Sam
Eu não sei dizer o que realmente aconteceu, ele chegou e disse tanta coisa que eu nem consegui raciocinar direito, apenas pelo simples fato de ele estar aqui, na minha casa.
Josh me deixa desse jeito, fora do ar, eu fico tão sem reação que por alguns minutos até esqueci que tinha um livro se despedaçando dentro da minha banheira - "O QUE? MEU LIVRO!!" - eu o procuro cegamente dentro da banheira - "Por que eu coloquei tanto espuma? Não consigo ver nada" - me amaldiçoo, em parte, por essa decisão.
Pois por outro lado, se eu não tivesse exagerado, com certeza Josh iria ver mais do que deveria e isso não ia ficar legal, considerando que vamos ser colegas de projetos por um bom tempo.
Consigo encontrar o meu livro (ou o que sobrou dele), o retiro da água e percebo que virou apenas várias folhas molhadas e coladas uma na outra.
Limpo a banheira furiosa, pensando seriamente na idéia de tacar uma lata de tinta na cabeça dele e dizer que foi apenas um acidente.
(No outro dia)
Acordo com disposição e vou direto para o banheiro tomar um banho e me arrumar para mais um dia naquela escola de malucos.
Coloco uma blusa meia estação por dentro da calça de cintura alta e um tênis all star, desço as escadas para tomar café da manhã com o meu pai como faço diariamente, mas não o encontro na cozinha.
Me desespero pensando que acordei atrasada e corro para olhar o horário no meu celular. Ainda são 6:00 da manhã. As minhas aulas só começam 7:30. O que aconteceu comigo hoje?
Já que eu estava bem acordada e com tempo de sobra, aproveitei para fazer panquecas e logo em seguida fui tirar poeira dos móveis. Enquanto limpava a sala de estar no segundo andar, achei uma foto minha com os meus pais e o Josh, ela estava escondida entre outras fotos que ficam em cima da lareira.
Me lembro muito bem deste dia, eu estava tão feliz...meus pais haviam me levado para o parque de diversões junto com o Josh, fomos em diversos brinquedos, fizemos uma competição de quem comia mais algodão doce e a parte mais importante desse dia divertido foi quando eu e Josh fomos andar na roda gigante.
Após uma grande conversa ele me convenceu de que era totalmente seguro, já que eu sempre tive medo de altura. Então compramos ingressos e fomos direto para lá.
A roda gigante começou a se mexer e eu fiquei encarando as minhas mãos, Josh notou o meu nervosismo e disse - Se você quiser pode segurar a minha mão - ele a estendeu em minha direção e eu a segurei sem a menor hesitação.
Era fim de tarde, chegamos ao topo da roda e ficamos observando o sol se pôr com todo o seu esplendor. Josh quebra o silêncio com uma confissão - Sam, hoje foi um dia especial, mas não pelo fato de eu ter me divertido tanto, é porque você está aqui, do meu lado. Sabe...eu gosto de você Sam Baker.
Fiquei sem reação, não sabia o que dizer, apenas fiquei olhando para a sua boca dizendo aquelas palavras e terminando com um sorriso alucinante. Ele me beijou e parecia como se o mundo tivesse parado apenas para aquele momento acontecer, a sensação foi mágica. Foi o "primeiro beijo" de ambos.
Mal ele sabia que eu gostava dele também, mas não tinha coragem de confessar ou perguntar se era recíproco. Na pré-adolescência/adolescência tudo parece muito extremo, se você se apaixona, parece que vai durar para sempre, e se você termina algo ou é rejeitado, parece o fim dos tempos.
Éramos dois apaixonados um pelo outro, a gente tinha tudo para dar certo...mas porque não deu?
Reflito aquela lembrança com um olhar triste, não entendo como tudo acabou assim...
O barulho de sapatos descendo as escadas me tiram do meu transe e deduzo que seja meu pai indo para a cozinha, guardo os produtos de limpeza e desço ao seu encontro.
- Bom dia abelhinha, você que fez essas panquecas deliciosas? - os olhos do meu pai brilham como os de uma criança, parece que faz um tempo que ele não experimenta algo que não seja totalmente industrializado.
- Bom dia pai, fiz elas especialmente para o senhor - lhe dou um beijo na bochecha, me sento ao seu lado e me sirvo com algumas panquecas - Hoje você pode me dar uma carona para a escola? Não estou no clima de ir andando.
- Claro que sim, com panquecas como essa, você pode pedir o que quiser.
- Sério? - agora os olhos que brilham como o de uma criança são os meus.
- Na verdade...não - ele ri enquanto vê eu revirar os olhos dramaticamente.
(Meia hora depois)
- Prontinho, chegamos - ele diz enquanto estaciona na frente da minha escola.
Nos despedimos e combinamos de jantar fora hoje, acho que nós dois concordamos que é preciso melhorar a nossa relação de pai e filha.
Atravesso o campus, mas dessa vez com um passo mais firme, não me importo com os olhares ou cochichos, isso sempre vai acontecer. Eu queira ou não.
As aulas passam como um sopro e chega o horário do intervalo em que todo mundo vai para a cantina, pego a minha bandeja e olho em volta procurando aonde me sentar.
Até que reparo duas garotas acenando para mim, eu vou ao encontro delas e instantaneamente elas começam a falar várias e várias coisas ao mesmo tempo. A única coisa que eu consigo distinguir do mar de palavras é um convite para me juntar a elas.
- Uau você é tão bonita, usa maquiagem? - uma loira com peitos fartos me pergunta.
- Nossa adorei a sua blusa, aonde você comprou? - uma morena com um tom de pele marrom claro corta a pergunta da loira enquanto passa a mão pela a minha blusa.
Tinha uma terceira garota na mesa que tinha os cabelos totalmente pretos e com cachos bem soltos, ela olhava as demais com um olhar tedioso, como se tudo aquilo fosse um simples fingimento.
E eu aposto que realmente é, afinal essa foi a minha escola por bastante tempo e eu sei que tudo se resume a jogos de interesse, polêmicas e exibição.
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O que será que essas meninas querem com a nossa protagonista? 👀Gostou do capítulo?. Se sim, deixe seu voto e comente! ❤️
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Não solte a minha mão
Genç Kız EdebiyatıSam e Josh eram melhores amigos desde crianças, mas com o passar do tempo Josh se afastou dela, arrumou uma namorada e amizades duvidosas, na mesma época ocorreu o divórcio entre os pais de Sam, então ela decide ir morar com sua mãe em Nova York. Do...