Eu sou a sua melhor opção

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Sam

Chequei novamente o telão que mostrava os vôos e logo o meu foi anunciado.

Subi na escada rolante com a minha mala enquanto ligava para uma amiga de Nova York. Pois querendo ou não, meus pais estavam certos, não era bom ficar sozinha.

O telefone toca algumas vezes e logo uma voz animada surge do outro lado da linha.

- Sam!! Que saudade!

- Oi Ângela! Como está? Queria falar com você sobre uma coisa...

- SAM! EI! ESPERA AÍ!

Fui interrompida por um grito que veio do outro lado do aeroporto, quando me virei para procurar de onde vinha, avistei um menino correndo em minha direção.

- Sam? Ainda está aí? - Ângela disse curiosa.

- E-eu já te ligo, só um minuto. - tiro o celular da orelha e encerro a chamada.

Me virei de volta para a escada, que já chegava ao topo, e coloquei minha mala no piso branco do segundo andar. Encarei o menino de cabelos claros no piso debaixo.

- Como você me achou? - disse com a voz embargada.

- Bom...eu falei com a Lia. Ela me disse que você estava indo embora para Nova York. É verdade? - Josh me olhava com tristeza.

- Eu preciso ir. Não posso continuar aqui.

- Não, Sam. Olha...eu sei que errei com você e sinto muito por isso, eu fui um idiota completo. Mas eu posso me redimir. Posso consertar as coisas.

O encaro em silêncio, com uma grande dúvida no olhar. As pessoas nos observavam curiosas e interessadas, mas isso não importava. Pois parecia que estávamos a sós. Só eu e ele.

- Não acho que isso seja possível. - desvio o olhar.

- Eu não sou um cara perfeito, e muito menos o certo. Não posso garantir que vou sempre fazer o que você espera, pois eu estaria mentindo. - o encaro novamente e noto que Josh começa a subir na escada rolante. - Mas eu gosto de você Baker. E mesmo que estejamos nadando contra a maré, eu não quero desistir tão fácil. - ele chega na minha frente e sorri. - O quê acha de continuar aqui, em Ohio?

Não conseguia formular nem uma frase se quer, minhas mãos tremiam e meu coração batia em meus ouvidos. Não dava para processar aquela declaração, muito menos aceitar que era real.

Apenas acenei com a cabeça e o abracei, ele me segurou e me beijou. Algumas pessoas começaram a aplaudir e só naquele momento eu percebi que eles estavam realmente prestando atenção. Na mesma hora eu quis cavar um buraco qualquer para me enfiar. Josh me observava e ria da minha expressão de desespero.

- Vou te levar pra casa. - ele sussurrou em meu ouvido.

- Eu não posso...não estou conversando com o meu pai.

- O quê aconteceu? - me olhou com as sobrancelhas franzidas.

- Ele não acreditou em mim no dia da festa, então decidi ir embora...

- Que merda, você passou por isso e eu não estava lá para te apoiar. Eu realmente sinto muito. Minha mãe quase acabou comigo quando contei a ela.

- O quê? Sua mãe? Sério?

- É, ela disse que eu fui um babaca por tratar você assim, que eu não merecia você e disse que se eu fosse esperto uma vez na vida, correria atrás de você. - Josh colocou a mão nos bolsos e encarou o chão. - E ela estava certa, você vale a pena.

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