🫀°• Aikawa Eiko
"Se nos esbarrarmos em outra vida por favor não me dirija a palavra. Não quero te perder de novo."
Doente e sem esperanças de recuperação. A única maneira de deixá-la viva foi fazendo um pacto com uma maldição. Eiko esconde seu segr...
Capítulo 27 A raposa fora d'água Abril, 2021 Shibetsu, Hokkaido
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Sumkiko percebeu que estava consciente oito dias atrás, mas não conseguia abrir os olhos ou se mexer. Percebeu que ainda estava selada pelo feitiço do monge que tinha a prendido ali, mas não sabia quanto tempo havia se passado nem porquê agora conseguia manter a consciência.
No quarto dia ela conseguiu mexer os dedos da mão esquerda. A camada de pedra que a cobria era menos pesada que a da direita.
No quinto dia, a maldição conseguiu mexer o braço esquerdo, apesar de ele ainda estar coberto por uma fina camada de pedra. Mal conseguiu mexe-lo nos primeiros minutos por ter passado tanto tempo sem usá-lo, mas assim que a movimentação foi possível, ela procurou pelo bastão do cajado e começou a tentar puxa-lo.
Ouvia vozes ao redor e alguns gritos assustados de vez em quando, o que a impediu de usar qualquer traço de energia amaldiçoada para escapar, pois poderia ferir algum inocente. Ao invés disso, recorreu à força física que mal dispunha. Coisa que foi melhorando com o tempo.
No oitavo dia, a metade esquerda superior do seu corpo já estava livre dos rochedos. Metade do seu cabelo flutuava com o movimento da água. Infelizmente para ela, a wakizashi ainda estava presa na rocha do lado direito do seu corpo, onde ela sentia um aperto terrível, como se as pedras estivessem agarradas na sua pele.
Ela ouviu a voz de uma garota gritando, mas não entendeu o que ela disse por estar em baixo da água.
Sumkiko voltou a balançar o cajado e percebeu que ele estava começando a ceder. Seu estômago doeu ao sentir o metal sendo puxado e quando conseguiu puxá-lo para cima, ela sentiu a parte de cima do braço esquerdo ser libertado da cobertura de pedras e abriu o olho esquerdo, assim que conseguiu.
Tentando se levantar, Sumkiko se agarrou na primeira coisa que viu.
Uma perna.
Megumi invocou Nue e se agarrou nas suas patas para ser puxado, enquanto o shikigami voava para cima.
Sem soltá-lo, Sumkiko sentiu as pedras queimarem e arranharem a pele do seu braço direito quando foi puxada para fora do selo.
Eiko ficou chocada. Havia subido o muro de madeira que separava os banhos e agora estava vendo uma maldição humanoide agarrada na perna de Megumi.
- Ei! - Ela chamou a atenção da criatura, que se soltou e caiu de costas na água.
Megumi subiu nas costas de Nue o sobrevoou o local, pensando no que deveria fazer agora.
Ele pousou ao lado de Aikawa.
- É uma maldição de nível especial. A energia amaldiçoada dela estava atraindo as outras maldições. Ela estava selada no fundo da água.
