta de uma solitária, entrando dentro fecha e se senta no chão.
Um vislumbre da esperança passa como um raio nos olhos de Iuri.
— Igor? — Indagou Iuri ainda sem acreditar no que seus olhos viam, achava ele que eram miragens que as pessoas veem antes da morte.
— IURI? — Igor não conseguia acreditar no que via, Iuri quase irreconhecível com aquela roupa e no estado que ele se encontrava aonde estava magro demais e sem forças pra mais nada.
Igor se rasteja porque sua perna ainda doía e sangrava, e chega em Iuri o abraça enquanto as lagrimas dos olhos de ambos caiam como a água que despenca de uma cachoeira.
— Temos que sair daqui meu bem, eu vou te tirar daqui, vamos agora. — A Voz tremula de Igor a garganta seca e os olhos encharcados de lagrimas, a dor na perna nem parecia existir. O mesmo tira forças da onde não imaginava ter coloca Igor apoiado nele e sai dali mas ao abrir a porta são surpreendidos por 2 soldados que miravam em suas cabeças com aquelas grandes armas.
— NÃO SE MEXAM! — Gritou um dos soldados
Quando menos se esperava Estela sai da solitária e com sua arma atira na cabeça de um dos soldados, quando o outro se vira ela atira na barriga sem querer. A bala da arma acaba e Igor em pânico tenta puxar a arma e finalizar o trabalho que estela fez mas o guarda que já estava com o dedo no gatilho atira em sua barriga, Igor consegue mata-lo mas não consegue salvar-la.
— ESTELA NÃO! — Igor corre desesperado junto de Iuri que mal podia ficar de pé, se ajoelha perante estela que ainda estava viva mas sem forças mas pra lutar contra o sangue que não parava de sair de seu abdômen.
— ESTELA RESPIRA! ESTELA ACORDA! ESTELA NÃO FECHA OS OLHOS! ESTELA! — Igor grita seu nome pela ultima vez quando uma voz suave fala.
— Quem não pode viver morreu, mas quem pode vive pelos que não puderam. Nunca se esqueça de mim. — Estela morre
Iuri tira algumas forças pra falar.
— Vamos. — Iuri já sem forças mal conseguia abrir o olho
Igor naquele momento pensa em Iuri e se levanta agarra Iuri o segurando como se fosse um bebê, e corre o mais rápido dali. Um restante dos protestantes havia ficado pra impedir que os soldados fossem atrás dos que fugiram.
Alguns dos que ficaram para lutar fogem enquanto os que ficam observam o lugar explodir com eles ainda dentro, vão embora soldados e protestantes pelo ar enquanto o fogo da explosão sobe.
— ESTELA! — Igor vira pra trás pra olhar a explosão. Lagrimas escorrem mais ele continua correndo.
Katia, Igor, Iuri, Cris, Leticia e o resto dos protestantes correm pra se dirigir pra o ponto de encontro.
Mas oque eles não esperavam é que os guardas iriam segui-los.
— KATIA ESTAMOS AQUI! — Gritou Igor carregando Iuri
Katia da um sorriso breve e olha pro lado
— VINHEMOS TAMBÉM! — Gritou Leticia ao lado de Cris que ainda estava abalado.
Katia olha pro mesmo e ao perceber que Alex não estava ali a mesma chora pois Alex foi o primeiro de toda a revolução e estava com ela a muito tempo. Katia corre e abraça Cris enquanto as lagrimas caiam.
— Chegamos também! — o Grupo dos protestantes que haviam ido sem ninguém voltam com poucas pessoas.
Igor e Iuri se sentam numa pedaço do que era pra ser um banco de praça.
Katia Leticia e Cris apenas param.
Burlando a segurança do local, entrando escondido na sala de comando de controle, acessando as câmeras da cidade avista Cris, Igor, Iuri, Kátia entre todos que estavam lá na praça, dou um sorriso enquanto as lagrimas caiam me recomponho e percebo que havia uma bomba programada pra aquele local.
— EI MÃOS AONDE POSSAMOS VER. — Um soldado entra pela sala e mira a arma contra Alex que estava agora rendido.
— Não precisamos de mais mortes ok? — Alex se aproxima do soldado.
— NÃO SE APROXIME OU EU VOU ATIRAR. — ele grita mais uma vez.
Alex se abaixa debaixo da mesa, acaba levando um tiro queima roupa no braço direito, o mesmo puxa sua pistola e da um tiro no pé do soldado que ao colocar a mão no pé por força do instinto Alex se levanta e rapidamente sem olhar atira no pescoço do mesmo, ele cai agonizando e se engasgando com sangue no chão.
Alex se levanta e desativa rapidamente a bomba que estava programada pra explodir ali onde todos estavam.
— ESTÃO CHEGANDO! — Gritou um dos protestantes
Vários soldados acompanhados do presidente chegavam ao local, era um batalhão não tinha pra onde fugir dessa vez.
— Merda. — Sussurrou Katia.
— FILHA DA PUTA! — Gritou Alex enquanto batia na mesa e via tudo que estava acontecendo através das câmeras.
O presidente para junto aos soldados e com auxílio de um microfone em sua roupa que era mais alto que dois caixas de som grandes.
— Me escutem. Vocês podem ser livres, apenas precisam mudar. Ninguém nasce desse jeito apenas viram, vocês são nada mais nada menos que Mentes mudadas pela sociedade.
— Que merda ta saindo da sua boca agora? Da onde que se vira? Você é um Genocida assassino, aspirante a nazista e dentre outras qualidades que eu posso te definir em poucas palavras, eu posso passar uma hora falando disso aqui. Essa porra de regime que você implantou as pessoas inocentes que morreram por sua culpa, hoje eu vi muitos amigos morrerem PELA PORRA DA SUA CULPA! Você ainda vai passar por tudo que nós passamos porque a morte pra você é pouco. — Katia se levanta de onde estava e se aproxima falando com autoridade e sem tremer a voz.
— Bem senhorita Não temo as palavras vazias que saem da sua boca. — o presidente se aproximava.
— Devia temer, a meses atrás vi minha namorada morrer por dois assassinos que você mandou. Ela tinha uma vida, ela tinha a mim, ela tinha sonhos coisa que você acabou sem nem pensar duas vezes, como você dorme de noite carregando tanto sangue em mãos? As pessoas não te idolatram porque gostam do que você faz, te idolatram por medo. E agora estão vendo do que você foi capaz de fazer, matar tantos inocentes por não serem IGUAIS A VOCÊ! — Disse Katia
— Na minha ordem todos os soldados acabam com essa vida de merda que vocês tem, foi bom enquanto durou. — O presidente mexe as mãos e as armas apontam pra todos ali.
— EU TENHO QUE FAZER ALGO. — Alex vê as bombas que estavam naquele local e além da que ficava embaixo de seus amigos havia outra embaixo do presidente e os soldados.
— Não da pra esperar. — Alex aperta um botão amarelo que logo começa a contagem de 5…4….3….2…1
— Atirem! — Ao grito do presidente a bomba explode, levando os soldados ali aos ares mas não atingindo ele por completo só queimando uma parte do seu corpo.
Kátia se aproxima do corpo no chão do presidente e mira seus olhos e vê a dor que ele estava sentindo naquele momento e coloca a arma na sua cabeça.
— Vou seguir seu conselho senhor presidente e acabar com essa vida de merda que você tem. — Kátia coloca o dedo no gatilho.
— KÁTIA NÃO! Não iremos nos igualar a ele, você tem que mudar a historia. — Gritou Igor
Katia olha pra trás, e mira os olhos do presidente de novo.
— LEVEM ELE! — Katia ordena e alguns protestantes vem e carregam o presidente colocam num dos caminhões da fuga passada e todos se reúnem.
Só restava o sangue ao redor da cidade, a fumaça tudo que restou.
— Katia MATE-O! COMO PODE SALVAR A VIDA DESSE HOMEM? LEMBRE DA LAURA. — Gritou Igor
— Não podemos nos.. (Igor interrompe novamente)
— NÃO VEM COM ESSA CONVERSA DENOVO KATIA, VAI SALVAR ESSE HOMEM QUE SE ESTIVESSE PODENDO LEVANTAR IRIA METER UMA BALA NA SUA TESTA! ISSO NÃO VAI ROLAR! — Igor se aproxima de Kátia e puxa um arma Da cintura apontando pra cabeça do presidente que estava sendo carregado por alguns protestantes.
— Igor o mundo inteiro sabe de nós agora sabem quem somos não podemos arruinar a chance de mudar tudo isso, mudar o lugar aonde nossos futuros filhos irão morar um lugar melhor. — Cris limpando as lagrimas que escorriam no canto do olho se levanta se encaminhando pra situação.
— Cadê? CADE? não estou vendo! EXATAMENTE CRIS, ELE MATOU O ALEX! COMO? COMO VAI DEIXAR ELE VIVO? — Igor com a voz trêmula e as mãos tremendo indaga Cris.
— Olho por olho… (Cris)
— E o mundo acabara cego… (Kátia)
Igor abaixa a arma e a joga no chão.
Kátia se encaminha pro palácio juntamente com todos os protestantes em grandes caminhões, junto ao presidente e alguns soldados machucados que por ordem do presidente não faziam nada.
Cris se aproxima de Igor e o abraça.
— Perdas são necessárias as vezes.. — Cris chorava em silêncio.
Igor apenas olha de canto enquanto abraça Iuri e o entrega agua e comida.
Todos chegam ao Palácio aonde o presidente ficava, varios guardas estavam posicionados na frente apontando suas armas pros caminhões então Kátia grita.
— ESTAMOS COM ELE.
Um dos soldados grita.
— ELE QUEM?
Kátia desce do carro com o presidente apoiado em seus ombros.
— O presidente.
Os soldados continuam a apontar a arma.
— Senhor devemos atirar?
O presidente quase apagando apenas fala.
— Deixem eles entrarem estão comigo.
Nem todos entram uma boa parte dos protestantes fica do lado de fora, apenas Igor, Iuri, Kátia e Cris entram e um pouco dos protestantes que haviam ido libertar os outros.
— Vou dar banho no Iuri ele ta precisando. — Igor carrega Iuri ate uma suíte que havia ali perto pertencente ao presidente, antes de entrar alguns guardas apontam suas armas mas o presidente faz uma expressão em seu rosto expressando pra deixar eles entrarem.
— Kátia vou olhar o lugar. — Cris apenas se separa de todos.
— Merda não sei se deu certo. — Alex se ajeitava no chão perante o corpo morto dos soldados.
— Bem espero que estejam bem.. ah Cris que saudades. — Alex se levanta pra sair da sala até que Cris ia passando na porta.
— CRIS? — Grita Alex
Cris vira o rosto e percebe ali estava Alex quem ele achou que estava morto, a qual já havia chorado tanto pela sua morte que na verdade nunca aconteceu, ali estava o amor da sua vida.
— ALEX! — Cris abraça o mesmo enquanto as lagrimas caiam como as águas de uma cachoeira.
— Eu senti tanta sua falta… quase me mandaram pra um lugar terrível, você sabe do Iuri? Ele se salvou? — Alex pergunta
— Sim.. esta apenas debilitado, ai meu deus eu desejei tanto que fosse mentira, eu não viveria sem você eu só pensava nos nossos momentos nas nossas aventuras e em como tudo isso me lembrava você, nossas musicas.. — Cris não aguenta terminar de falar e desaba em lagrimas.
— Eu estou bem… todos estamos.. acabou meu amor, não precisaremos mais lutar… estamos livres da maldição que nos prendia. — Alex sorri
Kátia levava o presidente enquanto observava o lugar.
— O senhor fará um comunicado a todo povo, avisando o fim da guerra encerrando tudo isso que você começou; espero que seja claro. — Kátia continha a raiva que sentia do mesmo naquele momento pra tentar manter a sanidade.
— Eu não farei nada, pois a guerra só acaba quando vocês estiverem todos mortos! — o presidente sem forças empurra Kátia que cai no chão batendo a cabeça na cabeceira da mesa.
A visão de Kátia alternava entre uma tela preta e a visão do presidente se afastando.
— Merda! — Katia se apoia numa coluna e se levanta devagar e juntando a força que tinha corre ate o presidente o mesmo demonstrava querer chegar numa sala.
Kátia pega um aquário de vidro e atinge o presidente que cai no chão.
— Eu queria mesmo que você tivesse um arco de redenção nessa historia, eu queria mesmo que você sobrevivesse, eu queria mesmo que a sociedade enxergasse a gente não como assassinos e sim como guerreiros que lutaram ate o fim pelo que acreditavam. — Kátia fala enquanto caminha na direção do presidente que já não tinha forças mas pra fazer muita coisa há não ser ouvir oque Katia tinha a falar.
— O inferno que você, SIM VOCÊ! (Katia se abaixa e atinge um soco no rosto do mesmo atingindo seu nariz) VOCÊ CRIOU. Você não tinha o direito de tirar a minha outra metade de mim, você arrancou uma parte de mim a qual nunca mais vai voltar.
Kátia chorava enquanto a raiva tomava conta de seu ser enquanto as palavras eram proferidas de sua boca.
— PRESIDENTE! — Gritou uma voz conhecida para Kátia.
Kátia se vira para olhar e percebe aquele mesmo rosto daquele mesmo dia, a mesma voz que ela escutou debochar, a mesma pessoa a qual proferiu palavras de insulto a pessoa que ela amava.
— SENHOR PRESIDENTE OQUE ESTA ACONTECENDO? — Perguntou Serguei sem saber oque fazer.
— Nada. — sem forças pra nem falar o presidente profere poucas palavras.
— MAS COMO NADA? A líder dos protestantes! KATIA! — Serguei aponta a arma pra cabeça de Kátia.
— Não lembra de mim? — Kátia sentia sua humanidade indo embora naquele instante.
— SE VOCÊ SE MEXER EU ATIRO SUA VADIA! — Serguei continua mirando em direção a Kátia sem entender oque a mesma falava.
— não lembra de mim? — Kátia se levantava aos poucos enquanto a sua mão direita apontava uma arma na cabeça do presidente
— ABAIXA A PORRA DA ARMA CARALHO! — Serguei já não sabia oque fazer
— Sabe, por muito tempo eu desejei que você sofresse e pensei em vários jeitos de te torturar. Bem eu sonhava com isso, eu sonhava com esse dia! — Kátia não conseguia se manter sã.
— QUE MERDA VOCÊ TA FALANDO? VOCÊ NÃO PASSA DA PORRA DE UMA LÉSBICA QUE COMANDA UM MONTE DE IDIOTAS E UM BANDO DE LIXO. — disse Serguei
— Ah é? Bem.. se é assim eu vou ter que refrescar sua memoria, uma tarde em um campo uma garota de cabelos loiros estava sobre o monte ate que um alguém atira contra sua cabeça, isso não te lembra nada ainda? — Kátia arranca um pedaço do vidro que estava do lado da bancada.
— QUE? ah você estava lá! eu me lembro muito bem de ter cuspido na cara dela. — Serguei com arrogância fala
Kátia já fora de si se abaixa e com o vidro atinge a mão de Serguei o fazendo desestabilizar a arma, fazendo assim com que Kátia se aproximasse e o derrubasse numa mesa de vidro; Serguei agarra o braço de Kátia e a chuta na virilha empurrando a mesma a bater as costas na parede, Serguei se levanta e tenta pegar a arma do seu lado ate que Kátia arranca o ferro que prendia a mesa ao chão e atinge a mão dele quebrando pelo menos ali uns 3 dedos.
— AAA! — Serguei grita descontroladamente
Kátia não consegue falar apenas bufar como um touro raivoso, ela não conseguia pensar em nada há não ser matar Serguei. Serguei chuta a perna de Kátia a desestabilizando o mesmo agarra outro pedaço da mesa e aponta pra ela enquanto suava e chorava em meio a sangue que escorria do seu rosto. Os dois começam uma batalha travada usando apenas dois ferros, Kátia atinge Serguei no braço com força o mesmo derruba no chão o ferro e ao concentrar sua atenção na mão Kátia aproveita da situação pra lhe golpear com outra pancada mas dessa vez atingindo o outro braço; Serguei cai no chão por não conseguir conter a dor em meio aos prantos e a dor ele tenta chutar Katia que já estava perto dele mas sem sucesso desiste.
— como é o sentimento da quase morte? — Katia ofegante diz
Serguei não conseguia falar apensas gritar de dor.
— Não quer falar? Eu faço você falar! — Katia agarra um vidro e se ajoelha perto de Serguei, o mesmo se rebatia mas ela o segurava. Kátia pega o vidro e corta os lados da boca de Serguei.
— Você merece coisa pior, eu não vou te matar agora a morte pra você vai ser um descanso ou talvez não ja que eu tenho certeza que se existir um deus no céu você não vai pra lá, e eu tenho prazer de te ver queimar no fogo do inferno enquanto o diabo ri da sua cara. — Kátia joga fora o vidro e limpa o suor da testa
— viva com essa dor, você ainda merece coisa pior mas antes de morrer quero que sinta a dor que nem se iguala a que eu senti quando a Laura morreu. — Katia sai dali se dirigindo ao presidente que não se encontrava mais ali.
— MERDA! — Kátia percebe que o mesmo entrou numa sala e corre ate lá.
— Sabe… eu sempre cumpro oque eu digo, esse lugar é cheio de bombas prestes a explodir só esperando que eu aperte esse botão.
— Você não teria coragem, suas tropas estão aqui você é um louco genocida do caralho. Além de que vai se matar no processo, apesar de que você morrendo é um alívio ao país. — Katia fala enquanto se aproxima aos poucos
— Eu não ligo pro que você ou a porra do mundo deixa de pensar de mim, se eu morrer levo vocês comigo. — O presidente se precipita a apertar o botão e então Katia atira em sua mão.
— Não! — Disse Katia
O presidente bate com a cabeça no botão ativando a bomba que começou uma contagem regressiva de 20 segundos.
— VAI SE FODER! — Kátia sai correndo pra chegar em Alex e Cris o mais rápido possível.
— O LUGAR VAI EXPLODIR TEM UMA BOMBA AQUI! — Cris e Alex escutam oque a mesma fala e se jogam pela janela do 1 andar da secretaria.
— Cadê o Iuri e o Igor? — Kátia tenta correr pra avisar mas era tarde demais a bomba chegou em 3….2….1
— NÃOOO! — A bomba explode e Kátia é arremessada pra fora do lugar enquanto Iuri e Igor continuam lá dentro.
Cris, Alex e os protestantes que ficaram do lado de fora junto a Kátia veem o lugar desabar a bomba destruiu tudo aparentemente todos lá dentro estavam mortos.
Kátia grita desesperada enquanto Cris a segura.
— NÃO NÃO ELES AINDA ESTAVAM LA DENTRO. — Katia se tremia foi um choque tudo acontecia tão rápido ela estava com os nervos a flor da pele, o suor escorria como a agua que desaba de uma cachoeira, seus olhos lacrimejavam como chuva forte.
— Katia já foi.. — Alex tentava consolar Kátia enquanto chorava
— NAOOOOOOO! NÃO PODE SER, IGOR, IURI! ME RESPONDAM! EU SEI QUE VOCÊS ESTAO AÍ! — Kátia ja estava roca de tanto gritar, a garganta seca.
Cris, Kátia, Alex e os outros protestantes se ajoelham perante os escombros do lugar.
Kátia se abraça com Alex e Cris enquanto chorava de soluçar.
Era dolorido aquela cena, os escombros do lugar, os protestantes chorando era um sinal de dor até que um dos protestantes levanta a mão e faz o sinal que acompanhava eles desde o início de tudo, desde que saíram de noite espalhando cartazes pela cidade o dedo polegar encontrava o centro da mão e a mão erguia-se pra cima. Num instante todos repetem o símbolo, é incrível como em momentos ruins podem haver luz.
No meio dos escombros algo se mexia, Kátia tem um vislumbre de alguém abraçado a outro alguém vindo em sua direção.
— IURI? IGOR? — Kátia corre ate lá para ver.
Uma silhueta conhecida mas ao mesmo tempo tão distante.
— Salvem ele... — Uma voz quase desfalecendo em meio a neblina de fumaça que havia se formado ali ecoa.
Kátia ao se aproximar observa Igor todo machucado, sua perna havia um ferro que o cortava, em seus braços pedaços de escombros o perfuravam havia um corte em seu rosto seguindo do olho pra boca. Katia se vê no lugar de Igor naquele momento ele ainda podia salvar quem amava, já Kátia não teve escolha, tiraram isso dela e ela não ia tirar isso de outra pessoa..
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A Última Batida do Meu Coração
NezařaditelnéIuri E Igor são amigos desde sua infância, ao crescer se tornam algo a mais que grandes amigos, mais algo impedia eles, o lugar onde eles moravam(a Rússia) aonde é crime relações homoafetivas, mais os dois não deixavam se levar por isso namoravam em...